O sítio socialista tupiniquim é brecha na muralha da imprensa por onde passam notícias de populações ilhadas nos cafundós do Brasil que vem buscar abrigo, com engenho e arte, no terreiro Prosa@Poesia. Espaço de prosas, crônicas e poesias da construção da Utopia; sem a qual a realidade seria definitivamente irremediável.

      Neste sítio, por necessidade, o caboco ribeirinho que vos fala se fez porta-voz da “criaturada grande de Dalcídio” (expressão da cronista Eneida de Moraes em referência às populações tradicionais do romanceiro de Dalcídio Jurandir). Ai além de escrivão contumaz do Museu do Marajó ele, de vez enquando, ousa levantar a bandeira festeira de São Benedito da Praia na academia do peixe frito, no Ver O Peso. Proclama dentre mil e tantas vozes da babel na feira, a petição dum certo, com licença do Presidente Lula, patrono do Plano Marajó e programa Territorio da Cidadania;  Banco do Povo Marajoara (nome de fantasia duma boa fatia do Fundo Amazônia).

      A criaturada não é luxenta mas não gosta de esmolas. Nem tanto ao mar nem tanto à terra: nesse negócio de devastação ninguém mais quer entrar de sócio, já sabe que vai sobrar IDH de miséria. Também não se interessa por nhenhenhém ecologista que não ata e nem desata. Tal qual a APA Marajó que não passou de letra morta. Em compensação, agora a gente já quer reserva da biosfera e fica uma fera com a demora. Onde o Fundo Amazônia, pilotado pelo BNDES, irriga sonhos de tantas doações prometidas. Aqui se entende que esta mina, pela ótica da ética e da justiça, é justa e perfeita compensação do mundo civilizado pelas barbaridades que fez a gerações lesadas durante 500 anos.

      Marajó, por exemplo, antigamente foi objeto da cobiça dos Países-Baixos. Por aqui em priscas eras entrou o pé de cabra do desigual comércio internacional. A prática nefasta do escambo de bagulhos e missangas em troca de gados do rio e drogas do sertão. Os índios nossos avoengos, naturalmente eram ricos e culturalmente sábios e criativos. Foram eles inventores, há 1500 anos, daquela hidroengenharia que deu fama no velho mundo aos holandeses. Ainda hoje temos nos campos naturais monumentos  ancestrais chamados tesos (sítios arquelógicos), prova material da engenharia e arte marajoaras.

      Porém, a míngua de que falou Gaspar Barleus no elogiu ao conde Maurício de Nassau pela ocupação de Pernambuco; obrigou mercadores a sair dos Países-Baixos no frio mar afora rumo aos trópicos em busca de fortuna e fama. No fim da história, foram-se das ilhas e costas do golfão amazônico navios carregados de peixe-boi e drogas do sertão: acabaram-se as mercâncias de contas, espelhinhos e outras fantasias da dependência econômica. Restou o mau costume de caçar e pescar fora da conta por pura pecúnia, o trabalho escravo, a guerra intertribal e colonial, a pobreza, a fome… Não seria justo, por exemplo, que países como Holanda, França, Reino Unido, Espanha e Portugal, pais e mães fundadores da globalização, fossem eles os primeiros a contribuir a fundos multilaterais de compensação da desvastação colonial das regiões extratoras de matéria-prima e fornecedoras de trabalho vil? Nesta perspectiva, deve-se o tom da palavra “doação”: por isto, o mais certo seria um plano Mandela de reconstrução pós-colonial…

      Devemos falar sempre em regiões amazônicas. Como fez, corretamente, o Barão do Marajó em livro clássico sobre a temática regional. Quando se diz a sensível palavra “Amazônia” o mundo arregala os olhos de cobiça e a maioria do Brasil pensa que somos único país amazônico no mundo. Mas, além do nosso país há que se contabilizar também na Organização do Tratado de Cooperação dos Países Amazônicos (OTCA), única entidade multinacional com sede em Brasília, a Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname. Aí ainda faltaria a Guiana francesa, que não sendo membro da OTCA não deixa também de se gabar de justo título amazônico.

