Stálin e a Revolução Chinesa
I – A Ajuda Teórica e Prática de Stálin
Por ocasião das solenidades realizadas em Ienan em comemoração do 60.° aniversário de Stálin, o camarada Mao Tsé-Tung declarou:
“Stálin é o líder da revolução mundial. Trata-se de uma questão de suma importância. É um grande acontecimento o fato de a humanidade possuir Stálin. Uma vez que o temos, as cousas podem marchar bem. Como vocês todos sabem, Marx já morreu e também Engels e Lênin. Se Stálin não existisse, quem haveria para nos orientar? Mas desde que o temos — trata-se efetivamente de um acontecimento feliz. Atualmente existe no mundo uma União Soviética, um Partido Comunista e um Stálin. Sendo assim, as questões mundiais podem marchar bem”.
O camarada Mao Tsé-Tung fez ver aos camaradas do nosso Partido Comunista Chinês:
“É nosso dever aplaudi-lo, apoiá-lo e aprender com ele. Devemos aprender com ele em dois sentidos: a sua teoria e a sua obra”.
O camarada Mao Tsé-Tung explicou os méritos de Stálin no desenvolvimento do marxismo-leninismo. Esclareceu que a direção de Stálin na ultimação da construção socialista na União Soviética constituía “matéria de monumental significação”. Tornou claro que Stálin tem auxiliado a causa do povo chinês tanto com a teoria quanto com a ajuda material. Declarou o camarada Mao Tsé-Tung:
“No passado, o marxismo-leninismo deu uma direção teórica à revolução mundial. Agora, alguma cousa mais foi acrescentada, isto é, uma ajuda material pode ser dada à revolução mundial. Este é um grande mérito de Stálin.”
Passaram-se mais dez anos e agora comemoramos o 70.° aniversário do camarada Stálin. Esta efeméride tem lugar depois que a humanidade passou pelas lutas da segunda guerra mundial e os povos do mundo, liderados pela União Soviética, derrotaram os três Estados imperialistas é fascistas, a Alemanha, a Itália e o Japão. Ocorre após o aparecimento no mundo de muitas novas Democracias Populares. Ocorre depois que o povo chinês derrotou o imperialismo japonês, prosseguindo na luta para desbaratar o governo contra-revolucionário do Kuomintang e para expulsar as forças invasoras do imperialismo americano, do que resultou o estabelecimento da República Popular da China. Ocorre na ocasião em que a União Soviética se tornou incomparavelmente forte no mundo, enquanto que o sistema imperialista mundial, liderado pelo imperialismo americano, está cambaleante. A série de grandes acontecimentos históricos dos últimos dez anos não pode ser separada do nome de Stálin. Com maior razão, esses acontecimentos não podem ser separados da obra de Stálin ou da ajuda de Stálin aos povos de todos os países. Os fatos históricos mundiais dos últimos dez anos provaram mais uma vez que Stálin não é somente a bandeira de vitória do povo soviético, mas também da humanidade progressista de todo o mundo. Provaram também o que o camarada Mao Tsé-Tung assinalou há dez anos:
“Stálin é o líder da revolução mundial.
Trata-se de uma questão de suma importância. É na realidade um grande acontecimento o fato de a humanidade possuir Stálin. Uma vez que o temos, as cousas podem marchar bem”. O fato de a humanidade possuir um Stálin “é realmente um acontecimento feliz”.
O aniversário de Stálin é uma “data da humanidade” para todos os países. Constitui uma felicidade para o povo chinês a própria possibilidade de celebrar, juntamente com o povo soviético e toda a humanidade progressista, o 70.° aniversário natalício da maior figura que a história, contemporânea nos apresenta, desse mestre de gênio, cujos conhecimentos são os mais universais e cujas realizações têm sido as mais vastas para a causa da libertação da humanidade, desde Marx, Engels e Lênin. Esta celebração é um brinde à libertação dos povos e à esperança e futuro da humanidade.
Entretanto, nós, o povo chinês, temos razões especiais para saudar Stálin. Essas razões são: a estreita afinidade de Stálin com a revolução chinesa: a sua preocupação pelo destino do povo chinês; e as suas grandes contribuições teóricas às questões da revolução chinesa.
II – Confirmadas Todas as Previsões de Stálin
Na base de uma análise concreta das condições reais da China, Stálin, este grande cientista do materialismo dialético, o mestre da revolução mundial, elabora, na época da primeira Grande Revolução da China, uma série de questões concernentes à revolução chinesa, às quais ofereceu soluções verdadeiramente brilhantes. Com sua contribuição, Stálin liquidou a absurda possibilidade de uma China dominada pelos contra-revolucionários trotsquistas e ajudou o Partido Comunista Chinês a tomar o caminho do bolchevismo. As muitas contribuições de Stálin sobre a China, durante esse período, são exemplos da integração da teoria revolucionária com a prática revolucionária; constituem uma parte importante do tesouro da teoria marxista-leninista que diz respeito ao destino da humanidade. Essas contribuições de Stálin eram corretas não somente naquela época, mas também se revelaram totalmente justas pela prática da revolução chinesa durante estes tumultuosos vinte anos.
