A grande maré capitalista, que tomou conta do mundo particularmente após a derrocada dos regimes estabelecidos nos países do Leste europeu e na extinta União Soviética, não significou somente a explosão das propostas neoliberais nos terrenos econômico e político. Implicou também uma ofensiva sem precedente da ideologia burguesa imperialista visando à conquista dos corações e mentes em escala mundial. Uma das manifestações mais emblemáticas desta ofensiva da ideologia capitalista triunfalista foi, primeiramente, o artigo aparecido ainda em 1989 com o título "O fim da história?" e, posteriormente, já neste ano, o livro O fim da história e o último homem, ambos do norte-americano Francis Fukuyama (l).

O esforço principal de Fukuyama foi o de retomar uma das linhas de abordagem da história, de Platão a Nietzsche, passando por Kant e Hegel, a fim de revigorar a tese de que o capitalismo e a democracia burguesa significam o coroamento da história da humanidade, ou seja, de que a humanidade atingiu, no final do século XX, o ponto final de sua evolução com o triunfo da democracia liberal ocidental sobre todos os seus concorrentes. Para ele, este século viu, primeiramente, a destruição do fascismo e, em seguida, do socialismo, que fora o grande adversário do capitalismo e do liberalismo no pós-guerra. O mundo teria assistido ao fim e ao descrédito destas duas alternativas globais – fascismo e socialismo – restando apenas, em oposição à proposta capitalista liberal, resíduos de nacionalismos sem possibilidade de significar um projeto para a humanidade e, de outro lado, o fundamentalismo islâmico, confinado ao oriente e a países periféricos. Assim, com a derrocada do socialismo, a democracia liberal ocidental firmou-se como a forma final do governo humano, significando, neste sentido, o "fim da história" da humanidade.

Fukuyama não pretende contrapor a chamada democracia liberal somente ao socialismo, mas também a uma miríade de regimes autoritários de direito que entraram em colapso e que, segundo ele, adotaram, em maior ou menor grau, o modelo da democracia liberal. Na América Latina, aponta o caso das ditaduras na Argentina, Brasil e Chile. Na Ásia, lembra o fim do regime autoritário de Ferdinand Marcos, em 1987, e sua substituição pelo governo de Corazón Aquino. Na África do Sul, a libertação de Nelson Mandela pelo governo de maioria branca de F. W. de Klerk e a busca de um governo de co-participação de brancos e negros. Tudo, segundo ele, no rumo de um modelo de democracia liberal.

“Difícil esconder que o fascismo é uma das formas de poder do capitalismo em crise”.

Liberalismo, para Fukuyama, é o regime fundado no terreno político, na democracia burguesa e no terreno econômico, "no direito de livre atividade econômica e troca econômica, baseado na propriedade privada e nos mercados" (2).

Em suma, no decorrer do século XX a democracia liberal superou os "totalitarismos" de direita e de esquerda, o fascismo e o comunismo e também quaisquer outras variantes autoritárias e triunfou como o regime mais adequado ao progresso e à liberdade humana. As propostas que restam hoje em contraposição à democracia liberal estão na defensiva e representam o conservadorismo e o atraso. Veja-se, por exemplo, diz Fukuyama, o que ocorreu com os países que permanecem socialistas, como China, Cuba, Coréia do Norte e Vietnã. "Embora o poder comunista persista no mundo, deixou já de refletir uma idéia dinâmica e atraente. Hoje, os que se dizem comunistas empenham-se numa luta contínua de retaguarda para preservar alguma coisa da sua posição e do seu poder. Os comunistas encontram-se na posição nada invejável de defender uma ordem social ultrapassada e reacionária, como os monarquistas que conseguiram sobreviver até o século XX".

Passando por cima da realidade histórica mais banal, Fukuyama desconsidera o fato evidente de o fascismo somente se explicar se ligado intimamente ao capitalismo monopolista e às suas crises, da mesma maneira que o surgimento de um conjunto de regimes autoritários e fascistas na América Latina, no decorrer dos anos 1970, se vincula ao desenvolvimento capitalista. O que seria da ditadura militar brasileira sem o incentivo e o suporte dos Estados Unidos (inclusive na preparação e desencadeamento do golpe militar)? Por outro lado, nunca é demais lembrar, o que seria da luta contra o nazi-fascismo sem o concurso da União Soviética e do Exército Vermelho?

