O Camarada Stálin, Grande Teórico do Comunismo
O Marxismo-Leninismo — os ensinamentos de Marx, Engels e Lênin, desenvolvidos e completados pelo camarada Stálin — é a visão científica do mundo da classe operária internacional, a classe que conquistou uma histórica vitória na sexta parte do mundo, a classe que, apoiando-se nesta vitória, está destinada a destruir o capitalismo e a construir uma sociedade nova, a sociedade comunista. O marxismo-leninismo é a doutrina mais revolucionária que já existiu na história da humanidade. É a teoria mais avançada, provada no crisol das batalhas sustentadas pelo povo trabalhador da União Soviética e de todo o mundo. Somente o verdadeiro marxismo pode ser marxismo criador, porque ele próprio é um produto da ação das leis do desenvolvimento dialético, porque não somente explica o mundo como dá a chave para transformar o mundo.
Todo o material com que o camarada Stálin enriqueceu e está enriquecendo o marxismo não pode ser considerado separadamente de sua conexão viva, orgânica, com tudo o que Marx e Engels legaram à humanidade e com tudo aquilo com que Lênin contribuiu para enriquecer o marxismo. O materialismo dialético e histórico, a ciência das leis do desenvolvimento da sociedade capitalista, a idéia marxista da ditadura do proletariado, a estratégia e a tática da classe operária no período do capitalismo pré-monopolista, todo esse vasto acervo de idéias que Marx e Engels legaram ao proletariado, constitui a base de sólido granito sobre a qual Lênin e Stálin, os brilhantes continuadores da obra dos fundadores do socialismo científico, assentaram os seus ensinamentos. Lênin e Stálin desenvolveram e completaram os ensinamentos de Marx e Engels e deram ao proletariado uma teoria nova, compreensível, da revolução socialista, que ilumina o caminho da luta da classe operária pelo comunismo e todos os problemas da estratégia e da tática do proletariado no período anterior à sua tomada do poder, no período do estabelecimento da ditadura proletária e da supressão da resistência das classes exploradoras, no período da construção do socialismo e no período da edificação definitiva da sociedade sem classes e da gradual transição do Socialismo” para o Comunismo. A teoria de Lênin e Stálin da revolução socialista é uma doutrina una e integral, inseparável da doutrina de Marx e Engels; é a continuação e o desenvolvimento dos seus pontos de vista. Trabalhando lado a lado na elaboração desta teoria, no mais aceso das batalhas pelo socialismo, Lênin e Stálin deram a ela sua contribuição pessoal de trabalho criador.
A contribuição de Lênin a essa teoria, com a qual enriqueceu o marxismo, é explicada com grande profundidade de pensamento, com lógica inflexível e extrema clareza na obra clássica do camarada Stálin, “Sobre os Fundamentos do Leninismo”, que veio a ser um guia para os comunistas de todos os países. Mas este livro não somente representa uma exposição dos pontos de vista de Lênin; trata-se de uma das maiores obras do marxismo criador, uma obra que faz avançar ainda mais a ciência do marxismo-leninismo. Durante mais de duas décadas, quando Lênin ainda vivia, o camarada Stálin desenvolveu os mesmos pontos de vista apresentados por aquele; desenvolveu-os, não somente como um verdadeiro discípulo, amigo e companheiro de armas, mas que seguindo o seu próprio caminho independente chegou às mesmas conclusões a que chegara Lênin. Seus primeiros artigos contra o anarquismo e uma série de outros trabalhos teóricos seus, escritos na primeira década do século atual, ajudaram a levar a um plano mais alto a luta pela filosofia do marxismo. Os notáveis artigos do camarada Stálin sobre a questão nacional e suas obras concernentes à questão colonial, converteram-se na base da doutrina leninista-stalinista sobre as reservas da revolução.
