Há exatos noventa anos, no dia três de outubro de 1930, após as eleições fraudadas de março, o assassinato de João Pessoa e toda a carga da República Velha, foi iniciado um movimento civil e militar que poria fim na Primeira República. Iniciava um largo processo de transformações do Estado e de desenvolvimento da Nação. Seguiu um rumo de desenvolvimento: industrializou o país e estabeleceu uma nova etapa em sua história. Este é o marco do que ficou conhecida no Brasil como Revolução de 1930.

Se a Independência, a Abolição da escravidão e a proclamação da República podem ser considerados um primeiro avanço civilizacional para o Brasil, a revolução de 1930 e suas aberturas desenvolvimentistas é um segundo salto civilizacional.

Num ziguezague com idas e vindas essas ideias de progresso que foram ganhando parcelas de membros do Estado e de vários setores da sociedade tiveram ora apoio ora pesada oposição, tanto de parcelas internas como externas do país. Os setores dominantes, em conciliábulo, com os interesses internacionais de lesa-pátria impediram, às vezes por armas, o desenvolvimento nacional.

Após o fim da ditadura militar e a promulgação da Constituição de 1988 abriu-se um novo caminho para o desenvolvimento no país com democracia, crescimento econômico e distribuição de renda – raramente os três aspectos juntos. Com o golpe de 2016, o avanço de forças da extrema direita e a vitória de Bolsonaro a nação toma rumos de enfraquecimento e o desenvolvimento, anulado, coloca em cheque o futuro do país.

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Para debater essas questões:

Pedro Dutra Fonseca – É Professor do Departamento de Ciências Econômicas e Relações Internacionais da UFRGS. Tem diversos livros publicados, sendo um especialista na Revolução de 30 e no projeto varguista. E tratará do Projeto Nacional na Revolução de 30

Luis Alberto de Vargas – É Professor da FEMARGS e da Escola Trabalho e Pensamento Crítico, membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD) e Desembargador do TRT-IV. E fará considerações sobre A Revolução de 30 e os trabalhadores.

Renato Rabelo – Foi presidente do Partido Comunista do Brasil entre 2001 e 2013. Autor do livro Rumos e Ideias onde mostra a evolução do pensamento tático e estratégico de parte importante da esquerda brasileira. Atualmente preside a Fundação Maurício Grabois. Abordará Dependência e Nacional-Desenvolvimentismo

Medição – Professora Gláucia Vieira Ramos Konrad – Historiadora, Arquivista, Professora nos Programas de Pós-Graduação em História (Mestrado e Doutorado) e no Programa de Pós-Graduação Profissional em Patrimônio Cultural (Mestrado) da Universidade Federal de Santa Maria

O evento é uma realização Fundação Maurício Grabois – ILEA/UFRGS – IFHC/UFRGS – FCE/UFRGS – IHGRGS – CEBRAPAZ – SOCECON – SINDECON – EFP CASTRO ALVES (UJS) – AJD – ADJC – ARI – MEMORIAL DA ALERGS