Quando o espírito revolucionário do povo chinês pela primeira vez se revelava, Stálin já percebera que a revolução chinesa continha uma força ilimitada. Recentemente, por ocasião das solenidades’ comemorativas da Revolução de Outubro, Malenkov teve oportunidade de mencionar uma previsão de Stálin, feita em 1925:
“As forças do movimento revolucionário na China são ilimitadas. Ainda não se manifestaram devidamente. Mas ainda se manifestarão no futuro. Os governantes do Oriente e do Ocidente que não virem essas forças e não contarem com elas no necessário grau, sofrerão as consequências disso”(1).
Esta previsão de Stálin estava baseada numa análise, entre outras., das condições políticas e econômicas da China e na posição das forças componentes da sociedade chinesa. Baseava-se também na análise, entre outras, das condições políticas e econômicas do mundo e na posição das várias forças mundiais.
Com relação à China Stálin fez esta importante análise, em novembro de 1926, quando escreveu sobre as perspectivas da revolução chinesa:
“O papel de iniciador e de dirigente da revolução chinesa, o papel de dirigente do campesinato chinês, caberá inevitavelmente ao proletariado chinês e ao seu partido”.
Esta análise de Stálin foi feita em relação à fraqueza da burguesia nacional da China. Trata-se de uma análise da maior importância. Porque se o proletariado chinês estava em condições de assumir a liderança da revolução chinesa, então os camponeses chineses e as demais camadas populares poderiam desenvolver em grau máximo a sua força revolucionária sob a direção do proletariado chinês. E uma vez que isto seja realizado pelo povo deste país, que compreende quase um quarto da população do globo, a face do mundo estará necessariamente mudada.
No âmbito mundial, é evidente que Stálin se baseou na famosa lei descoberta por Lênin a respeito do desenvolvimento econômico e político desigual dos países capitalistas e do aguçamento excepcional de suas contradições na era do imperialismo. Partindo dessa lei, Stálin predisse que a revolução chinesa tinha a possibilidade, em seguida à Revolução de Outubro na Rússia, de continuar a ruptura da frente imperialista no Oriente. Stálin baseou as suas conclusões também na existência da União Soviética e no seu poder. Como assinalou na sua obra “Sobre as Perspectivas da Revolução Chinesa”:
“Ao lado da China existe e se desenvolve a União Soviética, cuja experiência revolucionária e ajuda não podem deixar de facilitar as lutas do proletariado chinês contra o imperialismo e contra os restos feudais e medievais na China”.
Originando-se a sua previsão de uma base científica sólida, Stálin viu o caráter extraordinariamente profundo da luta do povo chinês. Por isso, em todas as etapas da revolução chinesa e por maiores que fossem os obstáculos opostos à sua marcha, estava convencido de que a revolução finalmente avançaria e obteria a vitória.
Depois que Chiang Kai-Shek traiu a revolução em 1927, Stálin refutou a absurda confusão que a camarilha trotsquista fazia da revolução chinesa com a “forma kemalista da revolução” da Turquia. Stálin analisou a diferença entre a China e a Turquia e sustentou que a possibilidade de uma “forma kemalista de revolução” não existia na China. Disse Stálin:
“Na China o imperialismo tem que derrotar o corpo vivo da China nacional, dilacerando-o em pequenos pedaços e desmembrando, pela força, províncias inteiras afim de manter as suas velhas posições, ou pelo menos uma parte delas.
“Daí se conclui que, embora na Turquia a luta contra o imperialismo possa terminar com a inacabada revolução anti-imperialista dos kemalistas, na China ela deve adotar um caráter claramente nacional e popular e deve avançar por etapas até que atinja a condição de uma luta desesperada contra o imperialismo, abalando os próprios alicerces do imperialismo através de todo o mundo”(2).
Stálin assinalou ainda:
“Na China, ou um Mussolini chinês da categoria de um Chang Tso-Lin e de um Chang Tsung-Chang vencerá e será em seguida derrotado pelo surgimento da revolução agrária, ou Wuhan logrará a vitória (Stálin refere-se aqui ao Wuhan do tempo em que era revolucionário — C.P.T.). Chiang Kai-Shek e sua camarilha, ao tentar encontrar uma terceira posição entre esses dois campos, inevitavelmente morderá o pó da derrota, participando da sorte de Chang Tso-Lin e Chang Tsung-Chang”(3).
Quando Wang Ching-Wei, seguindo as pegadas de Chiang Kai-Shek, também traiu a revolução, Stálin continuou a refutar a camarilha trotsquista que via nisso a derrota da revolução chinesa. Afirmou então que não havia qualquer possibilidade para a existência do reformismo na China. Disse Stálin:
“Entre os próprios militaristas, velhos e novos, a guerra está acesa e este fato não pode deixar de enfraquecer o poder da contra-revolução, arruinar o campesinato e aumentar o seu descontentamento”.
“Na China não há ainda nenhum grupo ou governo capaz de executar reformas análogas às que Stolypin pôs em prática e que sirvam como pára-raios à classe dominante”.
“Não é fácil conter e suprimir os milhões de camponeses que tomaram posse das terras dos latifundiários”.
“O prestígio do proletariado entre as massas trabalhadoras aumenta dia a dia e a sua força está longe de ser destruída”(4).
O desenvolvimento dos acontecimentos é a pedra de toque das previsões.