Todo o caminho percorrido pelo nosso país, no processo de sua transformação da Rússia da N. E. P. na Rússia Socialista, foi iluminado pelo poderoso farol do pensamento teórico de Stálin. Graças ao seu trabalho construtivo, tanto teórico como prático, o marxismo-leninismo é hoje o marxismo não somente da época do imperialismo e das revoluções proletárias, mas também da época da vitória do Socialismo na sexta parte do mundo.
Enriquecimento do Tesouro Comum do Marxismo
Como sabemos, Marx e Engels foram os criadores do método dialético, do materialismo filosófico e histórico. Em seu célebre trabalho “Materialismo e Empiriocriticismo”, Lênin, ao mesmo tempo que repelia resolutamente as tentativas da revisão dos pontos de vista filosóficos de Marx e Engels, generalizava as últimas descobertas da ciência, principalmente no campo das ciências naturais, dotava a filosofia do marxismo com estas descobertas e reforçava o fundamento teórico do comunismo. O inspirado trabalho do camarada Stálin “Sobre o materialismo dialético e o materialismo histórico” que foi escrito para a “História do Partido Comunista (bolchevique) da União Soviética”, abundante como é em exemplos vivos tirados da vida social e da luta de classes, revela novos aspectos da filosofia do marxismo e serve de estímulo ao progresso do pensamento marxista teórico não somente em nosso país, mas também nos mais remotos. Milhões de operários e trabalhadores intelectuais em todo o mundo receberam sua preparação ideológica e sua consistência teórica através desta obra clássica do camarada Stálin.
Ele provou ser um mestre insuperável da dialética marxista em todas as suas diversas atividades de estadista, na esfera da vida econômica e política e no terreno das relações do país socialista com o mundo capitalista. As futuras gerações estudarão a dialética marxista não somente nas obras teóricas do camarada Stálin, como também na história de toda a sua atividade revolucionária e de sua imensa obra como estadista, história essa que está destinada a ser escrita e que será escrita pelos filhos de nosso afortunado povo.
Antes da guerra mundial de 1914-1918, a social-democracia da Europa Ocidental professava em palavras sua adesão ao materialismo histórico; mas inclinou-se fatalmente ante o capitalismo, exagerando seu poder, sua vitalidade e suas oportunidades de resistência. Nas leis do materialismo histórico viu simplesmente uma força elementar externa que molda a vontade humana; desconheceu o papel ativo da classe operária. A concepção do camarada Stálin das leis da necessidade histórica, evidenciada através de toda a sua atividade revolucionária e de seu trabalho como estadista, representa um exemplo notável de marxismo criador, que reconhece o formidável papel da influência consciente exercida pelo povo no curso dos acontecimentos, no curso de sua história. Na época atual é o camarada Stálin quem, mais do que ninguém, leva em conta com perspicácia, os obstáculos objetivos que se opõem à marcha revolucionária da classe operária, à marcha da vontade do Estado Socialista; mas ao mesmo tempo é ele quem, mais do que nenhum outro, assinala audazmente as tarefas revolucionárias destinadas a transformar a face do mundo e a dirigir o desenvolvimento histórico pelo caminho desejado.
