As Vitórias da URSS na Marcha para o Comunismo e na Luta pela Paz
Camaradas!
Os povos da União Soviética comemoram hoje o trigésimo terceiro aniversário da Grande Revolução Socialista de Outubro, que assinalou o começo de uma nova época, a época em que os trabalhadores se libertam da servidão capitalista.
A Revolução de Outubro, fez nascer em nosso povo uma energia criadora e uma iniciativa sem precedentes. Os homens soviéticos, sob a direção do Partido Comunista, dão provas de um heroísmo extraordinário, tanto nos trabalhos de paz, como na guerra em defesa de sua pátria. Depois de superar as sérias dificuldades que se antepunham em seu caminho, o povo soviético criou, em um curto período histórico, o regime socialista soviético e marcha agora, com passo firme, para o grande objetivo, o comunismo.
Nosso regime soviético, nascido da vitória da Revolução de Outubro, exerce uma grande influência transformadora no desenvolvimento de toda a história mundial. Os princípios proclamados pela Revolução de Outubro unem, agora, o poderoso campo do socialismo e da democracia que tem à sua frente a União Soviética. Temos o direito de considerar esse fato como uma vitória das idéias do marxismo-leninismo.
Toda a marcha dos acontecimentos confirmou a justeza da doutrina marxista-leninista sobre a morte inevitável do capitalismo que, com o fim do século XIX e o começo do século XX, entrou na última fase do seu desenvolvimento, a fase do imperialismo. Confirmou-se, desse modo, a conclusão científica do marxismo-leninismo: a classe operária, dirigida por um partido marxista revolucionário é uma força capaz de mobilizar os trabalhadores para emancipar-se do capitalismo, assumir a direção política da sociedade e realizar o nobre objetivo da construção do socialismo. Os povos dos outros países, baseados na experiência da construção do Estado soviético, que oferece o exemplo de uma colaboração fraternal entra as nações, se convencem da superioridade do socialismo sobre o capitalismo, da justeza e da força vital do marxismo-leninismo.
I — Os êxitos históricos da União Soviética em seu desenvolvimento interno
O povo soviético comemora o trigésimo terceiro aniversário da Grande Revolução de Outubro através de grandes êxitos em todos os domínios da vida política, econômica e cultural.
O principal êxito que obtivemos para este aniversário da Revolução de Outubro é que cresceu e se consolidou ainda mais a força política e econômica do Estado Socialista Soviético. A autoridade do Poder soviético, o poder mais democrático do mundo, que goza da completa confiança e do amor de seu povo, cresceu nos anos de após-guerra, não somente aos olhos dos cidadãos soviéticos, como também, entre os trabalhadores dos outros países. Nosso regime soviético assegura a participação ativa das mais amplas massas populares na vida do Estado e da sociedade e constitui a melhor forma de desenvolvimento de suas forças criadoras. A força que dirige e orienta nosso Estado é o Partido Comunista, cuja política os cidadãos soviéticos reconhecem como sua própria política, a encarnação de seus interesses. Não existe no mundo inteiro um só governo burguês cuja situação política interna seja tão sólida e tão inabalável como a do governo soviético. (Aplausos).
Os êxitos alcançados pela União Soviética no decurso dos anos de desenvolvimento pacífico reforçaram ainda mais em nosso povo o sentimento do patriotismo soviético cuja força, segundo ensina o camarada Stálin, se baseia não nos preconceitos raciais ou nacionalistas, mas no devotamente e na fidelidade a toda prova para com a pátria, na colaboração fraternal dos trabalhadores de todas as nações de nosso país.
Desenvolvem-se e se fortalecem a colaboração fraternal e a amizade dos povos de nosso país, no trabalho criador para a felicidade da pátria socialista. Com o apoio de toda a União Soviética, a economia das regiões que sofreram a ocupação inimiga restaurou-se de suas ruínas e progride com rapidez. Dentro da família estreitamente unida dos povos, todas as nossas repúblicas assinalaram nos últimos anos êxitos consideráveis nos domínios político, econômico e cultural.
A unidade moral e política da sociedade soviética, estreitamente unida em torno do Partido e do Poder Soviético, reforça-se incessantemente na luta pela realização dos grandes objetivos da construção do comunismo. Temos uma prova disso no balanço das eleições para o Soviet Supremo da URSS e para os Soviets Supremos das Repúblicas Federadas no período de após-guerra, eleições que trouxeram uma brilhante vitória ao bloco stalinista dos comunistas e sem-partido.
Revelam-se igualmente fecundas, nas condições do desenvolvimento em tempo de paz, as vantagens do regime social e político soviético que se fizeram sentir com excepcional força durante os anos de guerra.
A atividade econômica e cultural do povo soviético no período de após-guerra baseou-se no plano quinquenal de restauração e desenvolvimento da economia nacional para o período de 1946 a 1950, plano que foi aprovado logo após o término da grande guerra pátria, a mais dura de todas as guerras que jamais conheceu nosso país. O prejuízo material causado pela guerra a nosso país era tão grave que os nossos inimigos basearam nisso os seus sórdidos cálculos. Esperavam eles que não poderíamos superar por nossas próprias forças as dificuldades de após-guerra. Seus cálculos, porém, se revelaram falsos. A União Soviética encontrou em si mesma as forças e a possibilidade de que necessitava não apenas para curar as feridas da guerra mas, também, para criar um novo e poderoso auge da indústria e dos transportes, da agricultura, da cultura e do bem-estar material dos trabalhadores.
O povo soviético acolheu o plano quinquenal como um programa de combate que corresponde a seus interesses vitais e atirou-se com entusiasmo à sua realização. Sob a direção do Partido Comunista, os homens soviéticos não mediram forças, nem regatearam trabalho na luta para cumprir e ultrapassar o plano quinquenal de após guerra. Nesses anos, as admiráveis qualidades e as forças criadoras do povo soviético se manifestaram mais uma vez; a consciência política e a atividade social dos cidadãos soviéticos desenvolveram-se ainda mais.
O plano quinquenal de após-guerra é uma nova e gloriosa fase no desenvolvimento do nosso país.
