A idéia, segundo eles, vem sendo discutida no âmbito do G20 financeiro e no FMI. Os economistas argumentam que, segundo o Banco de Compensações Internacionais (BIS), anualmente o fluxo de transações cambiais gira US$ 777,5 trilhões e uma alíquota de 0,005% garantiria cerca de US$ 33 bilhões anuais para ações solidárias de combate à fome e à extrema pobreza.

A idéia não é nova. O prêmio Nobel James Tobin, nos anos 70, imaginava uma taxa para, simultaneamente, limitar as especulações e as flutuações nos mercados de câmbio.

“A Taxa Tobin tem dupla função: atenuar o impacto do capital especulativo sobre a economia e gerar um fundo para financiar o desenvolvimento. Mas depende de uma cooperação multilateral, caso contrário haverá arbitragem entre países”, pondera José Carlos de Assis, economista.

Segundo Assis, países como o Brasil, “que estão sujeitos ao capital especulativo”, podem adotar a Taxa Tobin, mas salienta: “Não basta aumentar a alíquota, é preciso vincular o imposto ao desenvolvimento.”

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Fonte: Monitor Mercantil