Sabemos que Lênin formulou uma irrefutável análise marxista do imperialismo como última etapa do capitalismo e revelou suas contradições e as condições de sua ruína inevitável. O camarada Stálin, tomando como base os ensinamentos de Lênin sobre o imperialismo, apresentou os problemas da teoria marxista em relação ao período da crise geral do capitalismo, revelou a natureza crescentemente destrutiva das crises econômicas que aprofundam e intensificam a crise de todo o sistema capitalista, desfez a teoria da “eterna prosperidade” e do “capitalismo organizado” e provou cientificamente a insegurança da estabilização capitalista e demonstrou todas as contradições inerentes ao capitalismo que conduzem à intensificação da luta entre os imperialistas e às novas guerras imperialistas. O camarada Stálin mostrou as transformações que se estão operando na super-estrutura política do capitalismo; revelou a natureza da forma particular de reação política característica do capitalismo na época de seu declínio, conhecida pelo nome de fascismo. Mostrou que essa forma de reação não está separada da chamada democracia burguesa por qualquer muralha: porque o fascismo e a “democracia burguesa” tem uma base comum — o sistema de exploração capitalista — porque não há diferença essencial entre o fascismo e a “democracia burguesa”; ambos são simplesmente formas da ditadura burguesa. Ele ensinou aos marxistas de todos os países que a intensificação da reação não é somente o resultado da debilidade da classe operária e do fato de que suas forças estão dispersas devido à atividade desmoralizadora e traiçoeira da alta direção dos partidos social-democratas, mas que essa reação é ao mesmo tempo resultado da debilidade da burguesia que já não pode governar com os velhos métodos do parlamentarismo, que serve para ocultar às massas a verdadeira natureza de classe da ditadura burguesa.
Um dos serviços prestados por Lênin foi que, da análise do imperialismo como etapa monopolizadora do capitalismo, deduziu a lei da intensificação do desenvolvimento desigual do capitalismo na época do imperialismo. Baseando-se na desigualdade do desenvolvimento do capitalismo, Lênin descobriu outra verdade que enriqueceu a ciência marxista, isto é, a impossibilidade de uma vitória simultânea do Socialismo em todos os países e a possibilidade de tal vitória em vários países ou em um só, separadamente. Como resultado desta tese de Lênin verificou-se, em primeiro lugar, que a classe operária, na vanguarda de todas as massas exploradas, pôde romper a cadeia imperialista em um de seus elos — o mais fraco — e que esse elo pode bem ser representado por um país que, embora atrasado em seu desenvolvimento econômico, está sujeito aos mais devastadores efeitos dos transtornos internos e externos do sistema capitalista; em segundo lugar, que não obstante o atraso técnico e econômico da Rússia, era possível nela edificar o socialismo com o esforço dos próprios operários e camponeses soviéticos, mas com a condição de que a intervenção estrangeira não impedisse a realização dessa tarefa histórica de importância mundial.
O camarada Stálin defendeu essa tese de Lênin contra os agentes inimigos que trataram de intimidar os bolcheviques pelo atraso técnico e econômico da Rússia, pelas dificuldades para edificar o socialismo na Rússia e que prediziam o inevitável rompimento da aliança entre a classe operária e o campesinato e asseguravam que o jovem Estado Soviético não se poderia manter ante as forças do mundo capitalista ao seu redor. Stálin mostrou que o bando Trotski—Bukharin—Zinoviev estava trabalhando com efeito pela restauração do capitalismo e lutando para entregar o país soviético aos ladrões imperialistas estrangeiros para que o saqueassem. Aproveitando a experiência da edificação do socialismo na União Soviética, o camarada Stálin provou a verdade da tese de Lênin e, como chefe do Partido e do povo soviético, transformou-a em realidade, fez dela a pedra angular da estratégia do proletariado mundial, da estratégia da revolução proletária. Ele elevou a uma enorme altura essa tese de Lênin, fazendo dela o ponto de partida de toda a política do Estado Socialista; a base para a vitória do Socialismo na histórica luta entre os dois mundos. Desenvolveu ainda mais essa tese de Lênin e chegou à conclusão de que é possível construir o comunismo na União Soviética, mesmo que exista ao seu redor um mundo capitalista. Mostrou que essa tese de Lênin é um motor que impulsiona o movimento de libertação da classe operária em todos os países, que é um meio poderoso de fortalecer o internacionalismo proletário; porque a revolução no país vitorioso não e uma conquista restrita, mas um apoio que serve para acelerar a vitória do proletariado em outros países. O camarada Stálin mostrou que a posição daqueles que negam a possibilidade da vitória do Socialismo num país, é de traição ao internacionalismo proletário, porque:
