O seminário foi aberto por Carlos Henrique Tibiriçá Miranda (Caíque), que vai capitanear a FMG no Rio de Janeiro. A primeira mesa contou com a participação do presidente nacional da FMG, Adalberto Monteiro, da presidente do PCdoB-RJ, Ana Rocha, da ex-secretária de Cultura do Rio, Jandira Feghali, e de Agostinho Guerreiro, presidente do Crea-RJ, local onde foi realizado o seminário.

Além de parabenizar a nova seção da Fundação Maurício Grabois, Ana Rocha, destacou a importância do seminário para o estado: “O Rio de Janeiro está vivendo um momento especial na sua trajetória, após passar por um momento de esvaziamento, com a expectativa de retomada do desenvolvimento”.

No seminário, as intervenções destacaram a importância da Petrobrás para o Brasil e especificamente para o Rio de Janeiro, principalmente com as descobertas do Pré-sal. Para Jandira Feghali, é preciso discutir controle social dos recursos do Pré-sal, que deve contribuir na construção de um projeto nacional.

Segundo Agostinho Guerreiro, “quando se fala do Pré-sal, destaca-se a possibilidade da construção de uma Nação forte e inclusiva”, e para ele a Petrobrás terá papel preponderante. “Isso pode ser determinante para a inclusão de milhares de pessoas, que terão educação, saúde, cultura, ciência e tecnologia”, afirmou.

Após a abertura, ocorreram duas mesas de debates, uma na parte da manhã e outra na tarde. A primeira debateu matriz energética e marco regulatório, com o assessor da Diretoria de Exploração da Petrobrás, Ricardo Latgê, que destacou as oportunidades criadas a partir da descoberta do Pré-sal e as demandas que surgirão a partir disso, como por exemplo, a construção de novas embarcações e plataformas.

A mesa também contou com o dirigente da Federação Única dos Petroleiros, Aldemir Caetano, que criticou o sistema de concessão e exploração do petróleo. Caetano defendeu a volta do monopólio do petróleo para a União e, consequentemente, o fim das rodadas de leilão. O debate ainda contou com o assessor da presidência da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Edson Silva, e o diretor da FMG do Rio de Janeiro, Luis Fernando Gutman, que mediou o debate.

O seminário também abordou o papel da cadeia de fornecedores e royalties, com a participação do engenheiro e assessor da presidência da Petrobrás, Sydney Granja, e o economista Mauro Osório, que abordou o desenvolvimento do Rio de Janeiro. O debate foi mediado pelo economista Luis Martins de Melo.

Posse

Segundo Adalberto Monteiro, “a Fundação Maurício Grabois nacional entende que a seção do Rio de Janeiro é imprescindível, pois é um centro que irradia cultura. Nossa Fundação vai poder se integrar com os intelectuais e expoentes da cultura e da ciência”.

A Fundação Maurício Grabois do Rio de Janeiro, que terá à frente o camarada Caíque, terá na direção 12 pessoas: Carlos Alberto Oliveira (Carlão), Severino Marcos, Heloísa Silva, Luisa Barbosa, Celso Cunha, Luis Martins, Luis Fernando Gutman, Ricardo Santos, Márcio Franco, Fernando Amorim e Felipe Santa Cruz, além do próprio Caíque.