O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) cresceu de R$ 3,253 trilhões para R$ 3,357 trilhões em junho, o que corresponde a um aumento de R$ 104 bilhões em apenas 30 dias. Esta variação deveu-se à emissão líquida de R$ 70,26 bilhões e pela apropriação de juros no valor de R$ 34,36 bilhões, segundo o Tesouro Nacional.

A alta foi de 3,22% em termos nominais, sem descontar a inflação. Em junho, pelo índice oficial, o IPCA, houve deflação de 0,23%. O aumento de tributos sobre combustíveis anunciado semana passada deve arrecadar R$ 10,4 bilhões, um décimo da alta da dívida em apenas um mês.

A DPF é formada pelas dívidas interna e externa. O estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) em circulação no mercado nacional foi ampliado em 3,31%, passando de R$ 3,130 trilhões para R$ 3,233 trilhões.

A participação de títulos com taxa flutuante continuaram a crescer, passando de 28,24% em dezembro de 2016 para 30,85% ao final do primeiro semestre de 2017.

O estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe) acusou aumento de 0,91% sobre o apurado em maio, encerrando junho em R$ 123,99 bilhões (US$ 37,48 bilhões). Deste total, R$ 112,42 bilhões (US$ 33,98 bilhões) são referentes à dívida mobiliária, e R$ 11,57 bilhões (US$ 3,5 bilhões) à dívida contratual.

Segundo o Ministério da Fazenda, a variação se deve principalmente à desvalorização do real em relação às principais moedas que compõem o estoque da dívida externa. O governo informa que o resultado foi em parte compensado por um resgate líquido de R$ 1,92 bilhão.

“No que se refere à dívida externa, o destaque foram os resgates. Não houve emissão, mas resgate de um título em euro, que originalmente foi emitido em lira italiana. Trata-se de menos um título antigo e ineficiente que tínhamos”, explicou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Leandro Secunho.