“… entrava, e não liberta, a iniciativa particularmente dos países que, em virtude de certas condições históricas se acham com a possibilidade de abrir uma brecha na frente do capital; porque não estimula os diferentes países a empreender, por sua conta, uma ofensiva ativa contra o capital, mas, ao contrário, os condena a se manter passivamente na expectativa, na espera do momento da crise mundial; porque incentiva entre os proletários dos diferentes países, não o espírito de decisão revolucionária, mas a atitude hamletiana de dúvida diante da interrogação: “Que sucederia se os outros não nos apoiassem?”(1)
A Construção do Partido e a Ditadura do Proletariado
Em cooperação com Lênin o camarada Stálin construiu o Partido de novo tipo; com Lênin, conduziu este Partido ao assalto do capitalismo e ao estabelecimento da ditadura do proletariado. Desenvolveu depois os ensinamentos de Lênin sobre o Partido e os aplicou às condições da construção triunfante do Socialismo. Armou este Partido de novo tipo com a experiência da vitória do Socialismo na URSS e o ajudou a transformar-se não só na vanguarda da classe operária, como também na vanguarda de todo o povo trabalhador em sua luta pela consolidação e pelo desenvolvimento do sistema socialista. Limpou o Partido da imundície oportunista, dos agentes do inimigo de classe, melhorou sua natureza, monolítica e a unidade de suas fileiras. À medida que a construção da sociedade socialista sem classes tem progredido, o camarada Stálin vem criando sólidas garantias contra a divisão deste Partido, ampliando seu contacto com o povo trabalhador, incorporando novos destacamentos do Partido e de bolcheviques sem partido temperados na luta, promovendo novas forças consagradas abnegadamente à causa do Comunismo, levantando o nível teórico do Partido, educando seus membros no espírito do marxismo-leninismo.
A doutrina leninista da ditadura do proletariado é a espinha dorsal da teoria leninista-stalinista da revolução socialista. Stálin elaborou essa doutrina juntamente com Lênin. Depois da morte de Lênin, ele sistematizou e reuniu num único conjunto o vasto tesouro teórico das idéias de Lênin sobre este problema, realizando ao mesmo tempo um extensíssimo trabalho criador que atualiza os ensinamentos de Lênin sobre a ditadura do proletariado. Fez mais: desenvolveu essa doutrina visando o período da edificação socialista, caracterizado pela ofensiva decisiva contra os elementos capitalistas, pela incorporação de milhares de granjas camponesas individuais ao trabalho da construção socialista, pela eliminação dos kulaks como classe e pela transformação da economia soviética com suas sobrevivências do capitalismo — uma economia que ainda não era completamente socialista — em economia socialista. O camarada Stálin elaborou a questão das formas e meios de ampliação ulterior da base social da ditadura da classe operária e de sua posterior consolidação. Ensinou que a industrialização socialista aumentaria a importância relativa da classe operária na sociedade soviética e fortificaria a direção do Estado exercida pela classe operária sobre os outros setores da população trabalhadora na luta pelo Socialismo. Ensinou que, mediante a coletivização da agricultura, o Partido estava lançando uma nova e irremovível base para a aliança entre a classe operária e o campesinato, base que estava tornando esta aliança indestrutível e firme como o granito. Ensinou que, seguindo uma política nacional acertada, o Partido poria fim à luta nacional que era característica do período pré-revolucionário e uniria as nações habitantes da URSS em uma só família fraternal. E o Partido de Lênin e Stálin aplicou na prática os ensinamentos de Stálin, forjou a unidade moral e política sem precedentes do povo soviético, levantou uma nova onda de patriotismo soviético e assim consolidou a ditadura da classe operária.