As tarefas essenciais do plano quinquenal consistiam em reerguer as regiões do país devastadas pela guerra, restabelecer o nível de pré-guerra da indústria e da agricultura e, em seguida, superar consideravelmente esse nível. É com um sentimento de orgulho por nossa grande pátria que podemos dizer hoje que essas tarefas do plano quinquenal foram cumpridas com êxito. (Aplausos).
De acordo com o plano quinquenal, a produção total da indústria soviética deve aumentar, em 1950, de 48% em relação a 1940, último ano anterior à guerra. Esse nível da produção foi não somente atingido mas também ultrapassado sensivelmente. Sabe-se que desde o quarto trimestre de 1949 o volume mensal total da produção transpôs em 53% o nível de 1940. No corrente ano, o volume da produção industrial aumentou ainda mais. Nos dez meses de 1950, o nível de pré-guerra da produção industrial total foi superado em 70%. (Aplausos).
O ritmo rápido de aumento da produção industrial e do desenvolvimento de todos os ramos da economia nacional é garantido em virtude da extraordinária envergadura dos grandes trabalhos de construção. Durante o prazo do quinquênio de após-guerra, foram restauradas ou construídas mais de 6.000 empresas industriais, sem considerar as pequenas empresas estatais e as pequenas empresas cooperativas.
A indústria das regiões que sofreram os efeitos da guerra foi não apenas reconstruída inteiramente, como ainda consideravelmente ampliada na base de uma nova técnica mais moderna.
De acordo com a tarefa fixada, o que se reconstrói e se desenvolve com êxito, em primeiro lugar, é a indústria pesada.
Os objetivos do plano quinquenal no que diz respeito ao desenvolvimento da siderurgia foram ultrapassados. O plano quinquenal previa que se produzisse, em 1950, metais ferrosos num nível 35% mais elevado que em 1940. Até os dez meses deste ano, a produção de metais ferrosos superou o nível de pré-guerra em 44%, correspondendo, especialmente, a 28% para o ferro gusa, 48% para o aço, e 58% para os laminados.
Nossos metalurgistas e nossos operários da construção civil tiveram de trabalhar muito para conseguir esses resultados. Sabe-se que, durante a guerra, a indústria metalúrgica do Sul foi totalmente destruída. Agora, ela já está completamente reconstruída numa nova base técnica e produz mais metal do que antes da guerra. (Aplausos). O desenvolvimento da siderurgia prosseguiu nas regiões orientais do país. O nível da produção dos laminados, nessas regiões, ultrapassou de duas vezes e meia o nível de pré-guerra.
De acordo com os objetivos do plano quinquenal no domínio da metalurgia não-ferrosa, aumentou consideravelmente a produção de metais não-ferrosos e metais raros, tais como o alumínio, estanho, níquel, cobre, chumbo, zinco, magnésio e concentrados de tungstênio e molibdênio.
Foi excedido o objetivo do plano quinquenal de extração de carvão.
Segundo o plano quinquenal, a extração de carvão devia aumentar, em 1950, de 51% em relação a 1940. Até os dez meses do corrente ano, a extração de carvão ultrapassou de 57% o nível de antes da guerra e a União Soviética alcançou o segundo lugar do mundo quanto ao volume de carvão extraído. (Aplausos).
Foi inteiramente restabelecida a indústria carbonífera da bacia do Donetz, que havia sido totalmente destruída durante a guerra. Atualmente, as minas dessa bacia fornecem mais carvão do que antes da guerra e mais do que tinha sido previsto pelo plano quinquenal. A bacia do Donetz voltou a ser a bacia carbonífera mais importante e melhor mecanizada do país.
A bacia de Moscou, também totalmente destruída, fornece hoje em dia uma quantidade de carvão três vezes maior do que antes da guerra.
Paralelamente ao soerguimento da bacia do Donetz e da bacia de Moscou, a indústria carbonífera continuou a desenvolver-se nos Urais, nas bacias de Kuznetsk e de Karaganda, e em outras regiões orientais do país. Nessas regiões orientais a produção de carvão é atualmente mais de duas vezes superior à de pré-guerra. Ultrapassa-se a tarefa do plano quinquenal de desenvolver uma nova base carbonífera — a bacia de Petchora — para as regiões do Norte e de Leningrado. Explora-se novas jazidas de carvão nas demais regiões do país.
Desenvolve-se com êxito nossa indústria petrolífera. O objetivo do plano quinquenal para a extração do petróleo foi superado. Estava previsto que a extração petrolífera aumentaria, em 1950, de 14% em relação ao período anterior à guerra. Até os dez meses do corrente ano, a extração de petróleo ultrapassou em 21% esse nível de pré-guerra.
A indústria petrolífera das regiões de Maikop, Grozny e da Ucrânia Ocidental, que tinha sido devastada durante a guerra, foi restabelecida e reaparelhada com maquinaria moderna.
Aumentou consideravelmente a importância das novas regiões petrolíferas do Leste. Foram criadas em Bachkiria novas e importantes explorações petrolíferas, assim como refinarias. Crescem com rapidez a extração e a refinação de petróleo na região de Kuibychev e nas repúblicas de Turcmênia, Usbekia e Kasakia. Novas e importantes jazidas petrolíferas foram descobertas na República de Tartária; grandes trabalhos para o desenvolvimento da extração de petróleo estão sendo feitos na Sacalina. De 12% do total da produção da União, em 1940, as regiões do Leste passaram a contribuir no conjunto da extração global de petróleo com uma parcela igual a 44%.
A indústria de transformação do petróleo, reequipada, começou a produção de novas espécies de essências para aviões, de elevado índice de octanas, assim como outras variedades de carburantes e de óleos.
A produção de energia elétrica deveria aumentar de 70%, durante o último ano do plano quinquenal, em comparação com a de antes da guerra; na realidade, ela aumentou de 87%. Nas regiões que sofreram os estragos da guerra e que tiveram suas centrais elétricas totalmente destruídas, atualmente, estão aumentadas as potências dessas centrais e sua produção supera hoje a de antes da guerra.