A partir de 1927, uma série de acontecimentos ocorreu na China: Chiang Kai-Shek se tornou o Mussolini da China em substituição a Chang Tso-Lin e Chang Tsung-Chang; guerras de rapina tiveram lugar entre os novos e velhos senhores da guerra do Kuomintang; a revolução agrária chinesa adquiriu um caráter de franca luta armada; todas as tentativas de “reformismo” por parte do regime contra-revolucionário do Kuomintang fracassaram redondamente; a China foi completamente saqueada, em primeiro lugar pelos imperialistas japoneses e depois pelos imperialistas americanos; o povo chinês empreendeu uma luta de vida ou de morte contra os imperialismos japonês e americano; estas batalhas abalaram os alicerces do imperialismo em todo o mundo; Chiang Kai-Shek teve a mesma sorte de Chang Tso-Lin e Chang Tsung-Chang, tendo sido expulso da cena política contra-revolucionária. Esta série de acontecimentos confirmou plenamente as previsões feitas por Stálin há mais de 20 anos.
As previsões de Stálin infundiram coragem ao povo chinês durante a sua luta nestes vinte anos tumultuosos. Demonstraram claramente que a ciência revolucionária é uma forca irresistível. Revelaram, ao mesmo tempo, a maneira vergonhosa pela qual os trotsquistas e todos os lacaios contra-revolucionários apoiavam Chiang Kai-Shek e Wang Ching-Wei.
III – O Caráter e a Tática da Revolução Chinesa
Em maio de 1927 Stálin fez a seguinte generalização a respeito do problema do caráter da revolução chinesa:
“A atual revolução chinesa é uma confluência de duas correntes de dois movimentos revolucionários — o movimento contra as sobrevivências feudais e o movimento contra o imperialismo. A revolução chinesa democrático-burguesa é a confluência da luta contra os restos feudais e da luta contra o imperialismo”(5).
Stálin chegou a esta conclusão através de uma aguda análise da sociedade chinesa. Tratava-se de uma conclusão de grande significação histórica em relação às questões da revolução chinesa. Como Stálin assinalou:
“Tal é o ponto de partida de toda a política do Comintern sobre as questões da revolução chinesa” naquela época.
Os trotsquistas justamente nessa ocasião se opunham a esta linha. Pensavam que a questão da China com relação aos países estrangeiros era apenas uma questão alfandegária, negando dessa maneira a natureza anti-imperialista da revolução chinesa. Negavam a influência preponderante dos restos feudais chineses, daí não reconhecendo a natureza anti-feudal da revolução chinesa.
Stálin fez notar que o ponto de vista mantido por Trotsky e seus sequazes era o ponto de vista contra-revolucionário de Chang Tso-Lin e Chiang Kai-Shek. Como todos sabem, foi precisamente porque os trotsquistas chineses se baseavam em toda a teoria contra-revolucionária de Trotsky e, ao mesmo tempo, nos pontos de vista contra-revolucionários de Trotsky em relação à China, que eles tomaram o caminho da contra-revolução junto com os trotsquistas de outros países.
Disse Stálin:
“A revolução democrático-burguesa na China é dirigida não somente contra os restos feudais. É ao mesmo tempo dirigida contra o imperialismo”(6).
Somente quando a natureza da revolução tiver sido determinada na base das condições sociais da China poderá o nosso Partido avaliar corretamente as mudanças concretas nas relações de classe em qualquer situação histórica concreta, de maneira a determinar as tarefas específicas da revolução, organizar a frente revolucionária, conduzir a revolução para diante e criar a possibilidade da revolução chinesa se transformar, sob a hegemonia do proletariado chinês, de revolução democrático-burguesa em revolução socialista.
O oportunismo de Chen Tu Hsiu em 1927 se opôs precisamente a essa análise dialética de Stálin. O oportunismo de Chen Tu-Hsiu se aliou posteriormente ao trotsquismo contra-revolucionário; este ponto é conhecido de todos e não mais trataremos dele.
Deve ser assinalado aqui que durante os vinte anos tumultuosos que nos separam de 1927, os erros surgidos tanto pelo oportunismo de direita como pelo de “esquerda” dentro do nosso Partido constituíam, em primeiro lugar, violações desta análise dialética de Stálin a respeito da natureza da revolução, tanto pela subestimação do seu aspecto anti-feudal quanto de seu caráter anti-imperialista.
Por exemplo, durante o período da guerra civil de dez anos, os camaradas que cometeram erros causados pelo oportunismo de “esquerda” de há muito haviam subestimado o aspecto anti-imperialista. Desprezaram o que Stálin assinalara:
“A revolução democrático-burguesa chinesa é caracterizada pelo aguçamento da luta contra o imperialismo”(7).
Portanto, não foram capazes de utilizar a situação para organizar uma frente anti-imperialista, com o objetivo de coordená-la com as lutas da revolução agrária e vencer o isolamento em que se encontravam. Durante este período também prematuramente advogaram as aventuras de levar à prática “a transformação em uma revolução socialista”.
Citemos outro exemplo. Durante a Guerra Anti-Japonesa os camaradas que haviam antes cometido erros causados pelo oportunismo de “esquerda” se lançaram ao extremo oposto, aos erros provenientes do oportunismo de direita. Os seus pontos de vista eram exatamente iguais aos mantidos em 1927 pelo oportunismo de Chen Tu-Hsiu, no sentido de que desprezaram o aspecto da oposição ao feudalismo. “Enxergavam somente a burguesia” e “não conseguiram ver a significação decisiva do movimento camponês revolucionário”. “Não concordaram em apoiar decididamente a revolução no campo, temendo que, pelo fato do campesinato participar da revolução se dividiria a frente única anti-imperialista”.