Tomando como base as transformações sociais que se têm verificado em nosso país como resultado da vitória do Socialismo, o camarada Stálin elaborou as formas específicas para o desenvolvimento da ditadura da classe operária — a qual sempre representou a mais ampla democracia para o povo trabalhador — em uma democracia socialista para toda a nação, uma democracia que a história da humanidade jamais havia conhecido. O maior documento de nossa época — a Constituição stalinista, que inclui as conquistas socialistas com que sempre sonharam os pensadores mais destacados da humanidade, pelas quais lutaram e morreram os melhores filhos da classe operária, e com as quais, através dos tempos, sonharam o escravo romano, o aprendiz da Idade Média e todos os homens oprimidos — este documento representa também uma nova página nos ensinamentos sobre a ditadura do proletariado.
Com assombrosa perspicácia, o camarada Stálin descobriu as formas selvagens de luta, aquelas a que recorriam na época da ditadura da classe operária as classes inimigas que estavam sendo eliminadas pela ofensiva socialista. Ensinou que a eliminação das classes exploradoras é um processo dialético — uma luta impiedosa de antagonismos, uma luta entre o novo, que nasce, e o velho, que morre, em que o novo emerge vitorioso e como resultado a sociedade se eleva a uma etapa mais alta de seu desenvolvimento.
O camarada Stálin ensinou que o caminho que conduz ao Socialismo não é o do «apaziguamento da luta de classes» mas o da sua intensificação; não é o caminho do debilitamento da ditadura proletária, mas o de seu fortalecimento em todos os sentidos. Ensinou que a força da resistência do inimigo faz-se dez vezes maior devido ao fato de que a URSS está cercada por um mundo capitalista. Ensinou que quanto mais desesperada for a resistência dos elementos inimigos, mais desesperados serão os métodos de luta a que recorrerão; privados de todo o apoio dentro de seu país, passam a servir às classes exploradoras de países estrangeiros e se convertem em um bando de espiões, diversionistas e assassinos a soldo dos serviços de espionagem dos inimigos do País do Socialismo.
Marx e Engels deram em suas obras uma idéia geral da sociedade comunista do futuro. As brilhantes idéias de Marx e Engels, que atestam as grandes faculdades de previsão dos fundadores do socialismo científico, serviram de guia às obras teóricas e à atividade prática de Lênin e Stálin em sua luta pela vitória da classe operária, pelo socialismo. Lênin, o grande pensador, mostrou, com sua clara política econômica, o caminho a seguir para a construção da economia socialista; em sua famosa fórmula lacônica, “o Comunismo é poder Soviético, mais eletrificação” — deu a idéia da industrialização socialista; em seu Plano GOELRO (Comissão para elaborar o plano governamental da eletrificação da Rússia); antecipou os futuros Planos Quinquenais de Stálin; em seu plano cooperativo indicou o que posteriormente seria o verdadeiro caminho por onde milhões de camponeses começaram a marchar para o socialismo. Estabelecendo uma aliança duradoura entre a classe operária, que contava com o apoio dos camponeses pobres, e o campesinato médio, preparou as condições para a vitoriosa construção socialista.
O Construtor do Socialismo
Tendo como base os esboços deixados por Marx e Engels e as obras de Lênin, o camarada Stálin desenvolveu os planos gerais de Lênin, para a edificação da sociedade socialista na URSS, deu às idéias de Lênin conteúdo concreto, e fez da construção do Socialismo a causa preciosa de duzentos milhões de operários, camponeses e intelectuais. Desenvolveu o grande plano de reformas socialistas, cuja realização transformou a face da União Soviética. Esta já não é hoje o país das “cinco camadas econômicas” de que falava Lênin; já não é o país do “Comunismo de guerra” com minas arruinadas e fábricas paradas; nem o país do período da N. E. P., em que a classe operária, apesar de deter as posições dominantes, permitia, sob certas condições, o desenvolvimento de elementos capitalistas em seu sistema econômico; nem o país em que existiam, ao lado da indústria socialista, milhões de pequenas granjas agrícolas individuais. A União Soviética é hoje o País do Socialismo vitorioso, com uma poderosa indústria, com a agricultura coletivizada em maior escala de todo o mundo, com indústria socializada em mãos do Estado, com sociedades cooperativas e granjas coletivas.