      Se não basta a variedade de países amazônicos, ainda temos que considerar a diversidade dos nove estados amazônicos da República Federativa do Brasil: Tocantins, Rondônia, Mato Grosso, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Pará e Maranhão. E tem mais, nas doze regiões estaduais da Amazônia paraense, Marajó é a singular região amazônica insular que apresenta o tesouro arquelógico mais interessante do Brasil, valorizado ainda mais pelo fato – científicamente comprovado – de ser a primeira cultura complexa da pan-Amazônia. É pouco?

      Não é, sobretudo, por se referir à maior ilha martímo-fluvial da Terra e acrescentar o fato de se localizar ao centro do delta e/ou  estuário da maior bacia hidrográfica do planeta. Destas grandezas decorre o paradoxo de agudo contraste da pobreza que os constituintes do Estado, em 5 de outubro de 1989, determinaram corrigir, proteger e trazer ao centro das decisões econômicas. Constituição do Estado do Pará, artigo 13, VI, § 2º: “O arquipélago do Marajó é considerado área de proteção ambiental do Pará, devendo o Estado levar em consideração a vocação econômica da região, ao tomar decisões com vistas ao seu desenvolvimento e melhoria das condições de vida da gente marajoara.

      Então, que o Presidente Lula decidiu integrar o Plano Marajó ao Plano Amazônia Sustentável (PAS), como piloto deste, que falta aos técnicos investir na Agenda 21/Metas do Milênio e fixar  chegada onde a gente ler: Marajó IDH 0,80 (2020)? Horizonte de uma década para  o Estado do Pará virar o jogo do mísero IDH e taxa do crônico analfabetismo marajoara, (quase 50%), que envergonha a brava gente e tisna o pavilhão verde-amarelo na faixa do equador.

      O descobrimento científico tardio da Cultura Marajoara está provando que do encontro da fome com a vontade de comer peixe nasceu, por necessidade e acaso, o primeiro teso (aterro), a engenharia das terras-baixas da América equinocial. Ou seja, sítio arquelógico da primeira cultura complexa da Amazônia, “lá pelo ano 500 depois de Cristo” (cf. Origem e Significados da Cultura Marajoara, Denise Shaan in Giovanni Gallo, Motivos Ornamentais da Cerâmica Marajoara: modelos para o artesanato de hoje, Cachoeira do Arari: 3ª ed., Museu do Marajó, 2005). Ver também o site www.marajoara.com .

      Também por acaso, fragmentos de cerâmica – famosos “cacos de índio” – ofertados, por provocação, pelo marajoara ladino Vadiquinho ao padre da paróquia de Santa Cruz do Arari, diocese de Ponta de Pedras; foram a “pedra” fundamental da arquitetura museulógica, vetusto edifício invisível que está longe de terminar a construção, www.museudomarajo.com.br (cf. Aproveitando as coisas que não prestam, Giovanni Gallo, obra citada p. IX).

      Caro custou a provocação do caboco mariscador ao padre daltônico recém chegado ao lugar como cego em meio a tiroteio. Pois, evidentemente, inventar um museu desses no fim do mundo para analfabetos “ver” com a ponta dos dedos, pareceu desafio de Davi contra Golias. Pior foi o pároco desobedecer ao bispo ao desviar doação da igreja de imigrantes na Suiça para projeto de cooperativa de pescadores da vila Jenipapo. E, por decisão pessoal, investir o dinheiro católico na prefeitura de Santa Cruz do Arari; para a senhora prefeita construir posto de saúde pública. Se tudo isto não bastasse, o tal museu foi a gota d'água. Pisada nos calos dos políticos.

