O coronel José Barros Paes era o todo-poderoso oficial que mandava na repressão em São Paulo entre 1974 e 1976. Como chefe da Seção de Informações do 2.º Exército, tinha sob suas ordens o DOI. Trinta anos depois da morte do jornalista Vladimir Herzog, o homem que o intimou para depor no destacamento deu sua primeira entrevista. Queria falar sobre o amigo, o general Torres de Melo, que comandara a PM paulista de 1974 a 1977. Durante a entrevista, o coronel condecorado com a Medalha do Pacificador, aceitou falar sobre os fatos de seu comando, como o caso Herzog, cuja versão de suicídio, afastada pela Justiça, ele ainda mantém. No segundo trecho, Paes revela que médicos-legistas faziam ‘trabalhos políticos para o DOI, para evitar um mal maior’.
‘Eu marquei a hora para o Herzog se apresentar’
O coronel José Barros Paes era o todo-poderoso oficial que mandava na repressão em São Paulo entre 1974 e 1976. Como chefe da Seção de Informações do 2.º Exército, tinha sob suas ordens o DOI. Trinta anos depois da morte do jornalista Vladimir Herzog, o homem que o intimou para depor no destacamento deu sua […]
POR: Marcelo Godoy
∙ ∙1 min de leitura
Notícias Relacionadas
-
Essência da luta democrática é a soberania, afirma Walter Sorrentino em ato pela democracia
No Dia da Democracia, ato em São Paulo reuniu lideranças contra a anistia aos golpistas e em defesa do STF
-
ECA Digital: ponto a ponto da lei que protege crianças e adolescentes na internet
Do perfilamento ao caso Ytalo Santos, veja como o Estatuto Digital da Criança e do Adolescente define deveres de pais, plataformas e influenciadores
-
México arrisca economia e soberania ao mirar tarifas na China
Claudia Sheinbaum anunciou em 10/09 pacote que prevê aumento de tarifas para países sem acordo comercial com os mexicanos, sob pressão dos EUA. Análise de como a medida pode prejudicar o país
-
Trabalho e multilateralismo: OIT enfrenta crise e ameaça de retrocessos globais
Cortes e ataques liderados por Trump enfraquecem a ONU e a OIT, colocando em risco avanços históricos na proteção social e no combate à exploração do trabalho.
-
Brasil precisa de ciência, tecnologia e Estado na transição energética
Maior empresa do Brasil, Petrobras deve ter centralidade nas discussões sobre transição energética, defendem pesquisadores
-
Swift, CIPS e CHIPS: como sanções e moedas definem os pagamentos globais
Enquanto inimigos dos EUA e União Europeia enfrentam sanções como exclusão do Swiftt, China expande sistema de pagamento e fortalece presença nos fluxos financeiros internacionais