Stálin deu a chave da solução da contradição entre o poder soviético, o poder mais avançado da história da humanidade, e o baixo nível técnico e econômico do país soviético herdado da velha propriedade tzarista da terra e do sistema capitalista. Resolveu essa contradição por meio da industrialização socialista do campo.
O camarada Stálin deu a chave da solução de outra contradição — isto é, a contradição entre a indústria socialista, que estava destruindo os elementos capitalistas, e a pequena agricultura individual, que estava engendrando estes elementos dia a dia, hora a hora e que constituía um verdadeiro perigo de restauração do capitalismo na URSS. Sob a direção do camarada Stálin, realizou-se uma das maiores transformações socialistas:
“uma revolução profunda, um salto de um velho estado qualitativo da sociedade a um novo estado qualitativo, equivalente em suas consequências à Revolução de Outubro de 1917”.(2)
Essas contradições mais importantes foram vencidas por meio da industrialização socialista e da realização do sistema agrícola coletivo, e como resultado foram criadas garantias internas para a edificação de uma sociedade socialista sem classes e para a transição gradual do Socialismo ao Comunismo.
Sob a direção do camarada Stálin, estão se criando agora condições para a solução da mais importante contradição do período atual — a contradição entre a União Soviética e o mundo capitalista que a circunda. Estão sendo criadas pelo trabalho incessante para fortalecer a defesa de nosso país, e como resultado do fato de que a URSS alcançou sua independência técnica e econômica com respeito ao mundo capitalista, através da política exterior independente do Estado Soviético que tira vantagens dos antagonismos existentes no campo dos imperialistas, através da transformação da União Soviética em uma poderosa base de apoio ao movimento de libertação do povo trabalhador de todos os países.
O camarada Stálin desenvolveu os problemas teóricos relativos à edificação do Socialismo como primeira fase do Comunismo. Em cada etapa da construção do Socialismo, ele formula, na base da análise dos traços específicos de determinada situação concreta, as palavras de ordem que mobilizem as massas para resolver as contradições dialéticas internas e para fazer progredir o país soviético até o Socialismo. Mostrou que essas contradições internas não se resolvem espontaneamente, “por si próprias”, mas sim pela influência ativa exercida pelo Partido, pelo Estado Soviético e pelos sindicatos, por meio de uma ofensiva decisiva da classe operária contra os elementos capitalistas. Formulou as seis condições famosas para o progresso econômico da União Soviética, esclareceu a questão do papel do dinheiro, do cômputo dos negócios, do comércio soviético sob o Socialismo e expôs o caráter pernicioso dos diversos projetos fantásticos para a abolição do dinheiro e para estabelecer a troca, direta de mercadorias sob as condições predominantes na fase inicial, inferior do Comunismo. Expôs a essência contra-revolucionária da igualdade pequeno-burguesa e mostrou sua natureza cobiçosa, kulak, que se opunha ao Socialismo.
Quando realizou o plano cooperativo de Lênin, Stálin dirigiu o grande movimento agrícola coletivo das massas camponesas pelo caminho da formação de artéis agrícolas, que combinam racionalmente os interesses públicos e pessoais do agricultor coletivizado. Combateu os desvios esquerdistas no processo da agricultura coletiva. Mostrou que somente através da forma de artéis agrícolas, no processo da agricultura coletiva, poderá chegar o campesinato à forma superior do cultivo coletivo — a comuna agrícola. Mas a comuna só adquirirá verdadeira vitalidade quando for edificada na base da técnica desenvolvida e de uma abundância de produtos.
