Trump orienta ações terroristas de Bolsonaro
Artigo de Altamiro Borges
O jornal The Washington Post revelou na quarta-feira (23) que o deputado Eduardo Bolsonaro, o Dudu Bananinha, reuniu-se com Donald Trump em sua mansão em Palm Beach, na Flórida (EUA), logo após o segundo turno da eleição no Brasil. Segundo a reportagem, o terrorista do Capitólio teria orientado o filhote 03 do “capetão” a seguir questionando o resultado do pleito, insuflando as suas milícias.
Steve Bannon, o ex-estrategista de Donald Trump que já foi preso e recentemente foi condenado por obstruir a investigação sobre os ataques de janeiro de 2021 ao Congresso dos EUA – que resultou em cinco mortes –, confirmou a conspirata. Ele disse que a reunião discutiu “a força das manifestações pró-Bolsonaro”. A matéria evidencia que os fascistas, dos EUA e do Brasil, estão bem articulados.
O Post ainda relata que Jason Miller, outro ex-assessor do ex-presidente ianque, também almoçou com Eduardo Bolsonaro e que eles discutiram “a censura digital e a liberdade de expressão”. Outros encontros de aliados do presidente brasileiro com conselheiros de Trump vêm ocorrendo, segundo a matéria intitulada “Trump auxilia Bannon e Miller a aconselhar os Bolsonaro nos próximos passos”.
BrazilianSpring e BrazilWasStolen
O jornal ianque ainda destaca que a tentativa de Jair Bolsonaro e de seu partido, o PL, de contestar o resultado da eleição na Justiça “provavelmente falhará, mas pode encorajar apoiadores”, citando que muitos seguidores fanáticos do fascista nativo seguem em vigílias em várias cidades do Brasil.
“Manifestantes já foram fotografados segurando cartazes nos quais se lia #BrazilianSpring e #BrazilWasStolen, em inglês, mostrando grande ligação entre os movimentos de direita nos dois países”, afirma o texto, em referência aos termos “primavera brasileira” e “o Brasil foi roubado” que vêm aparecendo em protestos de rua e publicações de redes sociais de apoiadores de Jair Bolsonaro.
As articulações de Dudu Bananinha
Em matéria postada em 5 de novembro no site Metrópoles, o jornalista Guilherme Amado já havia antecipado que “Eduardo é um dos mais empenhados na tentativa de convencer Jair Bolsonaro a não jogar a toalha e admitir a derrota. Ele defende que o pai tente o mesmo caminho de Donald Trump, não reconhecendo a vitória, e inflamando seus eleitores a seguir no questionamento do resultado e na defesa de um golpe de Estado”.
Dudu Bananinha inclusive teria sugerido que o “o pai tivesse uma reunião virtual com Steve Bannon para se aconselhar sobre o que deveria fazer. Ideólogo da nova direita radical populista nos Estados Unidos, Bannon foi o principal estrategista de Trump. O americano foi condenado a quatro meses de prisão em outubro por se recusar a cooperar na investigação do ataque ao Capitólio dos EUA”. Pelo jeito, as articulações golpistas a partir do império ganharam impulso na sequência.