     Ora, diz a história da pacificação dos Nheengaíbas que o payaçu Vieira escreveu uma carta-patente aos sete caciques das ilhas lhes propondo liberdade e paz em nome d'El-Rei: estes índios não sabiam ler nem escrever, mas entenderam a mensagem por boca de dois “embaixadores” arranjados entre nheengaíbas escravos no convento dos padres em Belém. Do mesmo modo, séculos depois; na beira do lago Arari descendentes dos nheengaíbas intuiram tudo sem ler cartas e sermões do Padre grande Antônio Vieira; a “Viagem Philosophica” inclusive “Notícia Histórica da Ilha Grande de Joanes, ou Marajó”, do sábio Alexandre Rodrigues Ferreira e “As Regiões Amazônicas” do Barão de Marajó, pelo menos, para passar noo vestibular. O museu do Gallo teve o dom de passar a mensagem antigamente esquecida e despertar a consciência da pobre gente tomada por estranho sentimento de quem recupera um tesouro perdido.

      Desta riqueza o autor anônimo da “Notícia da Ilha Grande de Joanes”, na metade do século XVIII, fez retrato falado ao relatar que na “maior parte destas Ilhas tem assistido [habitado] muito Gentio da Nação Aroan, Maruanum e Sacôra”. Etnias marajoaras cem anos antes genericamente chamadas “nheengaíbas” [“falantes da língua Ruim”, tronco aruaque]: Aruãs se achavam principalmente em Najatuba (município de Chaves), Maruanum habitavam Soure e Sacora seria talvez uma grafia torta de Sacaca, povo original de Joanes (Salvaterra).

      A cerâmica encontrada causava admiração, nós não conhecemos texto anterior a este com referência arqueológica. Embora as cartas de Vieira sejam ricas em detalhes geográficos e antropológicos, elas não dizem nada sobre monumentos (tesos) da microrregião Arari; mas falam de povos Mapuá, Cambocas, Tocujus, Pixi-Pixi, Guaianases, Mamaianás, Anajás, Aruans… Alguns dos quais já não se fala mais cem anos depois. Desde o ano de 1680 os colonizadores  começaram a ocupar a ilha com currais de gado, antes os índios não permitiram outra aproximação senão, brevemente, jesuitas dirigidos pelo payaçu Antônio Vieira, na parte ocidental, no rio Mapuá (município de Breves), que esteve entre os dias 22 e 27 de agosto de 1659, com toda probalidade.

      Dali Vieira mandou transportar nheengaíbas (aruaques) para a margem direita do Rio Pará onde fundou no mesmo ano a aldeia de Aricará (mudado nome para vila de Melgaço, por ato de Mendonça Furtado, em 1758, em conflito com os jesuitas) e Arucaru (Portel). Esta é a parte continental do Marajó: nome de uma ilha, um arquipélago, uma região amazônica e baía; segundo Serafim Leite citando carta de Vieira o nome foi tirado do rio Marajó-Guassu [Marajó-Açu, na acepção de Marajó Grande], em língua-geral (o nheengatu, a boa língua; baseado no tupinambá do norte).  Este rio banha o município de Ponta de Pedras e se comunica com o rio Arari, através do furo Laranjeiras.

     Então, as cartas de Vieira não falam em cerâmica marajoara. E depois da paz de 1659 e fundação de Aricará e Arucaru com índios nheengaíbas; em dois anos apenas os colonos do Pará, desesperados em não poder mais capturar e escravizar indios, devido a lei de 1655 arranjada pelo Vieira junto a dom João IV; partem para a violência e expulsam Vieira e seus confrades no ano de 1661. Morto o rei Restaurador (1656) a situação de Vieira no Maranhão e Grão Pará ficou insustentável. 
 
      Em 1665, o Afonso VI fez doação da ilha dos nheengaíbas a seu secretário de estado Antônio de Sousa de Macedo, que nunca veio ao Pará e foi dono da capitania hereditária da Ilha Grande de Joanes (Marajó): mas os índios bravios (Aruãs), desertores e escravos fugidos (quilombolas) mantiveram os colonos afastamos por mais 15 anos, até o carpinteiro Francisco Rodrigues Pereira se decidir em ser o primeiro criador de gado no rio Arari (tributário Mauá, fazenda Ananatuba): com esta cunha abriram-se a fresta nas terras indígenas para concessão das primeiras sesmarias. Cujo parto deu nascimento à primeira freguesia da ilha, a de Nossa Senhora da Conceição da Cachoeira do rio Arari (1747), pelo capitão Florentino da Silveira Frade, provavelmente, autor do relato anônimo supracitado.