Tais pontos de vista errados estavam em contradição direta com os de Stálin, porque, segundo Stálin:
“A frente única anti-imperialista na China será tanto mais forte e mais poderosa quanto mais cedo e mais amplamente o campesinato chinês for arrastado à revolução”.(8).
Dado que esta espécie de oportunistas de direita nesse período negavam o aspecto anti-feudal, naturalmente também advogavam, justamente como o oportunismo de Chen Tu-Hsiu o fez em 1927, o desprezo da hegemonia do proletariado. Percebiam somente um futuro para a burguesia e deixavam de ver o futuro para a vitória revolucionária do povo e do socialismo.
Torna-se bastante claro que a questão da natureza da revolução chinesa se acha ligada à questão das táticas concretas em cada fase desta revolução.
Qualquer de nós que cometa erros com relação à natureza da revolução forçosamente cometerá erros no que concerne à tática revolucionária concreta.
Ao refutar o palavreado sem sentido dos trotsquistas sobre a questão chinesa, Stálin deixou bastante claros os princípios táticos principais do leninismo.
“1. O princípio da necessidade de se levar em consideração as peculiaridades nacionais e as características nacionais de cada país ao se elaborar as diretivas do Comintern para o movimento operário daquela nação.
“2. O princípio da necessidade em que se encontra o Partido Comunista de cada país de utilizar as menores possibilidades de conquistar aliados de massa para o proletariado, mesmo que sejam temporários, vacilantes, hesitantes ou não merecedores de confiança.
“3. O princípio da necessidade de se levar em conta a verdade de que somente a propaganda e a agitação não são suficientes para a educação política das massas de milhões de homens, mas que esta educação política exige a experiência política das próprias massas”(9).
Stálin continua a acentuar a combinação dos princípios gerais marxistas-leninistas com as características nacionais. Escreveu ele:
“Não obstante o progresso ideológico de nosso Partido, infelizmente ainda mantém em seu meio certos tipos de “dirigentes” que acreditam piamente ser possível dirigir a revolução na China,por assim dizer, por telegramas redigidos na base dos princípios gerais bem conhecidos e universalmente aceitos oriundos do Comintern, e que não emprestam a mínima importância às peculiaridades nacionais da economia chinesa, da política chinesa, da cultura chinesa, dos costumes e tradições chineses. Estes dirigentes se distinguem dos verdadeiros dirigentes pelo fato de que sempre têm em seus bolsos duas ou três fórmulas prontas e adequadas para todos os países e “obrigatórias” em todas as condições. Não se dão ao trabalho de levar em consideração o caráter nacional e as peculiaridades nacionais de cada país. Para eles não existe o problema de ligar os princípios gerais do Comintern às peculiaridades nacionais do movimento revolucionário de cada país e o problema de adaptar os princípios gerais do Comintern às peculiaridades nacionais de cada país.
“Não compreendem que a tarefa principal de direção no momento atual, em que os Partidos Comunistas já atingiram a maturidade e se tornaram partidos de massa, consiste em descobrir dominar e combinar habilmente as peculiaridades nacionais do movimento em cada país com os princípios gerais do Comintern, afim de impulsionar e executar na prática os objetivos básicos do movimento comunista.
“Daí resulta a tentativa de estereotipar as tarefas de direção para todos os países. Daí resulta a tendência a aplicar mecanicamente certas fórmulas gerais sem se levar em conta as condições concretas do movimento revolucionário de cada país. Daí resulta o infindável conflito entre as fórmulas e o movimento revolucionário em cada país, resultado essencial da liderança desses infelizes dirigentes”(10).
Stálin levantou particularmente a questão da natureza da revolução chinesa para explicar o problema da tática em tal revolução, e assim procedendo refutou o palavreado trotsquista destituído de sentido acerca da natureza e da tática da revolução chinesa. Stálin ligou o problema da natureza da revolução chinesa ao de sua tática, assinalando e generalizando as peculiaridades nacionais desta revolução.
O ponto de vista de Stálin exposto aqui é, para usar as palavras do camarada Mao Tsé-Tung, o da união da verdade universal do marxismo-leninismo com a prática concreta da revolução chinesa.
Desde 1927 que os erros dos dogmáticos em nosso Partido, que são também os oportunistas de “esquerda” ou de direita, consistiam precisamente no esquecimento das lições contidas na refutação de Stálin aos trotsquistas.
Pensavam que, para dirigir a revolução chinesa, era suficiente ter nos bolsos duas ou três fórmulas prontas, “adequadas” a qualquer país e “obrigatórias” sob quaisquer condições. Para eles não importava a consideração das peculiaridades nacionais da China, e nem existiam as características nacionais. Em vista dessa posição falsa muitos conflitos surgiram entre as suas numerosas fórmulas mecanicamente aplicadas e a prática da revolução na China.
Nossos dogmáticos se restringiam a fórmulas abstratas e simples analogias históricas, e não partiam da situação concreta da China. Daí, sobre a questão da natureza da revolução chinesa, de vez em quando inevitavelmente cometiam um erro ou outro. Também por esta razão, não sabiam combinar os princípios com a flexibilidade exigida pelas mudanças da situação concreta. Afim de derrotar um inimigo poderoso não podiam levar à prática o que Stálin afirmara:
“É necessário possuir-se uma política do proletariado flexível e ponderada, e ser-se hábil na utilização de qualquer brecha nas fileiras do inimigo e na conquista de aliados para a nossa causa”(11).