As construções mecânicas crescem em ritmo acelerado. Os objetivos do plano quinquenal são cumpridos com êxito quanto à produção de máquinas, mecanismos e aparelhos. O plano quinquenal previa, para 1950, que se dobraria a produção de ferramentas comparativamente ao período de pré-guerra. Em dez meses do ano corrente, a produção de construções mecânicas atingiu 2,2 vezes em relação ao nível de antes da guerra. Em particular, aumentou de 5 vezes a produção de máquinas destinadas à metalurgia, de 2,5 vezes de turbinas a vapor, de cinco vezes a dos grandes motores elétricos, de mais de três vezes a de material petrolífero e treze vezes a de escavadeiras.
Nos últimos anos, os trabalhadores soviéticos das construções mecânicas, baseando-se nas conquistas da ciência nacional, criaram e puseram em uso grande número de novos tipos de máquinas e mecanismos modernos.
Melhorou consideravelmente durante o quinquênio a utilização da maquinaria na indústria. Por exemplo, o coeficiente de utilização dos altos fornos é 25% mais elevado que antes da guerra e o dos fornos Martin 32%. A rapidez de perfuração dos poços petrolíferos aumentou de 43% relativamente a antes da guerra. Todavia, como o demonstra a experiência dos operários de vanguarda e das empresas e oficinas de vanguarda, existem ainda grandes reservas e possibilidades para aproveitar a maquinaria com rendimento ainda maior.
A introdução da nova técnica permitiu aumentar em grandes proporções os meios técnicos postos à disposição da economia nacional e melhorar o nível de mecanização dos trabalhos mais penosos e que exigem uma grande quantidade de mão de obra. Ao mesmo tempo, o progresso técnico, a melhora da qualificação de nossos quadros e a iniciativa criadora dos operários, engenheiros e técnicos asseguraram um aumento considerável da produtividade do trabalho.
O plano quinquenal previa para 1950 um aumento de 36% da produtividade do trabalho na indústria, relativamente ao nível de antes da guerra. De fato, a produtividade do trabalho dos operários industriais, aumentou de 40% no terceiro trimestre de 1950, relativamente à de antes da guerra. Realiza-se na indústria um grande esforço para economizar as matérias primas, os materiais, os combustíveis e a energia elétrica, para melhorar o aproveitamento das áreas industriais, e para acelerar o movimento dos fundos de rotação. Graças a isso, os planos estabelecidos pelo Governo para reduzir o preço de custo dos produtos industriais são cumpridos e superados.
Do mesmo modo que a indústria, os transportes ferroviários superam continuamente as previsões do plano quinquenal. Segundo o plano de aumentar de 28%, em 1950, o tráfego ferroviário de mercadorias em relação a pré-guerra. Aos dez primeiros meses deste ano, ele superou de 40% o nível de antes da guerra. Foi aumentado e renovado o parque de locomotivas e vagões, e foram criadas as bases para o desenvolvimento da construção nacional de locomotivas elétricas e automotrizes.
Foram obtidos êxitos consideráveis na agricultura. Este ano a colheita global de cereais elevar-se-á a 121.600.000 toneladas e ultrapassará em 4.800.000 toneladas o nível do ano que precedeu à guerra, 1940. A colheita global de trigo, especialmente, superará a de 1940 em 5.440.000 toneladas.
A colheita global de algodão ultrapassará em mais de 40% a de 1940. Aumentou o rendimento por hectare de beterraba. Pelo menos 25 milhões de quintais de beterraba a mais do que em 1940, serão colhidos este ano.
Cumpre-se com êxito o plano, aprovado em 1948, sobre a plantação de florestas protetoras das lavouras, a introdução do cultivo alternado com plantas forrageiras, a construção de tanques e reservatórios nas zonas das estepes e das estepes florestais na parte européia da URSS. Efetuou-se em 2 anos o florestamento de uma superfície de 1.300.000 hectares; nos kolkoses e sovkoses dessas regiões foram construídos milhares de tanques reservatórios.
Em agosto deste ano, foi tomada uma importante decisão prevendo a passagem para um novo sistema de irrigação em uma superfície de mais de 4.300.000 hectares. Prevendo a construção de canais temporários de irrigação em lugar dos permanentes que dificultavam o emprego das máquinas agrícolas modernas, o novo sistema de irrigação permitirá aumentar as superfícies irrigadas e elevar consideravelmente a produtividade do trabalho nas terras irrigadas.
No decorrer deste ano, o Partido e o Governo dirigiram seus esforços para a solução da tarefa central no domínio da agricultura: desenvolver os rebanhos por todos os meios possíveis. Dando cumprimento ao plano trienal de desenvolvimento da criação produtiva, coletivizada nos kolkoses e sovkoses e estes últimos conseguiram um acréscimo considerável do rebanho e o aumento de seu rendimento.
Nossos rebanhos muito sofreram durante a guerra. Nas principais zonas agrícolas do país — Ucrânia, Cáucaso Setentrional, Bielo-Rússia —, e nas regiões centrais das terras negras, o rebanho foi totalmente aniquilado, com exceção de uma pequena parte que foi evacuada para o Leste ou escondida peia população. Os rebanhos foram igualmente atingidos em outras regiões do país. Apesar disso, porém, atualmente não só foi inteiramente recuperado o nível de antes da guerra nos rebanhos produtivos coletivizados como igualmente foi ultrapassado em proporções notáveis. Até agora, nos kolkoses o rebanho aumentou de 38% para o gado bovino; de 65% para o ovino e caprino e de 55% para o suíno. Os kolkoses e sovkoses Conseguiram um importante aumento do gado de raça. E procede-se a importantes trabalhos nos kolkoses e sovkoses a fim de construir estábulos adequados e garantir uma base forrageira para a criação; introduzem-se rotações especiais de plantas forrageiras e se ampliam os pastos artificiais; a semeadura de ervas; aumenta-se a produção de plantas para os silos de raízes forrageiras. Ao mesmo tempo, inicia-se o cultivo de novas espécies de plantas forrageiras de alto rendimento, como a erva do Sudão, o sorgo e outras.
O aumento da produção das culturas de cereais e das indústrias e o incremento da produção pecuária estabelecem uma sólida base de matérias primas para um novo desenvolvimento da indústria leve e de alimentação.