      Assim, a Notícia anônima, importantíssima para estudo da biogeografia amazônica, informa sobre uso de polpa de tucumã (Astrocarium vulgare) na cozinha dos pobres, variedade de mandioca e banana cultivadas pelos índios marajoaras, de produtividade  superior aos cultivares dos colonos. “Pacovaes” (bananais) extraordinários, como “o que se descobrio em 20 de Novembro de 1756, o qual tem o comprimento de 200 braças [quase 400 metros] e 30 de largo…”. Os índios eram auto-suficientes e tinham uma admirável agricultura, segundo o relatório anônimo.

      O Pacoval achado em 1756, que causou tanta admiração   parece ser o sítio arqueológico homônimo (fase Joanes), próximo à boca do Igarapé do Severino… Coincidência do nome do índio Severino dos Santos, sargento-mor da vila de Monforte (aldeia Joanes), braço direito do inspetor da ilha, Florentino da Silveira Frade, a quem o naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira se refere com grande consideração como guia da “Notícia História da Ilha Grande de Joanes, ou Marajó” (1783).  O barão do Marajó, José Coelho da Gama e Abreu, fala do sítio Pacoval como lugar donde sairam as maiores coleções de cerâmica para o exterior e os principais centros do País. Por estar próximo a vila de pescadores do Jenipapo é praticamente certo que os tais “cacos de índio” que seduziram o padre Gallo tenham saído do célebre Pacoval.

      O sábio de Coimbra, 27 anos depois da descoberta do sítio Pacoval escreve sobre a ilha do Marajó: “… tudo, até agora, são estimativas dos habitantes: o que é certo, nesta parte, é o tempo que gastou em a rodear o Inspetor Florentino da Silveira Frade no 1º de maio de 1756; saiu do Igarapé-puca, rio acima, e navegando em roda da ilha, mas sempre encostado a ela, quando então entrou pelo Arari, donde sai o Igarapé-puca, que foi o ponto da sua volta, contava já 22 dias de viagem. Navegava portanto em uma canoa ligeira, esquipada com 4 remos por banda, que nunca se demorou em parte alguma tempo considerável, antes, nas situações da Costa em que era precisa a enchente para seguir viagem, contando foi o tempo que gastou em rodear, por que além desta primeira viagem empreendeu o mesmo comandante a segunda no projeto de a atravessar por terra, de costa a costa, que pôs em ação em 21 de novembro do mesmo ano; partiu do Mauá para o Arari, e gastou um dia; atravessou do Arari para a fazenda de  São Luís, então retiro dos Jesuítas, e gastou outro daqui às Cabeceiras de Mucoã – (3º dia sem descansar); do Mucoã ao Pacoval de Santa Cruz, nome que a esta vila pôs o Comandante por achá-la cheia de pacovais (4º dia). Neste pacoval observou, de caminho, as cabeceiras de uns poucos rios: o Cururu, o Mucuon, o Guarapixi, o Camarão-tuba, e outros, com a diferença que o Camarão-tuba e Guarapixi já são rios que correm da contracosta para dentro: do pacoval até à beirada do Camarão-tuba  o 5º dia também sem descansar.
  