Durante a guerra civil de dez anos, nossos dogmáticos advogaram a derrota de todos, ou como o camarada Mao Tsé-Tung os ridicularizou:
“Não podeis derrotar os que estão no poder, e por isso sentis a necessidade de derrotar os que não estão no poder. Ainda não se acham no poder, e não obstante ainda quereis derrotá-los”.
Mas, em outra situação histórica, por exemplo, durante a Guerra Anti-Japonesa, puseram-se a advogar a união com todos, negando a existência de três grupos — esquerda, centro e direita — nas fileiras da Frente Única Anti-Japonesa e negando que deva haver uma diferença na tática do nosso Partido em relação a estes três grupos. Também pela mesma razão não puderam estabelecer ligações reais com as massas de acordo com as questões concretas, mas ao invés disso exigiam sucessivamente a execução compulsória de ordens por parte das massas. Stálin afirmou:
“É necessário que as massas reconheçam, através de suas próprias experiências, que a direção do Kuomintang não merece confiança e que sua natureza é reacionária e contra-revolucionária”.
Mas, nossos dogmáticos se esqueceram dos ensinamentos de Stálin e julgaram que bastava a compreensão do problema por alguns dirigentes para que as massas executassem as suas palavras de ordem. Stálin afirmou:
“A Revolução é feita não somente por um grupo avançado, não somente pelo Partido, não somente por indivíduos, mesmo que sejam “grandes homens”, mas acima de tudo e fundamentalmente pela massa de milhões de homens do povo”.
Mas, nossos dogmáticos se esqueceram dos ensinamentos de Stálin e acreditaram que a revolução poderia acima de tudo e fundamentalmente ser conduzida pelo seu grupo de dogmáticos, que se apresentavam a si mesmos como “figuras proeminentes”.
Os acontecimentos desenrolados na China durante os últimos trinta anos demonstraram o caráter extremamente tortuoso e complicado da revolução chinesa. Também revelaram que foi particularmente a intrincada e complexa interpenetração das lutas anti-imperialistas e anti-feudais em particular que deu origem a estas características. Estes fatores colocaram na ordem do dia uma série de problemas relativos à tática da revolução, à frente única e à relação existente entre a revolução nas áreas rurais e urbanas. Ao mesmo tempo deram origem à questão da estratégia fundamental na luta militar.
Justamente como o declarou Stálin:
“Na China, a revolução armada combaterá a contra-revolução armada”.
Que áreas deveriam então constituir os pontos-chave de ataque nas lutas armadas em diferentes épocas? Durante a ofensiva podem se dar ainda ações defensivas ou retiradas? Como deveriam se ligar entre si a ofensiva, a defensiva ou retirada ? Como a defensiva ou a retirada deveriam se transformar na ofensiva? Cada um de nós sabe que esta serie de problemas constituíam a maior parte da longa luta do camarada Mao Tsé-Tung contra o oportunismo que às vezes se manifestava na forma de aventurismo e em outras ocasiões na forma de derrotismo. Todos os oponentes do camarada Mao Tsé-Tung foram também oponentes de Stálin.
Em 1927, depois que Chiang Kai-Shek cometera o seu ato de traição em Changai, os problemas estratégicos da luta revolucionária se colocaram na ordem do dia. Os trotsquistas nessa época pregavam a ofensiva contra Changai. Stálin se opôs a tal aventurismo. Declarou Stálin naquela ocasião:
“Changai é o centro mundial da interpenetração de importantes interesses de grupos imperialistas”.
Stálin defendeu:
“a constituição de força militar suficiente, o pleno desenvolvimento da revolução agrária, a intensificação do trabalho de sapa na retaguarda e vanguarda das forças de Chiang Kai-Shek e, em seguida, o levantamento de todo o problema de Changai”(12).
Isso porque:
“o fato de não se evitar uma batalha decisiva sob condições desfavoráveis (quando pode ser evitada) significa facilitar a causa dos inimigos da revolução”(13).
Entretanto, durante o transcurso da guerra civil de dez anos os nossos oportunistas de “esquerda” advogaram o lançamento de semelhante ofensiva, simples, aventureira e cega, contra as grandes cidades, em situação desigual. Sob condições assim desfavoráveis, eles eram por uma luta decisiva contra o inimigo.
Stálin afirmou:
“Alguns camaradas pensam que uma ofensiva em todas as frentes constitui no momento presente o sintoma básico de se ser revolucionário. Não, camaradas, isto não é verdade. Uma ofensiva em todas as frentes no momento presente (após a traição da revolução por Chiang Kai-Shek — C. T. P.) é uma estupidez, Isto não é ser revolucionário. Nunca confundam estupidez com a condição de revolucionário”(14).
Entretanto, no período de dez anos da guerra civil, os nossos oportunistas de “esquerda” advogaram o lançamento de uma ofensiva em todas as frentes, não levando em conta nenhuma de suas condições, dessa maneira confundindo a estupidez com a condição de revolucionário.
Disse Stálin:
“O movimento revolucionário não pode ser considerado como um movimento que surja em constante ascensão. Trata-se de uma concepção livresca e irreal da revolução. Esta sempre marcha em ziguezague. Em alguns lugares lança ofensivas e destrói o sistema antigo, enquanto que em outros lugares sofre derrotas parciais e é obrigada a retroceder”(15).
