Algum tempo viajando e o apartamento ficou trancado. Percebo um cheiro de mofo na coleção de recortes de jornal e o próprio ar parece um pouco embolorado.

      Escancarei a janela e pela primeira vez neste ano e o sol entrou radiante, iluminando de novo todo o velho em espaços conhecidos.

      Posso ver um pedaço do relógio despedaçado e o tempo que com ele despedaçou. Quem se importa com o relógio e o tempo despedaçados? Quando o dia anuncia um Goethe em plenos pulmões: LUZ… MAIS LUZ.