Durante um discurso de três horas pronunciado para a multidão que se reuniu na Praça Diego Ibarra, em Caracas, minutos depois de formalizar o registro de sua candidatura para as eleições de 7 de outubro próximo, Chávez enfatizou que a independência da nação é o bem mais apreciado da Revolução.

“Defender, expandir e consolidar o mais apreciado bem que temos conquistado neste começo do século 21. Este bem mais apreciado não é outra coisa que a independência nacional e a pátria”, expressou.

A esse respeito, Chávez foi enfático ao orientar que tanto a independância da pátria como a consolidação do socialismo do século 21 são aspectos fundamentais para o fortalecimento do Poder Popular que devem ter continuidade, como parte das conquistas do povo através da Revolução.

Direita vende-pátria

O mandatário criticou a falta de propostas por parte da direita e assinalou que este setor desconhece a realidade atual da Venezuela, “um discurso incolor, insípido, que não tem sabor de nada”, acrescentou referindo-se à candidatura presidencial da direita, representada por Henrique Capriles Radonski. “Eles são os vende-pátrias, são o colonialismo que nunca mais voltará a esta terra bolivariana”.

Nesse contexto, Chávez reiterou que o processo revolucionário é a garantia para a continuidade da independência, a dignidade dos venezuelanos e a pátria.

Plano Socialista da Nação

O Segundo Plano Socialista da Nação se compõe de outros quatro níveis fundamentais para o resgate da dignidade da pátria que, por sua vez estão constituídos de objetivos nacionais, estratégicos, gerais e específicos que serão discutidos com o povo soberano.

O chefe de Estado, em um amplo detalhamento de seus objetivos históricos, destacou que continuar na consolidação do socialismo do século 21 é a meta do segundo objetivo histórico, em que é fundamental e indispensável o Poder Popular.

Em uma clara exposição do programa de governo para o período de 2013 a 2019, Chávez propôs, como terceiro objetivo histórico, converter a Venezuela em uma potência mundial; a conformação de um mundo multipolar como quarto objetivo e seguir contribuindo de maneira firme para a salvação da vida do planeta e a sobrevivencia da espécie humana como quinto objetivo.

Sobre este último objetivo, definido como o âmbito ecológico, Chávez insistiu que mais além do simples aspecto ecológico, este quinto objetivo histórico é tanto político como ético, em defesa “desta tierra que está sendo desumanizada pelo sistema destrutivo do capitalismo” que está evidenciado no projeto unipolar do imperialismo.

Capitalismo X Socialismo

Para Chávez, o modelo capitalista produz a maior soma de infelicidade para as maiorias, sobretudo para a classe média e as classes mais pobres.

“No mundo só existem dois grandes sistemas, dois projetos, o capitalismo e o socialismo, Alguém neste mundo crê que o sonho de Bolívar de criar a maior soma de felicidade social, a maior soma de felicidade política e a maior soma de felicidade, seria possível no capitalismo? Não. No marco do capitalismo o que se produz é a maior soma de infelicidad para as maiorias”, expressou Chávez.

Em contraste, Chávez realçou que o socialismo é o único caminho para alcançar a maior soma de felicidade possível, pois se fundamenta no amor, no humano, no social, na justiça.

Povo invicto

Ao referir-se às vitórias alcançadas pela Revolução Bolivariana em todas as contendas eleitorais desde 1999, Chávez destacou que o povo está invicto.

“Somos um povo invicto! E estou seguro de que seguiremos invictos, porque em 7 de outubro teremos uma nova grande vitória nacional bolivariana”, expressou.

Chávez reiterou seu chamamento para não cair em triunfalismo. Pelo contrário, “teremos que trabalhar muito duro”, insistiu.

“Insisto, não caiamos no triunfalismo, é necessário construir a vitória até o final e para isso muitas coisas são imprescindíveis, mas uma delas é a unidade de todo o povo, a verdadeira unidade dos partidos revolucionários, do Grande Polo Patriótico (coalizão de forças revolucionárias que apoia Chávez), unidade orgânica, verdadeira”, enfatizou.

O candidato presidencial da pátria, como foi qualificado pelo Comando Carabobo (denominação do seu comando de campanha), insistiu em que no período 2013-2019 a Venezuela entrará em um caminho sem volta.

Não podemos permitir hoje, amanhã e nunca o recuo deste processo, nem pedir a restauración do capitalismo e da burguesia na Venezuela”, afirmou Chávez.

 

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Com informações da Agência Venezuelana de Notícias e do Vermelho