A forte paralisação da atividade econômica no quarto trimestre deixou o Brasil em uma posição desfavorável em relação aos demais integrantes do Bric (grupo de países “emergentes” formado por Brasil, Rússia, Índia e China). A economia chinesa, apesar de ter registrado seu pior resultado em sete anos, subiu 6,8% na comparação com o quarto trimestre de 2007. Já a Índia registrou alta de 5,3%. No período, o PIB brasileiro não foi além de um crescimento de 1,3%. Os dados da Rússia ainda não foram divulgados.

A crise derrubou a economia brasileira, que encolheu 3,6% no quarto trimestre de 2008, em relação ao período anterior. O resultado quebrou um ciclo de 12 trimestres seguidos de alta. A queda do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas pelo país) ficou bem

A forte paralisação da atividade econômica no quarto trimestre deixou o Brasil em uma posição desfavorável em relação aos demais integrantes do Bric (grupo de países “emergentes” formado por Brasil, Rússia, Índia e China). A economia chinesa, apesar de ter registrado seu pior resultado em sete anos, subiu 6,8% na comparação com o quarto trimestre de 2007. Já a Índia registrou alta de 5,3%. No período, o PIB brasileiro não foi além de um crescimento de 1,3%. Os dados da Rússia ainda não foram divulgados.

A crise derrubou a economia brasileira, que encolheu 3,6% no quarto trimestre de 2008, em relação ao período anterior. O resultado quebrou um ciclo de 12 trimestres seguidos de alta. A queda do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas pelo país) ficou bem acima da esperada pelos economistas. Foi o maior tombo para um trimestre desde o início da pesquisa do IBGE, em 1996. Na comparação com o 4º trimestre de 2007, o PIB cresceu 1,3%.

A alta foi bem menor que a registrada entre julho e setembro: 6,8%. Com o forte recuo no último trimestre, a economia subiu 5,1% em 2008, ante 5,7% em 2007. O PIB, que somou R$ 2,9 trilhões, havia crescido 6,4% até o 3º trimestre. O resultado ruim foi puxado pelos fracos desempenhos da indústria e dos investimentos. “Todos os setores tiveram desaceleração, mas na indústria foi pior”, explicou Rebeca Palis, economista do IBGE. O PIB da indústria caiu 7,4% entre outubro e dezembro, ante o terceiro trimestre.

Recessão

Na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que trata dos investimentos, houve recuo de 9,8% no período. Apesar da queda, o investimento bateu recorde em 2008. Na análise por setores, a agropecuária se retraiu 0,5% e os serviços, 0,4%. O consumo das famílias, que vinha puxando a economia, caiu 2%. A maior cautela explica a primeira queda no indicador desde o 2º trimestre de 2003. Só as despesas do governo subiram no último trimestre de 2008: 0,5%. Com o arrefecimento global, as exportações caíram 2,9% e as importação recuaram 8,2%.

Apesar da forte queda do PIB no 4º trimestre, o presidente Lula não abandonou o discurso otimista: afirmou que o resultado já tinha sido projetado pela equipe econômica, que o “susto já passou” e que, daqui pra frente, o país vai “dar a volta por cima”. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia afirmado que “ficou difícil” alcançar a alta de 4% traçada para o PIB de 2009. Mas ele negou a possibilidade de o país entrar em recessão técnica (quando há recuo no PIB por dois trimestres seguidos). “Tudo indica que não haverá recessão”, disse.