Partindo da base material do Socialismo que já foi construído em seu principal aspecto, o camarada Stálin indicou os caminhos para a transição do Socialismo ao Comunismo, desenvolvendo deste modo a teoria da revolução socialista. No XVIII Congresso do Partido, formulou a palavra de ordem de alcançar e superar os países capitalistas economicamente também, quer dizer, quanto ao volume da produção total por indivíduo da população. Designou ao Partido a tarefa de fomentar constantemente a nova mentalidade socialista, mostrando seu papel a sua importância na transformação ulterior de nosso país. Revelou os triunfos do Comunismo no movimento stakhanovista, descobrindo nesse movimento um meio de destruir a linha divisória entre o trabalho intelectual e o manual. O camarada Stálin nos ensinou que na URSS o homem já não é o escravo das relações sociais que estão além de seu controle, mas o criador consciente das relações sociais, é uma pessoa que dominou a técnica, que tudo decide.
A Contribuição de Stálin à Teoria do Estado
Marx e Engels revelaram a natureza de classe do Estado; mostraram que desde o momento em que as classes apareceram na sociedade o Estado tem sempre sido uma organização da classe dirigente, uma organização de um punhado de exploradores, da minoria, para a repressão dos explorados que representam a maioria da população. Na sua obra “O Estado e a Revolução”, Lênin defendeu os ensinamentos de Marx e Engels sobre o Estado contra sua vulgarização e desvio por parte dos oportunistas, e destruiu as pseudo-teorias dos reformistas social-democratas com respeito à natureza do Estado como organização que “está acima das classes”, pseudo-teorias de que posteriormente se apoderaram os ideólogos do chamado Estado totalitário.
Qual é a nova contribuição do camarada Stálin à doutrina marxista-leninista do Estado? No curso de muitas décadas os marxistas aderiram ao ponto de vista de Engels de que numa sociedade sem classes, na qual não haveria a quem reprimir ou coagir, a necessidade de um poder estatal desapareceria, e a conversão dos meios de produção em propriedade pública seria o último ato independente do Estado como tal.
O camarada Stálin mostrou que esse ponto de vista sobre o Estado no período de transição do Socialismo ao Comunismo, que se baseava na suposição de que o Socialismo triunfaria simultaneamente em todos os países, não concorda com a experiência histórica da URSS e de que já teve início a gradual transição do Socialismo ao Comunismo, e partindo, além disso, do fato de que a luta entre os dois sistemas mundiais — o mundo do Socialismo e o mundo do Capitalismo — está crescendo em intensidade, o camarada Stálin formulou uma nova tese: mesmo que haja uma sociedade sem classes, em um país em que o Comunismo triunfe, o Estado não pode desaparecer enquanto o país estiver rodeado por um mundo capitalista, mesmo que as formas e funções desse Estado sofram transformações.
Guia e Chefe do Proletariado
A história da obra do camarada Stálin pela causa da classe operária internacional e de sua contribuição a essa causa, como mestre e guia, ainda está por escrever. Os ensinamentos do camarada Stálin ligam-no, por meio de fios invisíveis, aos milhões de operários e outros trabalhadores dos países capitalistas. Em seus discursos e informes encontram os discípulos do marxismo-leninismo de todo o mundo uma análise profunda dos assuntos mundiais, uma justa apreciação da correlação das forças de classes, uma clara perspectiva do progresso futuro. Em seus discursos encontram a resposta à pergunta de que se deve fazer e que política se deve seguir para pôr fim à reação, às guerras imperialistas e ao capitalismo.
Tudo o que de novo trouxe o camarada Stálin à teoria do marxismo-leninismo é hoje propriedade não só do povo trabalhador de nosso país, é propriedade de toda a classe operária internacional. A teoria leninista-stalinista da revolução socialista, resumindo, como o faz, toda a vasta experiência do País do Socialismo triunfante, é um farol que ilumina o caminho do proletariado dos países capitalistas que luta para derrubar o capitalismo.
