O que o estreitamento das relações econômicas Brasil-China significa para o país do ponto de vista social e político? O que significa ter no país asiático, um dos mais poderosos parceiros dos Brics, também um dos principais consumidores das commodities nacionais? O que significam, por outro lado, as importações de manufaturados chineses para o Brasil?
Este é o tema do debate “As relações China-Brasil em seus aspectos econômicos, sociais e políticos”, com a participação da socióloga Camila Moreno e do analista político e escritor Wladimir Pomar, que ocorreu no dia 25 de junho, na sede da Fundação Rosa Luxemburgo.
A questão do desenvolvimentismo está no centro do debate proposto pelo livro de Camila Moreno, e permeia o debate em que a socióloga representa uma leitura de esquerda ecológica contra o modelo econômico brasileiro. Pomar, por sua vez, tem uma leitura mais clássica do modelo difundido pela China para a esquerda que governa o Brasil. Ambas as leituras, no entanto, trazem uma visão que foge à visão hegemônica anticomunista ao analisar um cenário mais recente daquele país e suas relações econômicas com o resto do mundo.