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Considerado um dos principais dirigentes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), um pensador e lutador do povo brasileiro,  Maurício Grabois – filho dos judeus russos Agustín Grabois e Dora Kaplan – nasceu em 2 de outubro de 1912, na cidade de Salvador, Bahia.

Descobriu o marxismo-leninismo ainda na juventude, aos 19 anos, iniciou sua militância na Juventude Comunista, ala jovem do Partido Comunista. De olho na onda fascista que se espalhava pela Europa e aqui no Brasil – através do movimento integralista – iniciou sua luta contra o fascismo e em defesa do comunismo.  

Foi membro da Aliança Nacional Libertadora, foi um dos criadores do jornal A Classe Operária, que existe até hoje, e dirigiu a Vitória, editora do nosso Partido. Em 1941, foi preso e solto no ano seguinte. Foi um dos organizadores da Conferência da Mantiqueira (1943), quando o partido se reorganizou e Grabois foi escolhido para integrar seu Comitê Central. 

Com o fim do Estado Novo, foi eleito para a Assembleia Nacional Constituinte pelo Distrito Federal. Tomou posse em fevereiro de 1946 e, em seguida, foi escolhido líder da bancada comunista, que tinha então 14 deputados. Como deputado, Grabois apresentou 17 emendas ao projeto da nova Constituição de 1946 e, vale lembrar que, muitas delas foram incorporadas na Constituição de 1988. 

Em maio de 1947, Maurício teve seu mandato cassado e, em 1948, passou a militar na clandestinidade, num ambiente de perseguição aos comunistas. Teve seus direitos políticos cassados pelo Ato Institucional Nº 2, de 1965. 

Crítico do revisionismo inaugurado no 20º Congresso do PC da URSS, em 1956, Grabois, junto com João Amazonas, Pedro Pomar, Carlos Danielli e outros, esteve na linha de frente da reorganização do Partido Comunista, em 1962, que continuaria a se chamar Partido Comunista do Brasil, mas agora com a sigla PCdoB.

A partir de 1964, Grabois realizou diversas viagens e perfilou no grupo daqueles que defendiam a posição da luta pela via armada. Em 1967, com a tarefa de liderar uma guerrilha na Floresta Amazônica, Grabois viaja até a região do Araguaia e começa a organizar o povo da região para organizar a resistência à ditadura levante revolucionário. Levou para lá o filho André Grabois, morto em combate em 1973. 

Maurício Grabois comandou por seis anos a chamada Guerrilha do Araguaia, no estado do Pará, até ser brutalmente morto por militares no dia 25 de dezembro de 1973. Seu corpo e os corpos de outros 69 guerrilheiros e camponeses da Guerrilha do Araguaia, nunca foram encontrados.

Em 2010, a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o Brasil pela desaparição de 69 pessoas na região do Araguaia.