A sugestão de construção da revista é muito antiga, mas esbarrávamos sempre nas dificuldades e no custo de construção de um material impresso. A pouco mais de dois anos retomou-se a intenção, levando em consideração o uso das novas tecnologias, como forma de baratear o projeto e ao mesmo tempo propiciar uma série de outras vantagens como o fato de torná-la acessível a um número muito maior de leitores, de possibilitar a interatividade, seja para que as pessoas possam participar com comentários, ou tornar simples o processo de submissão de seus textos ou notícias para apreciação da equipe editorial.

A Revista está dividida em sessões que são Brasil, internacional, mundo do trabalho, cultura, políticas públicas e filosofia, sendo que esta ultima não foi lançada neste primeiro numero, mas deverá existir já na próxima edição.

Temos também na Revista Dialética uma grande chance para que jovens pesquisadores possam publicizar os seus estudos. Veja o exemplo da Thiliany, ela foi minha orientanda de TCC na graduação do curso de História na UNEB, e eu sugeri que ela transformasse um dos capítulos em artigo. Na Dialética ele teve a chance de publicar e acabou nos enriquecendo muito trazendo uma análise do tratamento da questão das comunidades remanescentes de quilombo nos campos jurídico e político no Brasil. Veja como é importante para estes jovens, como Thiliany ou Urano, terem seus textos ao lado de Doutores e intelectuais de carreiras já consagradas.

Como na origem o plano era de uma publicação impressa, resolvemos manter o formato da proposta. Assim, a revista é feita de tal forma que aquele leitor que optar por tê-la em sua estante ou mesmo opte por folheá-la, poderá imprimir toda ela e tê-la em mãos. Os artigos, resenhas e editorial, constituem a parte fixa da revista, ou seja, serão renovados a cada semestre, correspondendo isto nos números seguintes da revista. Os anteriores não desaparecerão, mas ficarão postados como diferentes números. Já a parte de notícias corresponde ao que estamos chamando de parte dinâmica da revista, isto deverá estar sendo renovado constantemente. Neste momento ainda estamos nos debatendo com limitações operacionais para funcionarmos dentro desta dinâmica, nos próximos meses estaremos superando isso e tornando as informações algo muito mais dinâmico. Mas o ideal é que o próprio leitor ajude a construir a revista e a mantenha atualizada.

Criamos um sistema de cadastro que dá ao leitor a possibilidade de publicar textos, notícias e comentários dos artigos expostos. Esse sistema serve para a nossa proteção. As regras e política de publicação estão facilmente expostas na revista. Assim fica fácil publicar na dialética, acredito que teremos um instrumento completamente interativo, o próprio leitor a alimenta e a atualiza.

Este primeiro número da revista é hegemonizada por baianos, afinal ela está sendo lançada aqui e o conselho editorial é praticamente todo composto por baianos. Ainda assim temos um artigo do Marcelo Fernandes, que é professor na UFRRJ, e outro do Sérgio Prieb que é Professor Adjunto do Departamento de Ciências Econômicas da UFSM. Isso é algo que precisamos ver melhor, acho que a dialética precisa de uma cara mais nacional, e isso só será possível se camaradas de outros estados comprarem também a idéia e começarem a escrever para a Dialética.

Também para que um projeto como este siga adiante é necessário que a composição do Conselho Editorial e do corpo de colaboradores seja bastante amplo. A Revista tem uma linha ideológica muito clara, dentro disso todos os que têm condições de contribuir com o debate estão sendo instigados a ocupar aqui o seu espaço e contribuir para o nosso crescimento, assim nos aproximamos desse que é objetivo também da própria Fundação Maurício Grabois que é estreitar os nossos laços com a intelectualidade avançada. Isso permitiu que nomes de intelectuais baianos pudessem já constar em nosso Conselho Editorial.

Os números da dialética não são necessariamente temáticos, o que não quer dizer que não possamos ter edições desta forma. Assim que lançamos o primeiro número já estamos trabalhando para garantirmos o segundo, e neste queremos discutir o tema “Cidades”. Na verdade estamos nos antecipando ao grande debate que certamente tomará as pautas até as eleições municipais. Queremos então trazer para o campo conceitual questões como cultura, desenvolvimento, História, a dicotomia entre globalização e localismos, enfim, reflexões acerca do contexto urbano. Assim, quem tiver contribuições neste sentido já pode se cadastrar na página www.revistadialetica.com.br e encaminhar seu texto para a nossa equipe editorial.