O Partido e o Governo dão toda a ajuda aos kolkoses, sovkoses e estações de máquinas e tratores. Equipa-se a agricultura com grande quantidade de máquinas diversas. Nossas fábricas de tratores e de máquinas agrícolas foram destruídas durante a guerra; hoje, todas elas estão reconstruídas e, juntamente com as novas fábricas, fornecem, este ano, à agricultura, um número de tratores quatro vezes maior do que em 1940 (tomando-se como referência trator de 15 c.v.); um número de segadoras-debulhadoras, 3,8 vezes maior; 4 vezes mais arados de trator; quase seis vezes a quantidade de semeadoras de trator e mais de 3 vezes o número de escarificadores.
A indústria química fornece quantidades cada vez maiores de adubos à agricultura que, no ano presente, recebe quase o dobro do que recebia em 1940, de adubos fosfatados, potássicos e azotados.
A direção da grande exploração agrícola coletiva, dotada de uma técnica moderna, exige o conhecimento da produção kolkosiana, o conhecimento dos fundamentos da agro-técnica e da mecanização. Destacam-se das fileiras kolkosianas magníficos organizadores, dirigentes e técnicos da agricultura. Não podemos, porém, contentar-nos com isto. Assim sendo, o Partido e o Governo estabelecem a tarefa de continuar o fortalecimento dos quadros kolkosianos e de aplicar na produção kolkosiana e no trabalho prático das estações de máquinas e tratores as conquistas da ciência e a experiência de vanguarda adquirida pela agricultura.
O progresso da economia nacional é acompanhado de um aumento da renda nacional e da contínua melhoria do bem-estar material e do nível cultural de nosso povo.
Nos países capitalistas, as classes exploradoras se apossam da parte do leão da renda nacional criada pelos trabalhadores. No sistema socialista soviético de economia, a renda nacional reverte para os trabalhadores e é distribuída não para o enriquecimento das classes exploradoras, mas, em benefício da sistemática melhoria da situação material dos operários, camponeses e intelectuais, assim como do aumento da produção socialista. O crescimento da renda nacional no País dos Soviets é, por isso mesmo, o índice mais completo e eloquente do aumento do bem-estar material das massas trabalhadoras.
O Plano Quinquenal estabeleceu que, em 1950, o volume da renda nacional devia superar em 38% o nível de pré-guerra. Essa cifra já foi quase atingida em 1949, e, em 1950, a renda nacional deverá ultrapassar em mais de 60% (em igual índice de preços) o nível anterior à guerra, superando, portanto, de muito, o que fora previsto pelo Plano Quinquenal.
Como se sabe, o Governo Soviético efetuou uma reforma monetária que, em 1950, procedeu à terceira baixa dos preços de varejo das mercadorias de maior consumo. Com isso, o rublo soviético consolidou-se ainda mais e elevou o seu poder aquisitivo. Já em 1949, os rendimentos individuais dos operários e empregados aumentaram de 24% (no mesmo índice preços) em relação ao nível de antes da guerra. Da mesma forma os rendimentos dos camponeses aumentaram de mais de 30%. Continua a crescer, este ano, o salário real dos operários e empregados e continua aumentando a renda dos camponeses.
Como se sabe, não há desemprego em nosso país. Cresce ininterruptamente o número de operários e empregados no conjunto da economia nacional, o qual atualmente, ultrapassa em 22% o nível de antes da guerra.
O aumento da capacidade aquisitiva da população e o incremento dos negócios expressam a melhoria da situação material dos trabalhadores. Este ano, sem levar em conta os recursos locais, tivemos a possibilidade de fornecer acima dos níveis de pré-guerra, aos armazéns do Estado e às cooperativas, para serem vendidos à população: 35% de carne e produtos derivados a mais do que antes da guerra; mais 53% de pescado; mais 60% de manteiga e outras gorduras; mais 30% de açúcar e artigos de confeitaria; mais 38% de tecidos de algodão, lã, seda e linho; mais 35% de calçados; mais 37% de meias curtas e compridas e mais 37% de sabão.
O consumo nacional ultrapassa consideravelmente, no momento atual, O nível anterior à guerra.
O Partido e o Governo consideram de importância primordial o aumento, por todos os meios, da área construída para habitações e, principalmente, a ajuda aos operários, camponeses e intelectuais para a construção de casas. Nos quatro anos e dez meses do plano quinquenal de após-guerra foram restauradas ou construídas casas com uma superfície total de cerca de 90 milhões de metros quadrados. Nas localidades rurais, foram restauradas ou construídas, durante o mesmo período, mais de 2.500.000 casas. Essa cifras mostram o considerável volume da construção de casas em nosso país. Contudo os planos de construção de casas não estão sendo totalmente cumpridos em todos os lugares. Há cidades em que as casas de moradia estão sendo construídas com vagarosidade e por preços de custo ainda muito elevados.
Grandes quantias são investidas pelo governo para finalidades sociais e culturais. Nos anos que se seguiram à guerra, foram construídos ou restauradas milhares de escolas, bibliotecas, instituições infantis assim como um grande número de hospitais, sanatórios, casas de repouso, clubes, teatros e cinemas.
Trinta e sete milhões de alunos frequentam as escolas de quatro anos, de sete anos e as secundárias, assim como as escolas técnicas de grau médio e outros centros de ensino secundário. Nos estabelecimentos de ensino superior 1.230.000 alunos realizam os seus cursos, o que representa 400.000 alunos a mais do que antes da guerra.
Desenvolvem-se com êxito a literatura e a arte soviética que, em nosso país, estão a serviço do povo e são um importante meio de educação comunista dos cidadãos soviéticos.
Ampliou-se a rede de instituições de pesquisa científica e novos e importantes passos foram dados para a solução da tarefa colocada pelo camarada Stálin aos homens de ciência soviéticos:
“não somente alcançar mas também ultrapassar, no mais breve prazo, as conquistas da ciência estrangeira”.
Após o descobrimento do segredo da energia atômica, nossos sábios contribuíram com muitos outros trabalhos e descobertas importantes para o progresso técnico, o cumprimento e a superação de nossos planos econômicos.
As fecundas discussões travadas este ano sobre os problemas da linguística e da filosofia impulsionaram ainda mais o desenvolvimento da nossa ciência soviética.