Sendo uma forma de dominação do homem sobre o homem, o capitalismo, sobretudo em sua fase monopolista e nas épocas de crise, manifesta-se frequentemente em regimes fascistas, situações em que o processo de acumulação capitalista exige o fim das liberdades democráticas e a instauração de um regime policial de terror. Se não, como explicar os regimes fascistas na Itália, Alemanha e Japão e o desencadeamento da Segunda Guerra Mundial? Fukuyama parece ter tanto receio de encaixar o fascismo em sua teoria, que chega a dizer, como uma espécie de profissão de fé, sobre a Alemanha Nazista: "Inclino-me a aceitar o ponto de vista de que o Holocausto foi tanto um mal único quanto o produto de circunstâncias históricas também únicas, que convergiram na Alemanha nas décadas de 1920 e 1930. Estas condições não somente não estão latentes na maioria das sociedades desenvolvidas como também seria difícil (embora não impossível) reproduzi-las em outras sociedades no futuro". O que ele quer dizer com isso? Que a humanidade já ficou para sempre livre de fenômenos como o nazi-fascismo? Para nós, isso é uma falácia completa, pois na medida em que as sociedades estiverem divididas entre exploradores e explorados, entre nações ricas e pobres, as bases objetivas para o surgimento de regimes terroristas nos países capitalistas continuam dadas. Vemos inclusive com crescente preocupação o aumento da onda fascista em países como a França e a Alemanha, em contraposição e reação à presença de migrantes pobres que, segundo os neofascistas, lá foram perturbar o sonho de uma Europa rica e próspera.

Para dar consistência filosófica às suas teses, Fukuyama foi buscar em Hegel os fundamentos para sua teoria do "fim da história". Hegel acreditava num direcionamento da história da humanidade no sentido da evolução e do progresso. Para ele, a história da humanidade era a realização progressiva de sua "idéia absoluta". Ao mesmo tempo, Hegel acreditava que haveria um "fim da história", não no sentido de que haveria um fim dos fatos e eventos na história da humanidade, mas no sentido de que, com a construção de uma sociedade superior e livre, a história da humanidade iria terminar, pois ela seria a manifestação da realização plena da "idéia absoluta". Fukuyama se apóia nesta concepção e no fato de Hegel considerar que a história da humanidade havia terminado em 1806, depois da batalha de Iena, com a vitória de Napoleão sobre os prussianos. Com isso, segundo Fukuyama, "Hegel estava dizendo que os princípios de liberdade e igualdade, bases do Estado liberal moderno, haviam sido descobertos e postos em prática na maioria dos países adiantados e que não havia princípios ou formas de organização social e política alternativas superiores ao liberalismo".

“É anacrônico repetir Hegel, fora do contexto de 200 anos atrás, como faz Fukuyama”.

Pode-se até compreender, do ponto de vista histórico e dentro da tradição dos grandes sistemas da filosofia clássica alemã, a colocação de Hegel, que conduziu a filosofia idealista a um de seus ápices. Hegel, como todos os filósofos de seu tempo, recebeu os poderosos influxos da Revolução Francesa de 1789, que efetivamente descortinou novos horizontes para a história da humanidade, ao derrubar a monarquia e o feudalismo. Napoleão, por seu lado, representou, para a intelectualidade progressista da época, a possibilidade de estender as conquistas da revolução francesa aos países ainda controlados por forças feudais retrógradas. Efetivamente, ao derrotar, em 14 de outubro de 1806, os prussianos nas batalhas de Iena e Auerstadt, os exércitos napoleônicos destruíram o "ancien régime" na Alemanha e ali introduziram profundas modificações. Repetimos ser compreensível o sentimento de Hegel a respeito destes acontecimentos que revolucionaram a ordem nacional e mundial da época. A burguesia era uma força revolucionária triunfante e liderava as transformações sociais. O proletariado não havia ainda entrado em cena. Era difícil conceber uma igualdade social melhor do que a burguesa.
Quase trezentos anos depois, no entanto, é anacrônica a repetição destas idéias por parte de Fukuyama, na onda de um verdadeiro "porre" da ideologia capitalista. Como apregoar a excelência do capitalismo e da democracia liberal que marginaliza dois terços da população do Globo terrestre?