Mas, durante o período de dez anos da guerra civil, nossos oportunistas de “esquerda” julgavam que o movimento revolucionário não pode ter outra forma senão a de um movimento em constante ascensão, e que não podia absolutamente marchar em ziguezague. Partindo dessa premissa, chegaram à conclusão de que, uma vez que a ofensiva era necessária, só poderia tomar o caráter de uma ofensiva em todas as frentes; ou, como a denominavam, “um ataque em grande escala”. Se alguém se manifestava pela necessidade de um ataque em determinado lugar, enquanto em outro se tornava aconselhável uma retirada, então afirmavam que isto era “oportunismo”.
Stálin declarou:
“Não podemos empreender a realização de todas as tarefas de uma só vez, pois tal esforço nos esgotaria”(16).
Mas, durante os dez anos da guerra civil, quando nossa força revolucionária ainda era bastante insuficiente, os oportunistas de “esquerda” advogavam justamente tal ação — que deveríamos levar a cabo a execução de todas as tarefas de “aniquilar todos” e “atacar em todas as frentes” e de uma só vez todas as tarefas da revolução democrático-burguesa e da revolução socialista. Se alguém criticasse tal ação, dizendo que nos “arriscaríamos a esgotar todas as nossas forças”, então os nossos dogmáticos não deixavam de rotular tal pessoa como oportunista.
É claro que desde 1927 os camaradas do nosso Partido que, um após o outro, cometeram várias espécies de erros oportunistas contra a linha correta do camarada Mao Tsé-Tung assim procederam porque todos eles haviam relegado ao esquecimento todas as lições contidas na refutação de Stálin aos trotsquistas, em 1927. Assim agiam sem levar em conta se a questão envolvia a natureza da tática da revolução, se era política ou militar. Todos esses erros ocasionaram à nossa revolução, no curso do seu desenvolvimento, uma série de amargos revezes.
IV – Aplaudir, Apoiar e Aprender com Stálin
O Camarada Mao Tsé-Tung está certo. Sob a sua direção, o nosso Partido, percorrendo caminhos tortuosos, finalmente venceu tanto as dificuldades objetivas como os erros subjetivos, e conduziu a revolução à vitória. Isto aconteceu porque as opiniões do camarada Mao Tsé-Tung a respeito da natureza e da tática da revolução chinesa eram idênticas às de Stálin. Além disso, ele desenvolveu a teoria de Stálin sobre a revolução chinesa no curso da prática concreta de tal revolução.
Durante a primeira Grande Revolução (Nota da redação: a revolução de 1925-27) o camarada Mao Tsé-Tung sustentou com firmeza que o proletariado deve dirigir o movimento camponês revolucionário contra o feudalismo afim de apoiar a luta contra o imperialismo, colocando-se assim em oposição ao oportunismo de direita de Chen Tu-Hsiu.
Durante a guerra civil de dez anos, embora colocado no meio do movimento revolucionário agrário daquela época o camarada Mao Tsé-Tung nem por um instante se esqueceu deste fator político extremamente importante, o anti-imperialismo, travando luta contra o oportunismo do “esquerda”.
Ao formular planos estratégicos para o estabelecimento de bases revolucionárias, assim como ao determinar as maneiras de proceder com relação às diversas classes, tal como a conquista das classes médias, etc, o camarada Mao Tsé-Tung sempre levou em consideração o fator representado pelo imperialismo.
Durante a guerra de resistência contra o Japão, o camarada Mao Tsé-Tung acreditava que o proletariado e sua vanguarda deviam mobilizar as massas camponesas, de modo que a Guerra Anti-Japonesa pudesse contar com uma base de massa suficientemente ampla e assim ter a possibilidade de terminar com uma vitória do povo. Nesse sentido conduziu uma luta bastante tenaz contra o oportunismo de direita.
A História pôs à prova o seguinte: Foram acertadas as lutas dirigidas em todos os períodos revolucionários pelo camarada Mao Tsé-Tung, cujos pontos de vista concordavam com os de Stálin. Particularmente as lutas relativas à linha do Partido que tiveram lugar no começo e no meio da Guerra Anti-Japonesa tiveram efeito decisivo sobre toda a situação da atual vitória da revolução chinesa.
Devemos, entretanto, tornar bastante claro um fato. Por um período bastante prolongado, tanto antes de 1927 quando Chen Tu-Hsiu estava no poder, como depois, os oportunistas, intencionalmente ou não, criavam toda uma série de obstáculos à circulação, dentro do Partido Chinês, dos inúmeros trabalhos de Stálin sobre a questão chinesa. Juntavam-se a isso as dificuldades apresentadas pelo idioma e o bloqueio contra-revolucionário. Por estas razões, havia muitos camaradas em nosso Partido que eram de fato os dirigentes da revolução chinesa mas que não tinham oportunidade de fazer um estudo sistemático das muitas obras de Stálin sobre China. O camarada Mao Tsé-Tung era também um deles.
Foi somente após o movimento de renovação ideológica de 1942 que numerosas obras de Stálin sobre a China foram sistematicamente editadas pelo nosso Partido. Recentemente, em seguida a uma decisão do camarada Mao Tsé-Tung, o livro “Lênin e Stálin sobre o Problema da China” foi editado, tornando-se uma das doze obras que os nossos quadros devem estudar.
Um grande mal foi causado ao nosso Partido pelos oportunistas que, no interesse da difusão dos seus próprios conceitos e propostas erradas, intencionalmente ou não, impediam a divulgação das obras de Stálin sobre a China.
