Cresce o repúdio dos europeus a política dos burocratas da União Européia (UE) para que os cidadãos paguem a conta pela farra do sistema financeiro que levou ao estouro da crise global em 2008. Desta vez na Finlândia, que realiza, domingo, eleições para o novo governo.

De acordo com recentes pesquisas de opinião, o apoio dos eleitores ao Partido dos Verdadeiros Finlandeses (True Finns Party) cresceu nos últimos meses, devido à forte insatisfação da população com o fato de terem sido chamados a ajudar a arcar com os empréstimos a Grécia e Irlanda no ano passado e agora Portugal, para que esses países continuam a pagar suas dívidas com bancos europeus e norte-americanos.

A Finlândia se comprometeu a garantir quase 8 bilhões de euros à EFSF e mais garantias e investimentos no valor de 12,58 bilhões de euros para o ESM. O país também emprestou 1,48 bilhão de euros à Grécia, 160 milhões de euros à Islândia e prometeu 324 milhões à Lituânia.

Essa conta é cobrada ao mesmo tempo em que o governo reduz os benefícios sociais. Os Verdadeiros Finlandeses se opõem a qualquer empréstimo a outros membros da Zona do Euro. E podem fazer parte de um governo de coalizão, provavelmente com o Partido da Coalizão Nacional e o Partido de Centro, ambos integrantes do atual governo.

Segundo pesquisa da TNS Gallup entre os dias 5 e 10, a pedido do jornal Helsingin Sanomat, 16,9% dos eleitores pretendem votar no Partido dos Verdadeiros Finlandeses, que teve apenas 4,1% dos votos na eleição de 2007.

O partido também se opõe aos cortes dos benefícios sociais e a qualquer aumento da contribuição à Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) e ao Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), que vai substituir a EFSF em 2013.

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A informação é do Monitor Mercantil