Como tomar como coroamento da humanidade um regime que inclusive acirra as contradições sociais no interior daqueles países que mais encarnam o liberalismo como os Estados Unidos? Como tomar como paradigma para a humanidade um sistema de vida que não pode ser estendido ao conjunto da população mundial?

O atual padrão de vida vigente nos países capitalistas adiantados só é possível em virtude de estar restrito a uma minoria. Como diz o historiador inglês, Perry Anderson, no decorrer dos anos 1980 mais de 800 milhões de pessoas, mais do que a população total da Europa Ocidental, Estados Unidos e Japão – tornaram-se ainda mais pobres e uma em cada três crianças passava fome. "Se todos os seres humanos tivessem simplesmente um quinhão igual de alimento, numa dieta com menos da metade do consumo norte-americano de calorias de base animal, o que dificilmente se pode considerar uma exigência radical – o Globo não poderia sustentar a sua atual população.

Se o consumo alimentar dos Estados Unidos fosse generalizado, metade da espécie humana teria que se tornar extinta – a Terra não poderia sustentar mais de 2,5 bilhões de habitantes" (3).

Ao contrário, o sistema capitalista, esta fantástica acumulação de riquezas nas mãos de uma parcela cada vez mais reduzida, está levando ao paroxismo a marginalização e as desigualdades sociais. Nos Estados Unidos a própria crise social e suas manifestações – como os conflitos ocorridos em Los Angeles em abril e maio deste ano – é de assustar os mais otimistas, menos a Fukuyama, que não analisa estas questões e prefere repetir a tese de que tudo isso é simples acidente de percurso numa sociedade como a norte-americana. Não é o que revelam os fatos. Atualmente, cerca de 36 milhões de pessoas nos EUA (ou 14,7% da população total) vivem na pobreza (4).

Este percentual era de 11% em 1970. Isto é resultado de um conjunto de fenômenos como crise econômica, desemprego, mudança de perfil tecnológico da indústria e anos seguidos de administração republicana (governos Reagan e Bush) que, de acordo com o receituário neoliberal, reduziu drasticamente os recursos destinados a programas sociais. O impacto desta crise sobre a população pobre e negra é impressionante, com suas sequelas de desagregação familiar, aumento do consumo de drogas, disseminação de doenças como a aids e aumento da criminalidade. Este caldeirão de repente explode, como aconteceu na cidade de Los Angeles, no semestre passado. Os distúrbios sociais se seguiram à absolvição, por um tribunal integrado por brancos, de um grupo de quatro policiais brancos que haviam agredido um negro em março do ano passado. Os distúrbios explodiram no centro de Los Angeles e provocaram o saque e a destruição generalizada. Após alguns dias, foram computados os resultados: 58 mortos, prejuízos de mais de 1 bilhão de dólares e mais de mil prédios destruídos.

Os analistas procuraram mergulhar nas causas desta tremenda crise social e mostraram um país profundamente dividido entre ricos e pobres, entre brancos e negros, entre os ricos e prósperos subúrbios das grandes cidades e os centros miseráveis e deteriorados, entre a abundância e a pobreza. O capitalismo norte-americano há muito deixou de oferecer emprego e renda suficientes para a população. Estudos mostram que, "de 1947 a 1973, a renda familiar nos Estados Unidos aumentou em 111%, enquanto nos últimos 16 anos só cresceu 9%. Em 1973, 40% das famílias mais pobres recebiam 17% da renda nacional, enquanto os 20% mais ricos ficavam com 41%. Em 1988, a participação dos estratos mais pobres reduziu-se a 15% da renda nacional e a dos mais ricos se elevou para 44% (5)". Esta face visível do capitalismo, mesmo em países do centro do sistema como os Estados Unidos, ou seja, o desenvolvimento excludente que marginaliza enorme parcela da população e para a qual não oferece nenhuma alternativa concreta, não merece a menor consideração de Fukuyama.

“Uma liga das nações mais para OTAN do que para ONU é a receita atual do imperialismo”.

