O governo de Washington, embora, tenha reconhecido que não pode confirmar algo assim, adotou as sustentações israelenses, assim como as suspeitas de Tel Aviv de que, provavelmente, a Síria funcionou apenas como “centro de trânsito” para os mísseis que provinham do Irã.

Tendo como denominador estas argumentações, o Departamento de Estado dos EUA protestou, oficialmente, à missão diplomática síria junto à Organização das Nações Unidas (ONU) nos EUA e suas autoridades vociferaram as clássicas ameaças sobre “sérias consequências”, no caso em que estas informações fossem confirmadas, deixando em aberto ainda a eventualidade de ação militar contra Damasco.

E tudo isso, enquanto a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, insistia que “a governança de Barack Obama considera “importante para os interesses norte-americanos” a melhoria das relações com a Síria, adotando uma posição, no mínimo, “confusa”.

De acordo com os conhecidos – para a região – fundamentos (isto é, as acusações israelenses contra a Síria, a vilanesca postura do imperialismo norte-americano e, os desmentidos sírios), vem a se somar um novo dado, relacionado com o passado recente que torna mais complicada a situação. Trata-se da postura da liderança libanesa.

O primeiro-ministro do Líbano, Saad Harire, estreito e sem pretextos aliado dos EUA, que hoje chefia um governo de “unidade nacional” com a participação do Hezbollah, desmentiu, categoricamente, as argumentações israelenses. E não só isso. Repetiu a interpretação síria, de acordo com a qual o Governo Netanyahu tenta reorientar a opinião pública mundial de seus sucessivos desafios nos territórios palestinos ocupados, enquanto, cultiva o “clima de tensão”.

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Fonte: Monitor Mercantil