“Nós estamos iniciando hoje nessa solenidade uma etapa da qual o Brasil vai sair mais rico e mais forte, mais moderno e mais competitivo. Uma etapa que dará à economia brasileira o tamanho que as necessidades de nossa população exigem. O Brasil terá, finalmente, uma infraestrutura compatível com o seu tamanho”, ressaltou em discurso na cerimônia, realizada no Palácio do Planalto.

O plano prevê investimentos  públicos e privados da ordem de R$ 133 bilhões nos próximos 20 anos – sendo quase R$ 80 bilhões até 2017. A expectativa é que 150 mil empregos diretos sejam criados.  

Dilma aproveitou a ocasião para fazer uma espécie de percurso pelas mudanças ocorridas desde 2003, início do governo Lula, do qual foi ministra de Minas e Energia, primeiro, e chefe da Casa Civil, depois. Para a presidenta, o novo plano reforça um modelo de desenvolvimento baseado em crescimento econômico, inclusão social e estabilidade. Ela recordou que foram diminuídos os problemas de dívida e que o país quitou os débitos com o Fundo Monetário Internacional (FMI), passando a ser credor da instituição multilateral, além de tirar 40 milhões de pessoas da pobreza.

Entre os avanços recentes Dilma elencou a ampliação dos investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a redução nos níveis dos juros, definidos a partir da taxa básica fixada pelo Banco Central. “O nosso modelo, ele deu certo e ele será preservado. Agora, preservá-lo é, necessariamente, aprofundá-lo. E isso requer que a gente dê outros tantos passos na direção deste aprofundamento de um modelo que consiste em estabilidade macroeconômica com crescimento, com inclusão social”, explicou, acrescentando que a melhoria no panorama geral do país possibilita pensar no barateamento da infraestrutura, um obstáculo histórico.

Sem citar os governos anteriores, Dilma aproveitou para rebater a leitura de que está privatizando nos mesmos moldes do passado. “Nós, aqui, não estamos desfazendo de patrimônio publico para acumular caixa ou reduzir dívida”, disse. “Nós estamos fazendo parceria para ampliar a infraestrutura do país, para beneficiar sua população e seu setor privado, para saudar uma dívida de décadas de atraso em investimentos em logística, e, sobretudo, para assegurar o menor custo logístico possível, sem monopólios.”

O plano prevê concessões de 7,5 mil quilômetros de estradas federais, o que, segundo o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, permitirá a duplicação dos principais eixos rodoviários do país. Os investimentos serão de R$ 42 bilhões, sendo R$ 23 bi nos próximos cinco anos. As concessionárias só poderão começar a cobrar pedágio depois que pelo menos 10% das expansões previstas estiverem concluídas. No âmbito ferroviário, o investimento será de R$ 91 bilhões, sendo R$ 56 bi até 2017. O objetivo é a construção de 10 mil quilômetros de ferrovia cuja construção, operação e manutenção de toda a infraestrutura será de responsabilidade da iniciativa privada. O governo federal comprará a disponibilidade de tráfego e a repassará para a empresas interessadas por meio de licitação.

 

Fonte: Rede Brasil Atual