Tiveram especial, importância as intervenções do camarada Stálin na discussão dos problemas linguísticos pois asseguraram uma reviravolta decisiva, principalmente neste ramo da ciência. Ao demonstrar que a ciência não pode se desenvolver e prosperar sem luta de opiniões, sem liberdade de crítica e sem a substituição de fórmulas e conclusões envelhecidas por fórmulas e conclusões novas, o camarada Stálin abriu vastos horizontes a toda a ciência soviética, para a solução das novas tarefas que se apresentam a nosso Estado.
Quando falamos de nossos êxitos no terreno da construção econômica e cultural, não podemos deixar de falar sobre nossas gloriosas Forças Armadas, nosso Exército, nossa Aviação e nossa Marinha. Cumprindo com honra o seu dever militar, elas são as firmes guardiãs da paz e da segurança de nossa pária. (Aplausos prolongados).
O camarada Stálin nos ensina que, no regime comunista, a economia nacional organizada segundo um plano estará baseada em uma técnica superior, tanto na indústria como na agricultura. Faz-se portanto indispensável organizarmos um novo ascenso da economia soviética, elevando ainda mais o grau de utilização de máquinas em todos os ramos da economia, obtendo assim um desenvolvimento contínuo das forças produtivas do país.
À luz dessas tarefas que se colocam perante o povo soviético, compreende-se a imensa importância das decisões do Governo relativas à construção das centrais hidroelétricas de Kuibishev e Stalingrado, no Volga, do Grande Canal da Turcmênia (de Amu Daria até Krasmovdosk), da central hidroelétrica de Kakovka no rio Dnieper e dos canais da Ucrânia meridional e do norte da Criméia. Por sua magnitude, sua concepção técnica e prazos de execução, tais construções, são autênticas construções do comunismo. Cada uma delas compreende centrais hidroelétricas, represas, canais, reservatórios de água, sistemas de irrigação. As novas construções formam um complexo sistema de obras técnicas. Somente em nosso país, nas condições da economia socialista planificada, é possível a construção de semelhantes obras.
As quatro novas centrais hidroelétricas terão uma potência global de mais de 4 milhões de kilowatts-hora de energia elétrica, isto é, uma. quantidade mais de onze vezes superior à que era obtida, em 1913, por todas as centrais elétricas da Rússia tzarista.
As centrais hidroelétricas de Kuibishev e Stalingrado permitirão fornecer toda a energia elétrica necessária para Moscou e desenvolver com maior rapidez a economia da região do Volga e das regiões centrais das terras negras; as do Grande Canal da Turcmênia e de Kakovka incrementarão a economia das regiões da Turcmênia mais próximas do mar Cáspio e do baixo curso do Dnieper. O país terá a possibilidade de por em atividade novos estabelecimentos industriais e introduzir equipamentos modernos nos estabelecimentos existentes.
A, irrigação e o abastecimento de água das regiões a leste do rio Volga, da Ucrânia meridional, da Criméia do Norte, assim como das zonas desérticas e semi-desérticas da região do Cáspio e da Ásia Central, darão ao país milhões de “puds” suplementares (1 “pud” corresponde à 16 quilos — N. da R.) de trigo, de arroz, de algodão e de outras culturas industriais. Muito se desenvolverá a criação nas terras irrigadas. A energia elétrica das novas centrais encontrará amplo emprego na indústria e na agricultura.
As resoluções do governo sobre as obras do Volga, do Amú-Dariá e Dnieper, foram acolhidas com grande entusiasmo em nosso país. Os operários de muitas empresas industriais se comprometeram a cumprir com rapidez e eficiência encomendas para as novas construções. Os cientistas, engenheiros e técnicos soviéticos aplicam os seus esforços criadores na solução dos problemas técnicos das novas obras. Os kolkosianos e kolkosianas da região do Volga, da Turcmênia, da Ucrânia e da Criméia se comprometem a contribuir com seu trabalho para acelerar os trabalhos da construção.
À medida que a sociedade soviética se desenvolve a têmpera ideológica e teórica de nossos quadros adquire uma importância crescente. As condições da transição do socialismo ao comunismo exigem que levantemos a um nível mais alto todo o trabalho ideológico, que melhoremos ainda mais a educação comunista dos trabalhadores.
Não se pode construir o comunismo sem extirpar por completo as sobrevivências do capitalismo da consciência de nossos cidadãos. Deve-se também intensificar a luta contra as diversas manifestações da atitude não comunista em relação ao trabalho e à propriedade socialista, em relação aos interesses do Estado. É preciso liquidar resolutamente as influências burguesas nos domínios da ciência, da literatura e das artes, aperfeiçoar tenazmente o trabalho de educação marxista-leninista de nossos quadros em todas as especialidades e ajudá-los a dominar a ciência que estuda as leis de desenvolvimento da sociedade.
Nosso Partido Comunista nos exorta a não nos contentarmos com o que já foi obtido, a não nos deixarmos embalar por nossos êxitos. Seria indigno dos cidadãos soviéticos não ver as deficiências em seu trabalho e não tomar as medidas necessárias para eliminá-las.
Não se pode, assim, ficar indiferente diante de um fato tão intolerável como a violação das leis sobre o cumprimento obrigatório dos planos do Estado. Há, ainda, em diversos ramos da indústria, empresas que sistematicamente deixam de cumprir os planos estabelecidos para elas. Os dirigentes desses ramos de indústria tranquilizam sua consciência dizendo que o mau trabalho das empresas que não executam o plano será compensado pela superação dos planos nas empresas de vanguarda.
Esta é uma maneira errada, não soviética, de encarar a execução dos planos do Estado. Esta prática de tentar encobrir e disfarçar o mau trabalho de algumas empresas, contando com o bom trabalho das outras, não tem nada de comum com o método soviético de direção da economia. Tais Processos são indignos dos trabalhadores da economia socialista. Somente podem agir desse modo os mistificadores burgueses. O plano de Estado é lei. Todas as empresas têm a obrigação de cumprir as tarefas que são fixadas. Essa exigência deve servir de ponto de partida não somente para os trabalhadores da indústria mas para os trabalhadores de todos os demais ramos da nossa construção socialista.
