Judias e Judeus pela Democracia apoiam Lula
Artigo de Altamiro Borges
O coletivo “Judias e Judeus pela Democracia” lançou nesta semana um manifesto em apoio à candidatura de Lula. A importante iniciativa reforça o movimento em curso pelo voto útil e pela vitória da democracia contra o fascismo já no primeiro turno das eleições presidenciais, em 2 de outubro.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, “o documento já tem mais de mil assinaturas. Entre os signatários estão os professores da USP André Singer e Raquel Rolnik, a escritora Tatiana Salem Levy, o diretor artístico Arthur Nestrovski, o advogado Fábio Tofic Simantob, a historiadora Lilia Moritz Schwarcz, o editor Luiz Schwarcz, o vereador Daniel Annenberg (PSB) e o ex-deputado Floriano Pesaro. Ainda endossam a carta o médico Daniel Klotzel, a antropóloga Betty Mindlin, o advogado e diretor da Open Society Foundations para a América Latina e Caribe, Pedro Abramovay, e o idealizador do Fórum Social Mundial, Oded Grajew”.
O manifesto descreve o governo de Jair Bolsonaro como “um projeto de morte, escassez, violência, ódio e autoritarismo, de um presidente que abriu mão de governar o país e se dedica a atiçar os piores sentimentos sociais”. Relembrando os horrores do nazismo em sua perseguição aos judes, o texto ainda alerta:
“Sabemos que quando o projeto político é o ódio, o passo seguinte é o extermínio simbólico e físico. Testemunhamos isso em diferentes momentos da história e sabemos as consequências da omissão, de falsas equivalências e da desresponsabilização diante da destruição das minorias políticas e religiosas e dos mais vulneráveis”.
O coletivo é explícito no seu apoio ao ex-presidente Lula ao afirmar que sua candidatura “propõe uma política alinhada à justiça social e à garantia do Estado democrático de Direitos e da vida”. Como lembra a colunista da Folha, “o manifesto é mais um movimento de parte da comunidade judaica em apoio ao petista. Em julho deste ano, um grupo composto de intelectuais, políticos e advogados lançou um manifesto suprapartidário intitulado “Judeus e judias com Lula e Alckmin… Na época, o movimento causou incômodo na Confederação Israelita do Brasil (Conib)”, que é mais identificada com o neofascista no poder.