O dirigente também chamou a fixar as responsabilidades penais pela morte do ex-presidente.

Sobre o questionamento ao falecimento do então Chefe de Estado, Silva insistiu em que se arroje a maior clareza a respeito da maneira como morreu e que uma vez estabelecida a verdade jurídica, sejam processados e condenados perante a justiça os responsáveis e autores materiais da tentativa de assassinato.

Está claro, destacou o dirigente da esquerda chilena, que o líder da Unidade Popular e seus colaboradores sofreram tentativa de assassinato por terra e ar.

Chamou a atenção como as evidências encontradas nos peritos realizados põem em dúvida cada vez mais o conjunto de provas e antecedentes que sustentava uma "verdade oficial" durante anos neste país.

Diante disso, o Partido de Socialismo Allendista chamou o governo e em particular as forças armadas a apoiar a investigação e a entregar a lista dos pilotos que bombardearam o Palácio de La Moneda no dia 11 de setembro de 1973.

O advogado da organização, Roberto Avila, queixou-se a respeito porque há três meses foi pedido à Força Aérea do Chile a referida listagem e alegaram que não guardam registros das operações desse dia. "Isso não é acreditável", denunciou o jurista, um dos querelantes na causa pela morte de Allende.

Avila chamou em consequência a que as autoridades reajam com menos passividade, dada a evidente necessidade de colaboração no processo investigativo e quando se sabe também que as Forças Armadas do Chile guardam um minucioso registro de tudo.

A justiça chilena ordenou em janeiro passado uma investigação sobre a morte de Allende, no contexto de uma apresentação de 726 querelas por violações dos direitos humanos durante o regime militar de Augusto Pinochet (1973-1990).

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Fonte: Prensa Latina