Cumpre igualmente assinalar as graves deficiências existentes nos grandes trabalhos de construção. O camarada Stálin nos chamou a atenção para tais deficiências. Enquanto o desenvolvimento da produção industrial é acompanhado pela diminuição do preço de custo de produção e, desse modo, leva à diminuição do preço das mercadorias e ao fortalecimento do rublo soviético, por outro lado, o custo das construções, apesar do aumento do volume das grandes obras em execução, longe de baixar permanece demasiado alto. Toleram-se enormes excessos por ocasião da aprovação dos projetos e daí se origina um aumento do preço da construção. Em virtude de deficiências sérias na planificação das grandes obras de construção, os recursos materiais e financeiros são dispersados entre numerosas obras, o que prolonga a duração dos trabalhos, retarda a utilização das obras completadas e aumenta ainda mais a quantidade de trabalhos de construção inacabados. Considerando o imenso vulto de nossas grandes obras, no momento atual, esta questão assume uma grande importância para o Estado.
Os dirigentes de nossas organizações da construção devem liquidar com todas as infrações às determinações do governo, tais como as relacionadas com a redução do preço das construções. Devem assegurar uma diminuição decisiva dos prazos na construção, melhorar seu trabalho e liquidar qualquer atraso em relação aos demais ramos de nossa economia nacional.
A crítica e a autocrítica bolcheviques, são um meio garantido, comprovado, de combater as deficiências de nosso trabalho. O Partido ensina que a crítica e a auto-crítica, que são uma das forças motrizes da sociedade soviética, contribuem para extirpar inteiramente tudo o que é velho, caduco, e a abrir caminho para tudo o que é novo, avançado, progressista. Por isso é que a crítica e a auto-crítica devem ser utilizadas em caráter permanente, e não somente de tempos em tempos. A crítica e a auto-crítica devem ser uma arma sempre em ação, destinada a melhorar todo o nosso trabalho.
A liquidação das deficiências na educação política, na construção econômica e cultural permitirá descobrir novas fontes de crescimento da produção socialista e acelerar por isso mesmo nossa marcha para o comunismo.
II — A União Soviética e a Luta Pelo Fortalecimento da Paz no Mundo Inteiro
Ao mesmo tempo que realiza as tarefas da construção econômica, a União Soviética luta com afinco pela paz, a amizade e a colaboração entre os povos de todos os países.
Ombro a ombro com ela, lutam pela paz e a amizade dos povos os países de democracia popular: Albânia, Bulgária, Hungria, Polônia, Rumânia e Tchecoslováquia.
Sob a direção do Partido Comunista da China, que têm à sua frente o camarada Mao Tse Tung, luta ativamente pela paz o grande povo chinês. (Prolongados aplausos).
A República Democrática Alemã, se coloca firmemente no campo da paz.
O heróico povo coreano trava uma guerra de libertação em defesa de sua independência, de sua liberdade e da causa da paz (Prolongados aplausos).
Todos estes povos constituem o campo da paz, do socialismo e da democracia.
O camarada Stalin assinalou repetidas vezes que as diferenças entre sistemas econômicos e ideologias não impedem a colaboração e as relações normais entre a União Soviética e os países capitalistas e, em particular, entre a União Soviética e os Estados Unidos da América.
“Para que haja colaboração — disse o camarada Stálin — não é preciso que os povos tenham o mesmo sistema social. É preciso respeitar os sistemas aprovados pelo povo”.
O camarada Stálin assinala, ao mesmo tempo, que:
“é preciso distinguir entre a possibilidade de colaborar e o desejo de colaborar. Há sempre a possibilidade, mas nem sempre existe o desejo de colaborar”.
No que diz respeito à União Soviética, o mundo inteiro conhece, os redobrados esforços e as medidas práticas de nosso Governo destinadas ao fortalecimento da paz e da colaboração entre os povos.
Ao campo do socialismo e da democracia, ao campo da paz, se opõe o campo do imperialismo, — dirigido pelos círculos governamentais dos Estados Unidos da América — e que executa uma política de desencadeamento de uma nova guerra, a política de dominação dos países fortes sobre os países fracos.
Antes da segunda guerra mundial, a Alemanha e o Japão eram os principais concorrentes dos imperialistas norte-americanos nos mercados mundiais. Após a derrota desses países na guerra, os imperialistas ianques se esforçam por aproveitar a situação que se criou, no sentido de apoderarem-se das fontes de matérias primas e dos mercados de exportação. Não limitam, porém, a isso os seus objetivos. Os imperialistas norte-americanos acreditam que uma nova guerra, uma terceira guerra, levaria ao aniquilamento da União Soviética e dos países de democracia popular, ao esmagamento do movimento operário e de libertação nacional em todos os outros países e à hegemonia mundial dos imperialistas dos EE.UU.. Com tais finalidades, no campo do imperialismo, não cessa de aumentar a corrida armamentista, crescem as despesas militares e aumentam os efetivos das forças armadas, ao mesmo tempo que se destroem os restos de liberdades democráticas e se lança a perseguição às organizações progressistas. Para atingir seus objetivos, os imperialistas dos Estados Unidos esperam utilizar como carne de canhão os exércitos dos países que conseguiram por sob sua dependência. Os círculos governantes da Grã-Bretanha e da França que seguiam outrora uma política externa independente, subordinam-se, agora servilmente em todos os principais problemas internacionais, ao “diktat” dos imperialistas norte-americanos, em detrimento dos próprios interesses nacionais.
Da política de preparação da agressão, os imperialistas dos Estados Unidos da América passaram, ultimamente, aos atos diretos de agressão. A mais evidente expressão dessa política é a intervenção armada dos Estados Unidos na Coréia.
O Governo Soviético, fiel à sua inalterável política de paz, insiste, desde o início dos acontecimentos da Coréia, pela solução pacífica do conflito. Com esse objetivo, propôs a imediata cessação das hostilidades na Coréia e, simultaneamente a retirada de todas as tropas estrangeiras que ali se encontram, para dar, assim, ao povo coreano a possibilidade de resolver seus negócios internos sem a intromissão estrangeira.
