“Hoje a pressão sobre os preços não vem da vulnerabilidade externa (câmbio) ou dos preços administrados, mas do crescimento com distribuição de renda”, disse.

Segundo Sicsú, nos últimos 30 meses, a inflação só teve pressão permanente de dois itens: alimentos e despesas pessoais – basicamente com empregadas domésticas, em função da recuperação do salário mínimo.

Esse fortalecimento da demanda, segundo ele, é compensado pelo aumento de produtividade: “O Banco Central se assusta quando o nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) se aproxima do teto histórico, mas esquece de olhar para o ganho de produtividade.”

Para ele, o aumento da produtividade é sinal de recuperação do investimento. E lembrou que a taxa média de desemprego em 2009, mesmo com a crise, foi de 8,l%, abaixo de 2006 (10%) e 2007 (9,3%): “Criar 1 milhão de empregos ano passado foi muito bom, se compararmos com o passado recente. Entre 1995 e 2002, girava em torno de 450 mil por ano”.

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Fonte: Monitor Mercantil