A significação internacional dos ensinamentos de Lênin e Stálin, consiste, além disso, no fato de que estão acompanhados da criação da sociedade nova, da sociedade comunista; de que influem sobre vastas massas do povo, dirigem o curso da Primeira Revolução Socialista do mundo, estão comprovados pela experiência desta última e representam a combinação ideal de uma grande teoria com uma enorme prática revolucionária. Por isso, de acordo com as palavras do camarada Molotov,
“os nomes de Lênin e Stálin acendem luminosas esperanças em todos os rincões do mundo o ressoam como um chamado à luta pela paz e a felicidade das nações, à luta pela emancipação completa do capitalismo”.
Passarão os anos. Não restará uma pedra do execrável sistema capitalista com suas guerras, sua reação, sua vilania, sua brutalidade e selvageria. Na memória do povo ficarão os tempos do capitalismo como um terrível pesadelo.
Mas os ensinamentos de Stálin viverão nos corações e nas consciências da humanidade emancipada. Nos ensinamentos dos quatro grandes protagonistas do Comunismo — Marx, Engels, Lênin e Stálin — o homem da futura sociedade comunista, encontrará idéias e estímulo para um trabalho inspirado. Novos titãs, homens de pensamento criador poderoso e de vontade invencível surgirão e completarão os grandes ensinamentos do marxismo-leninismo com a experiência da luta da humanidade emancipada para dominar as forças cegas da natureza. Continuarão a causa à qual o camarada Stálin está consagrando seu cérebro, seu coração e toda a sua vida.
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(1) J. Stálin — Cuestiones del Leninismo, pág. 126 e 127 — Ediciones en Lenguas Extranjeras, Moscou, 1941.
(2) J. Stálin — “História do P. C. (b) da URSS”.
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É impossível conquistar-se uma sólida vitória nos países coloniais e dependentes sem um ajustamento real entre o movimento de emancipação desses países e o movimento proletário dos países avançados do Ocidente”.
Stálin
A Diferença Entre a Revolução Proletária e a Revolução Burguesa
A diferença entre a revolução proletária e a revolução burguesa poderia ser resumida em cinco pontos fundamentais:
- — A revolução burguesa começa, geralmente, ante a presença de formas mais ou menos plasmadas do sistema capitalista, formas que surgem e amadurecem no seio da sociedade feudal antes mesmo de rebentar a revolução, enquanto que a revolução proletária começa com a ausência total ou quase total de formas plasmadas do sistema socialista.
- — A missão fundamental da revolução burguesa se reduz a tomar o Poder e pô-lo em conformidade com a economia burguesa existente, enquanto que a missão fundamental da revolução proletária consiste em construir, uma vez tomado o Poder, uma economia nova, socialista.
- — A revolução burguesa termina, geralmente, com a tomada do Poder, enquanto que para a revolução proletária a tomada do Poder não é mais do que o começo, e além disso, o Poder aqui, é utilizado como alavanca para a transformação da velha economia e para a organização da nova.
- — A revolução burguesa se limita a substituir no Poder um grupo de exploradores por outro grupo de exploradores, razão pela qual não precisa destruir a velha máquina do Estado, enquanto que a revolução proletária derruba do Poder todos os grupos exploradores e nele coloca o chefe de todos os trabalhadores e explorados, a classe dos proletários, razão pela qual não pode deixar de destruir a velha máquina do Estado e substituí-la por outra nova.
- — A revolução burguesa não pode agrupar em torno da burguesia, por um período mais ou menos longo, os milhões de homens das massas trabalhadoras e exploradas, precisamente porque se trata de trabalhadores e explorados, enquanto que a revolução proletária pode e deve vinculá-los ao proletariado, em uma aliança duradoura, precisamente como massas trabalhadoras e exploradas, se é que quer cumprir sua missão fundamental de consolidar o Poder do Proletariado e construir a economia nova, socialista.
(Stálin: Cuestiones del Leninismo, págs. 137 e 138,
“Ediciones en Lenguas Extranjeras”,
Moscou, 1941).