Entretanto, o governo norte-americano, que se lançou pelo caminho de uma agressão aberta, rechaçou todas as propostas destinadas à solução pacífica da questão coreana. Diante disso, os povos de todos os países puderam ver quem é favorável à paz, e quem é favorável a uma nova guerra.
Depois dos múltiplos reveses e pesadas derrotas que o comando norte-americano sofreu na luta contra o povo coreano que ama a liberdade, os ianques concentraram quase todas as suas forças armadas do Extremo Oriente na guerra da Coréia. Não confiando exclusivamente em suas próprias forças, os norte-americanos fizeram com que tropas da Grã-Bretanha e de outros países participassem das operações. Somente pondo em ação forças tão numerosas, várias vezes superiores às de que dispõe o Exército Popular Coreano, obtiveram os intervencionistas alguns êxitos militares.
Depois de grandes vitórias militares, o povo coreano suporta agora reveses que não quebram contudo sua vontade de luta. Há revezes em todas as guerras. Tempos atrás, — na época da intervenção militar estrangeira e da guerra-civil — também o nosso Estado Soviético passou por imensas dificuldades. Não obstante, os intervencionistas foram vencidos e expulsos. (Aplausos prolongados).
Por sua luta heróica contra os intervencionistas norte-americanos o povo coreano conquistou a simpatia de todos os povos amantes da paz. (Aplausos). Para os países oprimidos e dependentes, a Coréia se tornou a bandeira do movimento de libertação. (Aplausos).
Depois da vitória sobre a Alemanha fascista e do Japão imperialista, as grandes potências, interpretando a vontade dos povos que sofreram os horrores da guerra, concordaram em estabelecer um sistema de relações entre os Estados, sistema que assegura a paz e a segurança dos povos. As bases desse sistema eram o Acordo de Potsdam e a Carta da Organização das Nações Unidas. Há muito tempo, porém, os imperialistas norte-americanos e britânicos adotaram como norma de conduta a destruição desse sistema de colaboração internacional. Malgrado a Carta da ONU e contra os seus dispositivos, eles criaram a aliança agressiva do Atlântico Norte e organizaram outros blocos militares de agressão.
Os círculos governamentais anglo-americanos impedem a conclusão do Tratado de Paz com a Alemanha e se esforçam por prolongar ao máximo a ocupação da Alemanha Ocidental. A conferência dos ministros do exterior dos Estados Unidos da América, Grã-Bretanha e França — que se realizou em setembro último em Nova York — decidiu ressuscitar o exercito alemão na Alemanha Ocidental, tomar medidas práticas para a remilitarização da Alemanha Ocidental, e utilizar seus recursos humanos e materiais em seu próprio benefício, sem levar em conta os interesses nacionais do povo alemão.
A política de divisão da Alemanha, seguida pelos governos norte-americano, inglês e francês e que infringe os princípios do Acordo de Potsdam levou à ruptura das relações econômicas normais entre as regiões ocidentais e orientais da Alemanha, e ao desenvolvimento, na Alemanha Ocidental, tão somente dos ramos de indústria que se relacionam com a produção de guerra.
É diametralmente oposta a política do Governo Soviético, que insiste na aplicação do Acordo de Potsdam, o qual prevê a criação de uma Alemanha unida, independente, pacífica e democrática. São suficientemente conhecidas as propostas do Governo Soviético relativas a uma rápida conclusão do Tratado de Paz com a Alemanha, à retirada das tropas de ocupação e à criação de um governo para toda a Alemanha. Tais propostas foram novamente formuladas na recente Declaração publicada pelos ministros do Exterior da URSS, Albânia, Bulgária, Tchecoslováquia, Polônia, Rumânia, Hungria e República Democrática Alemã.
A União Soviética exige igualmente a aplicação da Declaração de Potsdam, isto é, a rápida conclusão do Tratado de Paz com o Japão, a retirada das tropas estrangeiras que se encontram nesse país e a eliminação da ameaça de um ressurgimento do militarismo nipônico.
Os Estados Unidos da América, pelo contrário, têm como objetivo prolongar a ocupação do Japão e transformá-lo em base para a realização de seus planos de agressão no Extremo Oriente. Aproveitando-se da situação de potência ocupante e violando as decisões tomadas em comum sobre a desmilitarização e democratização do Japão, os Estados Unidos restabelecem as bases e reconstituem as forças armadas nipônicas, perseguem as organizações democráticas e favorecem o retorno dos militaristas japoneses ao poder.
Assim, violando as obrigações assumidas na questão da Alemanha e do Japão, os governos dos Estados Unidos da América e da Inglaterra frustram a solução pacífica dos problemas do após-guerra, que interessa aos povos de todos os países.
Na luta pela paz e a colaboração internacional, o Governo Soviético apóia todas as medidas destinadas a fortalecer a Organização das Nações Unidas, que se destina a ser um importante instrumento para a conservação da paz e da segurança internacional.
“A força desta organização internacional — mostrava o camarada Stálin — consiste em que se baseia no princípio da igualdade de direitos entre os Estados e não no princípio do domínio de uns sobre os outros. Se a Organização das Nações Unidas mantiver no futuro, o princípio da igualdade de direitos, não há dúvida que desempenhará um grande e positivo papel na obra da manutenção da paz e da segurança universais”.
Os representantes do bloco anglo-norte-americano rejeitam sistematicamente as propostas da União Soviética, no sentido de fortalecer a Organização das Nações Unidas. Ainda por cima, o governo norte-americano procura converter essa organização internacional em um simples apêndice do Departamento de Estado norte-americano, em uma instituição destinada a acobertar os planos agressivos ianques. Desse modo, o governo dos Estados Unidos, demonstra que não deseja procurar os meios de colaboração internacional, que não respeita os direitos soberanos dos outros Estados e que está disposto a desencadear uma nova guerra.
Os imperialistas realizam múltiplos esforços para falsear a política de Paz da União Soviética e apresentá-la como propaganda, como tentativa de enganar as pessoas. O que pode haver de mais puro e mais claro do que as repetidas propostas do Governo Soviético, dirigidas contra o desencadeamento de uma nova guerra e em prol da ampliação da colaboração internacional?
