Os 12 membros da União de Nações Sul-americanas (Unasul) destinaram US$ 126,11 bilhões a gastos de defesa entre 2006 e 2010, sendo que o Brasil (43,7%) e a Colômbia (17%) foram os que mais investiram, informou nesta sexta-feira esse órgão com sede em Quito.

O investimento neste setor dos integrantes da Unasul – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela – quase duplicou, passando de US$ 17,65 bilhões, em média, em 2006 para US$ 33,2 bilhões em média em 2010, segundo a entidade.

Dos 126,11 bilhões de dólares totais gastos neste período, cerca de 43,7% correspondem ao Brasil, 17% à Colômbia, 10,7% à Venezuela, 9% ao Chile, 8,3% à Argentina, 4,5% ao Equador e 4% ao Peru.

Apesar do aumento dos gastos nesse período, “os gastos totais de defesa da região em percentual do PIB se manteve estável ao longo do quinquênio, com uma média de 0,91%”, acrescentou o documento do Centro de Estudos Estratégicos de Defesa da Unasul, com sede em Buenos Aires.

Os gastos dos doze membros da Unasul em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foram de 0,90% em 2006, 0,86% em 2007, 0,92% em 2008, 0,95% em 2009 e 0,93% em 2010.

“A evolução dos orçamentos de defesa na Unasul não registra variações de valores significativos durante o período nem elementos que permitam estabelecer uma tendência armamentista ou reflitam uma militarização da região”, destacou o relatório.

O relatório observa que “este indicador evidencia que a América do Sul se encontra abaixo de outras regiões em nível mundial, assim como abaixo de outros países com um gasto de defesa significativo”.

Por orçamentos nacionais em 2010, o Equador foi o que mais gastou com defesa em relação ao PIB (2,74%), seguido da Colômbia (1,89%), Suriname (1,49%), Bolívia (1,47%), Chile (1,40%), Guiana (1,31%) e Uruguai (1,06%). O restante destinou menos de 1%.

De acordo com o estudo, o gasto regional médio por habitante entre 2006 e 2010 foi de US$ 67,4 e a quantidade de militares em cada 1.000 habitantes é de três efetivos.

Do total de gastos, 58,7% se destinou ao pessoal, 23,5% a operações, 17,3% para investimentos e 0,5% a pesquisas. “O Registro Sul-americano de Gastos em Defesa é produto da vontade política, cooperação e o consenso regional, e constitui em si mesmo uma medida tangível de confiança mútua”, destacou a Unasul.

Com agências