Entretanto, a despeito de tal situação, o camarada Mao Tsé-Tung teve a capacidade de chegar às mesmas conclusões de Stálin sobre muitos problemas fundamentais, através de sua própria elaboração independente, baseado nos fundamentos da ciência revolucionária de Marx, Engels, Lênin e Stálin, mantendo, assim, a correção de sua análise e a das contribuições dos seus companheiros de luta.
Foi durante a Guerra Anti-Japonesa que o camarada Mao Tsé-Tung teve ensejo de estudar com mais vagar as obras de Stálin. Leu e analisou com o maior entusiasmo todas as obras de Stálin que puderam lhe chegar às mãos. Como todos nós o sabemos, o camarada Mao Tsé-Tung, em artigo publicado na “Nova Democracia”, tornou claro que as obras de Stálin lhe tinham sido um importante fator de esclarecimento. O camarada Mao Tsé-Tung explicou que a tese correta, enunciada pelos comunistas chineses, ao declarar que a revolução chinesa é parte da revolução socialista mundial, foi calcada sobre a teoria de Stálin. Foi na base desta teoria de Stálin que o camarada Mao Tsé-Tung desenvolveu a idéia da hegemonia do proletariado. Em sua bem conhecida obra militante, desferiu poderosos golpes contra o sonho reacionário do estabelecimento de uma ditadura burguesa na China, ao mesmo tempo em que vibrava ataques fatais nos oportunistas infiltrados nas fileiras do Partido e que tentavam fazer o proletariado marchar à reboque da burguesia.
Desde o início da Guerra Anti-Japonesa, o camarada Mao Tsé-Tung gastava sobremodo de ponderar, em seus escritos, sobre as famosas palavras de Stálin no sentido de que
“a característica da revolução chinesa está no fato de que se trata de um povo armado combatendo uma contra-revolução armada” e que “a questão colonial e semi-colonial é em essência a questão camponesa”.
Na base das condições chinesas, o camarada Mao Tsé-Tung examinou a correlação existente entre estas duas famosas afirmativas de Stálin e desenvolveu-as. Condenou severamente os oportunistas infiltrados em nosso Partido durante a Guerra Anti-Japonesa que tinham desprezado este princípio fundamental e a política de que deve caber ao proletariado a direção da guerra camponesa.
Afim de nos capacitar para a conquista de nossa vitória revolucionária, o camarada Mao Tsé-Tung lançou um movimento de renovação ideológica dentro do nosso Partido em 1941-42. Ao mesmo tempo não se cansava de citar, repetidas vezes, as afirmações de Stálin sobre a relação existente entre a teoria e a prática, e que se encontram em seu trabalho, “Sobre os Fundamentos do Leninismo” a obra-prima que armou ideològicamente os bolcheviques no mundo inteiro.
O camarada Mao Tsé-Tung declarou:
“Mais uma vez é Stálin quem tem razão ao dizer: “A teoria se torna sem sentido se não for ligada à prática revolucionária”. Naturalmente também estava certo ao afirmar: “A prática tateia no escuro se o seu caminho não for iluminado pela teoria revolucionária”.
O camarada Mao Tsé-Tung se utilizou da primeira afirmação de Stálin para combater os dogmáticos existentes em nosso Partido, assim como lançou mão da segunda para combater os praticistas em nosso Partido.
O camarada Mao Tsé-Tung selecionou as obras de Stálin que tratam dos doze pré-requisitos necessários à bolchevização e os seis pontos que figuram nas conclusões da “História do Partido Comunista (bolchevique) da URSS” por considerá-los os documentos básicos para o movimento de renovação ideológica de nosso Partido. Afim de permitir aos nossos camaradas uma análise mais profunda desses dois documentos de autoria de Stálin, o camarada Mao Tsé-Tung discutiu-os amplamente em prolongada intervenção, em que fez a afirmativa de que esses dois documentos são idênticos: representavam ambos uma exposição sucinta da experiência marxista-leninista sobre os problemas de direção revolucionária durante o período de um século. Forneceu uma explanação minuciosa desses dois documentos, baseado na experiência de nosso Partido durante vinte anos tumultuosos, estabelecendo uma diferença clara entre o verdadeiro marxismo-leninismo e o falso marxismo-leninismo. Durante o movimento de renovação ideológica, estes dois documentos vibraram golpes certeiros no dogmatismo e no praticismo.
Em seu artigo sob o título “Reformemos a Nossa Maneira de Estudar” o camarada Mao Tsé-Tung assinalou a necessidade urgente de se usar a grande obra de Stálin “História do Partido Comunista (bolchevique) da URSS” como texto principal para um estudo do marxismo-leninismo em nosso Partido. Escreveu o camarada Mao Tsé-Tung:
“A “História do Partido Comunista (bolchevique) da URSS”, constitui a mais perfeita síntese e súmula do movimento comunista mundial durante o último século. É um modelo da união da teoria com a prática e é o único modelo perfeito em todo o mundo. Examinando a maneira utilizada por Lênin e Stálin na combinação da verdade universal do marxismo-leninismo com a prática concreta da revolução soviética, desenvolvendo desse modo o marxismo, podemos saber como deve ser desenvolvido o trabalho na China”.