      Marchava, portanto, montado em muito bons cavalos, que, no passo que levavam, expediram légua por hora. Sem, no espaço de 5 dias, demorar-se nem sequer para comer, porque de manhã, e de noite é que se faziam, e suposto que, para romper do Pacoval de Santa Cruz para diante, se demorasse três dias em fazer queimar os capinais que impediam a passagem, estes três dias não os incluiu no número de todos os que efetivamente gastou; que foram oito, e o Comandante, para a sua estimativa de distância, só pondera os 5 de caminho efetivo. Ora, já é sabido que, do Arari para baixo até a ponta do Maguari, cada vez mais se estreita a Ilha, assim como da boca do Arari, costa acima, mais se alarga, e a travessia que fez não foi pela parte mais larga, que tem a Ilha de Joanes. Chama-se Ilha de Joanes, porque havendo sido povoada por diversas nações de Índios, como foram os Aruans, Mucoons, Ingaíbas, Mariapans, entre estes a povoou também a nação Juioanas, eis aqui o nome que depois com o tempo se reduziu ao que hoje tem de Joanes, como se disséssemos ilha de Juioanas.”

      A criação de O Nosso Museu do Marajó, em Santa Cruz do Arari, em 1972, deu-se há mais de 1400 anos dos primeiros sitíos arquelógicos da ilha grande dos Nheengaíbas [Marinatambalo de Vicente Pinzón, Marãyu ou Mbarayo dos tupinambás, Marajó dos jesuítas, ilha grande de Joanes dos portugueses, aliás Analau Yohynkaku dos aruãs], “falantes da língua ruim”, a babel Nuaruaque. O governador do Pará, José Coelho da Gama e Abreu, Barão de Marajó, em “As Regiões Amazônicas” repetiu a “Notícia Histórica” considerando a grande ilha do delta Pará-Amazonas com potencial de uma província. Antes de todos, Vieira havia informado a Lisboa que a nação que tivesse os marajoaras por amigos e aliados teria, por consequência, o vale do rio Amazonas.

      Disse o Barão : “A ilha de Marajó é uma das gemmas mais preciosas do Estado do Pará sob todos os pontos de vista em que a olharmos. Pela sua vantajosa posição no centro da immensa bocca do Amazonas, ella facilita sua defeza, podendo talvez mesmo impossibilitar a entrada de navios invasôres que queiram forçar a entrada, pois com as outras e numerosas ilhas e canaes que se acham dispersas ou pelo lado N. ou pelo lado S. será facil nullificar os esforços dos adversários” (página 308, obra citada; 2ª ed. Belém: Secult, 1992).

      “Não é sómente pelo lado agricola que tem valor esta ilha; também pelo lado scientifico offerece ella aos estudiosos de antiguidade e história dos nossos aborigenes um vastíssimo e interessante campo, e creio que em parte do territorio brazileiro se encontram tantos e tão variados monumentos (grifei) servindo ao  estudo  ethnologico e archeologico do passado das raças indias que dominavam aquelles logares antes da descoberta”.(idem, p. 315).

      Gama e Abreu fez o elogio do fundador do Museu Paraense Emílio Goeldi, Domingos Soares Ferreira Penna, pioneiro dos estudos sobre Marajó. E o juízo de ambos foi retomado, em 1937, pela diretora do Museu Nacional, Heloisa Alberto Torres. Abreu informa (p. 316), como comissário do Brasil que foi à exposição pan-americana de Chicago, sobre as escavações feitas no sítio “Pacoval no rio Arary” nos anos de 1870, para Frederick Hartt; em 1871 para Derby; no ano seguinte para estudo de Ferreira Pena; e mais duas, sendo a primeira para o Museu Nacional sob Ladislau Netto e a segunda pelo próprio Barão de Marajó para mandar à exposição de Chicago.

      Os governos do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da Governadora Ana Júlia de Vasconcelos Carepa, se distinguem dos precedentes na Amazônia, desde a lei régia colonial delegada aos Jesuítas, de 9 de abril de 1655, abolindo a escravidão dos índios; por ambos terem sido os mandatários que não apenas responderam aos apelos dos marajoaras, mas principalmente por  possibilitar a estes de praticar a democracia partipativa e realizar deste modo um feito histórico; talvez a chamar atenção do mundo inteiro em favor dos povos e populações tradicionais, notadamente com o reconhecimento pela UNESCO da reserva da biosfera do Marajó.