Já dissemos que Fukuyama procura, manipulando idéias sobretudo de Platão, Hegel e Nietzsche, elaborar uma base filosófica para sua tese de que a democracia liberal é o coroamento da história da humanidade. E um dos aspectos de seu livro que mereceria uma análise mais aprofundada é aquele em que ele procura fundamentar a origem e a manutenção das desigualdades sociais, resgatando idéias que justificam a dominação do homem pelo homem e que estão na origem da ideologia fascista. Mas talvez onde o fascismo de Fukuyama fica mais explícito é quando ele analisa a questão da ordem internacional no mundo contemporâneo. Segundo sua teoria, o mundo atual está dividido entre os países capitalistas avançados, que representam o "Estado universal homogêneo", e os demais países que ainda não atingiram este estágio e que na verdade representam a barbárie e são uma ameaça para os primeiros. Ora, se a barbárie ameaça a civilização, ou, para usar a terminologia mais velada de Fukuyama, se o "mundo histórico" ameaça o "mundo pós-histórico", então está criada a justificativa do uso da força por este último. E ele aponta pelo menos dois terrenos de colisão clara entre estes dois mundos: o do petróleo e o da imigração. Diz: "a produção de petróleo continua concentrada no mundo histórico e é crucial para o bem-estar econômico do mundo pós-histórico". Assim, ele prevê e justifica novos conflitos como a intervenção imperialista no Golfo Pérsico.

No terreno da imigração será necessário "conter a maré" caracterizada pelo enorme fluxo de migrantes que está indo de um mundo para outro.

A conclusão de Fukuyama é de que "a força" continuará a ser a razão final nas relações entre estes dois mundos, ou, para usar uma de suas frases, entre "democracias e não-democracias". E para reger estas relações, ele ataca organismos como a ONU, que não seria uma sociedade de "nações livres", mas um ajuntamento que mistura nações livres e ditaduras que aceitou a "União Soviética de Stalin", inclusive com poder de veto em seu Conselho de Segurança, e também "Estados novos do Terceiro Mundo que compartilhavam pouco dos princípios liberais". Por isso tudo, segundo ele, na nova ordem internacional criada após o fim da guerra fria, uma liga das nações "teria que se parecer mais com a OTAN do que com as Nações Unidas – isto é, ser uma liga de Estados realmente livres, unidos pelo compromisso comum com os princípios liberais. Essa liga seria muito mais capaz de uma ação decisiva para proteger a segurança coletiva contra as ameaças vindas da parte não-democrática do mundo".

Eis a receita final descarada desse epígono da ideologia burguesa-imperialista: querer uma "nova ordem mundial" inteiramente controlada por entidades não como a ONU, mas como a OTAN, organização nascida do agressivo pacto militar firmado pelos países capitalistas avançados após a Segunda Guerra Mundial, para conter o avanço do socialismo. Dessa forma, os países que representam o "fim da história", os "países democráticos" da "pós-história", na definição de Fukuyama – na verdade as atuais potências capitalistas imperialistas – ficariam de mãos inteiramente livres para agir em defesa de seus interesses e perpetrar barbaridades como a intervenção militar no Oriente e o bloqueio econômico a Cuba.

“Fim da história é discurso burguês agressivo depois da derrocada do Leste”.

O discurso de Fukuyama é puramente ideológico, reflete o triunfalismo da ideologia capitalista após a derrocada do Leste europeu e da União Soviética. É um discurso antidemocrático, anti-socialista e agressivo, em que pese sua erudição, que chegou a merecer, de Perry Anderson, elogios como "notável proeza de composição", "hábil e fluente vaivém, entre a exposição metafísica e a observação sociológica" etc (6).

Além disso, seu livro não analisa e não derruba nenhum ponto essencial do pensamento socialista a respeito do capitalismo e da evolução histórica da humanidade. O ponto de partida do socialismo científico sobre o capitalismo é o de que se trata de uma sociedade fundada na exploração do homem pelo homem, da burguesia sobre o proletariado, particularmente sob a forma da produção de mais-valia, a forma especificamente burguesa de apropriação do trabalho não-pago. Esta relação de dominação não pode, obviamente, conduzir à libertação do homem. Esta libertação somente será possível na medida em que o homem romper com os laços dessa dominação e dos mecanismos de alienação, apossando-se do processo de produção social. Como disse Marx, a produção capitalista significa a dominação do capitalista sobre o operário, a dominação da coisa sobre o homem, do trabalho morto sobre o trabalho vivo, do produto sobre o produtor. "Na produção material, no verdadeiro processo da vida social – pois o processo de produção é isso – dá-se exatamente a mesma relação que no terreno ideológico se apresenta na religião: a conversão do sujeito em objeto e vice-versa" (7).

