A China receberia bem "declarações positivas" do governo norte-americano sobre a segurança dos investimentos chineses em papéis dos Estados Unidos durante a visita do presidente chinês Hu Jintao ao país, entre os dias 18 e 21 próximos. O enigmático recado foi mandado pelo vice-chanceler da China, Cui Tiankai.

"Nós prestamos atenção a essa questão", disse Tiankai, respondendo a uma pergunta se a China está preocupada com a segurança de seus investimentos em bônus do Tesouro norte-americano. Ele não deu mais detalhes.

Tiankai também disse que o tema da cotação do yuan será tratado durante a visita de Hu. "Os dois lados vão discutir como ajudar na recuperação econômica global sustentável, equilibrada e forte", disse.

Ele acrescentou que espera amplos resultados das discussões sobre temas comerciais e econômicos. Perguntado sobre possíveis acordos de compras em larga escala de produtos dos EUA durante a visita de Hu, Tiankai disse que o sucesso da visita não deve ser julgado pelo número ou tamanho destes acordos.

Visitas anteriores de líderes chineses com frequência foram acompanhadas por aquisições como grandes encomendas de aviões da Boeing.

Tiankai também disse que as exportações de terras raras não deve ser uma questão a ser tratada entre EUA e China: "Só temos um terço das reservas globais de terras raras", disse, embora elas respondam por mais de 90% da produção.

Para o chinês, é preciso "uma divisão justa da responsabilidade" para desenvolver as reservas de terras raras e os controles da China sobre exportações sobre elas são destinados a evitar danos ambientais, afirmou.

Terras raras são elementos como lantânio e cério, usados em baterias de alta tecnologia, aparelhos de televisão, equipamentos militares e como catalisadores no refino da gasolina.

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A informação é do Monitor Mercantil