O camarada Mao Tsé-Tung é discípulo e companheiro de armas de Stálin. Foi capaz de se tornar um discípulo eminente de Stálin e o líder da revolução vitoriosa da China porque o seu método de trabalho e sua ideologia são os mesmos de Stálin. Aplicou os métodos de Stálin ao estudo de Stálin, os métodos dos marxistas criadores a quem Stálin se referiu em seu famoso artigo escrito para comemorar o 50.° aniversário natalício de Lênin:
“Este grupo não elabora as suas diretivas e ensinamentos na ‘base de analogias e paralelos históricos, mas de um estudo das condições do meio. Não baseia suas atividades sobre citações e máximas, mas sobre experiências práticas, submetendo cada passo à prova da experiência, aprendendo com os seus próprios erros e ensinando outros a construir uma vida nova. Isto, de fato, explica porque não há discrepância entre a teoria e a prática nas atividades deste grupo, e porque os ensinamentos de Marx conservam inteiramente a sua força viva e revolucionária”.
É este precisamente o motivo por que os pensamentos e ensinamentos de Stálin “conservam inteiramente a sua força viva e revolucionária” quando chegam às mãos do camarada Mao Tsé-Tung.
Há algumas pessoas em nosso Partido que, a exemplo dos dogmáticos mencionados anteriormente, talvez subjetivamente desejem estudar Stálin, mas usam um método anti-stalinista ao fazê-lo. Justamente como afirmou o camarada Mao Tsé-Tung:
“O seu método de estudar Marx, Engels, Lênin e Stálin opõe-se diretamente a Marx, Engels, Lênin e Stálin. O seu método é igual ao dos dogmáticos mencionados no artigo de Stálin sobre o 50.° aniversário natalício de Lênin.
“Tal método não baseia as suas atividades na experiência, no que o trabalho prático ensina, mas em citações das obras de Marx. Não tira os seus ensinamentos e diretivas da análise da realidade concreta, mas de analogias e paralelos históricos. A contradição entre a teoria e a prática é a principal doença deste grupo. Daí essa desilusão e perpétua maldição ao destino que o tempo a cada passo revela”.
Os ensinamentos, teorias e métodos de Stálin, depois de apresentados e aplicados pelo camarada Mao Tsé-Tung, ampliaram imensamente a visão política e ideológica dos comunistas chineses. Elevaram a consciência marxista-leninista dos comunistas chineses e auxiliaram o nosso Partido a adquirir força ideológica capaz de derrotar todos os inimigos contra-revolucionários e outros inimigos que constituíam um obstáculo à marcha do movimento revolucionário.
Já conquistamos uma vitória revolucionária. Temos que continuar a ser vitoriosos. Mas como podemos assegurar as nossas contínuas vitórias? Como o camarada Mao Tsé-Tung nos tem explicado frequentemente: Devemos ser capazes de aprender. Devemos ser capazes de aprender com Stálin — a bandeira da grande vitória da humanidade, o nosso mestre. Devemos ser capazes de aprender com o grande Partido Comunista da União Soviética. Além disso, a exemplo do camarada Mao Tsé-Tung, devemos aplicar em nossos estudos o método de Marx, Engels, Lênin e Stálin. Em suma, devemos utilizar o método de combinar a teoria com a prática.
Repitamos uma vez mais o que o camarada Mao Tsé-Tung afirmou há dez anos passados, por ocasião das solenidades comemorativas do 60.° aniversário de Stálin:
“Devemos aplaudi-lo, apoiá-lo e aprender com ele”.
Aprender com Stálin — esta é ainda a nossa conclusão principal ao celebrarmos o 70.° aniversário de Stálin.
Para a felicidade e futuro da humanidade, viva o supremo, glorioso e grande Stálin!
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Notas de rodapé:
(1) Jorge Malenkov — “O 32.° Aniversário da Grande Revolução Socialista de Outubro” — PROBLEMAS, n.° 22, pág. 22 — Rio.
(2) J. Stálin — “Palestra com os Estudantes da Universidade Sun Yat-Sen”.
(3) J. Stálin — “Palestra com os Estudantes da Universidade Sun Yat-Sen”.
(4) J. Stálin — “Comentários Sobre Questões do Momento: O Problema da China”.
(5) J. Stálin — “Sobre a Revolução Chinesa e as Tarefas da Internacional Comunista”.
(6) J. Stálin — “A Revolução Chinesa e as Tarefas da Internacional Comunista”.
(7) J. Stálin — “A Revolução Chinesa e as Tarefas da Internacional Comunista”.
(8) J. Stálin — “Sobre as Perspectivas da Revolução Chinesa”.
(9) J. Stálin — “Comentários Sobre Questões do Momento: O Problema da China”.
(10) J. Stálin — “Comentários Sobre Questões do Momento: O Problema da China”.
(11) J. Stálin — “Comentários Sobre Questões do Momento: Sobre o Problema da China”.
(12) J. Stálin —”Palestra com os Estudantes da Universidade Sun Yat-Sen”.
(13) J. Stálin — “Problemas da Revolução Chinesa”.
(14) J. Stálin —”Palestra com os Estudantes da Universidade Sun Yat-Sen”.
(15) J. Stálin —”Palestra com os Estudantes da Universidade Sun Yat-Sen”.
(16) J. Stálin —”Palestra com os Estudantes da Universidade Sun Yat-Sen”.
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“A existência do capitalismo sem opressão nacional é tão inconcebível quanto o é a existência do socialismo sem a emancipação das nações oprimidas, sem a liberdade nacional”. Stálin