E este modo de produção que está condenado a produzir e reproduzir permanentemente esta relação social não conduz nunca à liberdade, mas à opressão e à alienação. Esta cadeia precisa ser rompida, ou seja, os trabalhadores têm de rompê-la para se apossarem das condições de produção de sua vida material e se libertarem. Sem destruição do capitalismo não existe o reino da liberdade, que não será propriamente o "fim da história", mas o início de uma nova era na história da humanidade.

O socialismo significa um primeiro passo na superação do capitalismo e um avanço em direção ao comunismo, a uma sociedade sem classes, uma sociedade altamente desenvolvida e igualitária – não porque os homens estejam formalmente iguais em direitos e deveres, como na sociedade burguesa, persistindo entre eles a desigualdade econômica básica –, mas precisamente porque as classes serão abolidas, restando apenas as diferenças individuais. Nas palavras de Engels, o homem, ao tornar-se dono e senhor das suas próprias relações sociais, converte-se pela primeira vez em senhor consciente e efetivo da natureza. "Os poderes objetivos e estranhos que até aqui vinham imperando na história, colocam-se sob o controle do próprio homem. Só a partir de então, ele começa a traçar sua história com plena consciência do que faz. E só daí em diante as causas sociais postas em ação por ele começam a produzir predominantemente, e cada vez em maior medida, os efeitos desejados. É o salto da humanidade do reino da necessidade para o reino da liberdade" (8).

A evolução da humanidade em direção ao reino da liberdade não se interrompeu neste final de século. Em suas conferências sobre a história, E. H. Carr faz uma reflexão no sentido de que a história da humanidade vem sempre avançando, mas observa que ninguém, em sã consciência, jamais acreditou num tipo de progresso que avançasse numa linha reta contínua, sem reveses ou desvios. E diz: "Há, nitidamente, períodos de regressão e períodos de progresso" (9).

Este final de século poderia ser descrito, nesta linha de raciocínio, como um período de regressão, de desvio, que não deve, porém, nos levar a perder o rumo do horizonte histórico da humanidade.

* Economista e jornalista, foi editor de economia dos seminários Opinião e Movimento e membro do Conselho Federal de Economia no período 1987-89.

Notas
(1) O artigo de Fukuyama, com o título “The end of history?”, apareceu em 1989, na revista norte-americana The National Interest. Em 1992, Fukuyama lançou o livro The end of history and the last man, editado no Brasil com o título O fim da história e o último homem, Rio de Janeiro, Rocco, 1992.
(2) Todas as citações de Fukuyama se referem ao livro acima referido.
(3) ANDRESON, Jerry. O fim da história – de Hegel a Fukuyama, trad. de Alvaro Cabral, Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1992.
(4) Dados tirados da revista Business Week International, 18-05-1992. Nos Estados Unidos, as famílias (com 4 pessoas) com renda média anual inferior a US$ 13,359 são consideradas no nível de pobreza. A renda média de uma família é de cerca de US$ 29,943 anuais.
(5) ROMA, Arturo Guillén. La recesion de la economia estadounidense: crisis estructural y diflación, Ipardes-Análise Conjuntural, Curitiba, set/out de 1991.
(6) ANDERSON, Perry, op. cit.
(7) MARX, K. O Capital, libro I, capitulo VI (inédito), trad. e notas de Pedro Scaron, Buenos Aires, 1974, Siglo Veintiuno Argentina Editores.
(8) ENGELS, F. Do socialismo utópico ao socialismo científico, São Paulo, Global, 10ª ed., 1989.
(9) CARR, E. H. Que é história?, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 62ª ed.,1991.

EDIÇÃO 27, NOV/DEZ/JAN, 1992-1993, PÁGINAS 22, 23, 24, 25, 26