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A prolongação da guerra na Coréia, a utilização de armas de extermínio em massa, o renascimento do militarismo alemão e japonês e os métodos de violência contra a independência das nações provocaram a inquietação de todos os homens, inclusive daqueles que até agora não se haviam apercebido do perigo de guerra.

Os povos de numerosos países adquirirem consciência do perigo de se verem arrastados, por sucessivas etapas, a uma guerra geral, independentemente de sua vontade.

Centenas de milhões de homens e mulheres exigiram a proibição das armas de extermínio em massa, a redução rigorosamente controlada de todos os armamentos e de um Pacto de Paz.

Nos parlamentos, sindicatos, organizações políticas, sociais, e religiosas, desenvolvem-se novas correntes de opinião favoráveis à salvaguarda da paz. A colaboração de todas essas forças é possível, é necessária, para mudar o curso dos acontecimentos e assegurar a paz.

No dia 5 de dezembro de 1952 terá início em Viena, o Congresso dos Povos pela Paz. Uma consulta popular de excepcional amplitude assegurará a preparação do mesmo em todos os países.

Homens e mulheres de todas as opiniões, de todas as crenças: Reuni-vos! Discuti! Procurai soluções! Designais vossos representantes a essa grande assembléia!

A vossa vontade de paz deve expressar-se!

O Congresso dos Povos pela Paz reunirá, em torno de objetivos definidos em comum, os homens de todas as tendências e os grupos ou associações de toda natureza que desejam o desarmamento, a segurança, a independência nacional, a livre escolha de seu modo de vida e a cessação da tensão internacional.

O Congresso dos Povos pela Paz reunirá todos os que desejam que prevaleça o espírito de negociação sobre as soluções de força.

A paz pode ser salva!

A paz deve ser salva!

Aprovado por unanimidade na Sessão Extraordinária do Conselho Mundial da Paz, em Berlim, de 1 a 6 de julho de 1952.

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