Na quinta Sessão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas que ora se realiza, o Governo Soviético, fiel à sua política de luta pela paz, propôs que se adotasse uma “Declaração para conjurar a ameaça de uma nova guerra e fortalecer a paz e a segurança dos povos”. Nessa declaração, o Governo Soviético propõe mais uma vez a condenação e proibição da propaganda em favor de uma nova guerra, a proibição do uso da arma atômica, que é uma arma de agressão e de extermínio em massa; o estabelecimento de um rigoroso controle internacional para a estrita e completa aplicação dessa medida de proibição; a conclusão de um Pacto de fortalecimento da paz, entre as cinco grandes potências, e a redução no corrente ano, de um terço das forças armadas que elas possuem atualmente, redução que deverá ser continuada no futuro.
Não há nada mais simples — ao que parece — do que aprovar essas propostas de paz do Governo Soviético, e por à prova deste modo, a sinceridade das propostas soviéticas. Contudo, os incendiários de guerra, que dispõem de uma dócil maioria na ONU, preferiram repelir as propostas soviéticas. E as repeliram justamente porque elas derrotam os promotores de guerra e os seus planos de agressão. Esses senhores, ainda por cima, dirigem ameaças à União Soviética.
Já é tempo, para esses senhores, de compreender que o povo soviético não se inclui entre aqueles que têm nervos fracos, (Aplausos) e que não o conseguirão intimidar com ameaças. (Aplausos prolongados). A experiência histórica demonstra que nossa política de paz não é sintoma de fraqueza. Fariam bem esses senhores, se aprendessem que o nosso povo é capaz de se defender, (Aplausos prolongados), de defender os interesses de sua Pátria, de armas nas mãos se for necessário. (Intensos e prolongados aplausos).
Os imperialistas procuram mascarar sua política agressiva, afirmando que mantém uma pretensa luta contra o comunismo. Tal processo não é novo. Hitler e seus cúmplices também se esforçavam por justificar sua política de agressão, invocando o perigo comunista. Todos sabem como terminaram essas pérfidas maquinações dos hitleristas. Pelo visto, os lauréis de Hitler causam inveja aos promotores de guerra do bloco americano-britânico.
Hoje em dia, porém, não é fácil enganar as pessoas simples. Os trabalhadores vêem, pela experiência da União Soviética e dos países de democracia popular, que onde os comunistas chegam ao poder se instaura uma verdadeira democracia, se liquida o desemprego, aumentam rapidamente o bem-estar e a cultura do povo e cada um vê se abrir diante de si imensas possibilidades de trabalho criador.
Por isso, apesar de todos os esforços que os imperialistas fazem para “destruir” o comunismo, aumentam cada vez mais o número de seus partidários. Cresce, dia a dia, a influência dos Partidos Comunistas que contam atualmente em suas fileiras — excetuando-se a União Soviética mais de 18 milhões de membros. (Aplausos).
O comunismo e o povo trabalhador constituem um todo único. Não se pode, portanto, destruir o comunismo, porque é impossível destruir o povo. (Aplausos). Pela própria situação em que se encontra na sociedade capitalista, o povo é um inimigo irreconciliável do imperialismo que, nas guerras de pilhagem, traz aos povos sofrimentos e calamidades.
Os povos não querem a guerra e têm cada vez mais consciência do abismo a que pretendem lançá-los os instigadores de guerra.
O agravamento do perigo de guerra fez crescer entre os povos a resolução ainda mais firme de impedir a guerra. Em todo o mundo cresce e se fortalece um movimento organizado, e poderoso pela paz. Esse movimento congrega operários, camponeses, intelectuais, mulheres e jovens, pessoas de convicções políticas e crenças religiosas as mais diversas. Os povos lutam, atualmente, não somente pela interdição da arma atômica mas também, pela redução geral de todos os tipos de armamento, pela proibição de todas as formas de propaganda guerreira, pela condenação da agressão armada e da intervenção estrangeira nos negócios internos dos povos.
O povo soviético é pela paz; defende com toda a energia a causa da paz. Interpretando sua vontade, o Soviet Supremo da URSS, apoiou, em junho do corrente ano, o Apelo de Estocolmo, do Comitê Permanente do Congresso Mundial dos Partidários da Paz. Este apelo foi assinado por mais de 115 milhões de cidadãos soviéticos, ou seja por toda a população adulta de nossa pátria, os quais desse modo, proclamaram que desejam a paz e que lutarão por uma paz duradoura. As massas populares dos outros países lançaram-se, aos milhões, à luta pela paz. O Apelo de Estocolmo foi apoiado e assinado por 204 milhões de homens e mulheres, na China; mais de 50 milhões na Polônia, na Tchecoslováquia, na Bulgária, na Rumânia, na Hungria e na Albânia; 50 milhões no Japão, na Coréia, na Grã-Bretanha, na Argentina, e outros países; mais de 20 milhões na Alemanha; 15 milhões na França, 16 milhões na Itália e 2,5 milhões nos Estados Unidos. No total, foram obtidas até agora mais de 500 milhões de assinaturas ao Apelo de Estocolmo pela paz. (Aplausos). Isto constitui uma grande força e é uma temível advertência aos incendiários de guerra.
Os povos que lutam pela paz estão certos do triunfo de sua causa justa. Eles derrotarão os planos dos incendiários de guerra.
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Camaradas!
Os grandes êxitos alcançados por nosso país no período de após-guerra são o resultado do trabalho heróico dos cidadãos soviéticos e da política justa do Partido Comunista, do Partido de Lênin e Stálin.
Manifesta-se, em todos os setores de nossa vida política e social o papel organizador e dirigente do Partido. Após o fim da guerra, o Partido orientou todos os esforços dos cidadãos soviéticos para a restauração da economia e o progresso de nossa pátria. Respondendo ao apelo do Partido todo o povo lançou-se na emulação socialista, para cumprir, antes do prazo o Plano Quinquenal. O Partido assegurou o desenvolvimento da cultura do bem-estar material dos cidadãos soviéticos. Sob a bandeira do Partido consolidou-se ainda mais a unidade moral e política da sociedade soviética, fortaleceu-se e desenvolveu-se a amizade stalinista entre os povos. Em todos os domínios da construção econômica e da cultura surgiram novos e numerosos quadros para o trabalho; são quadros educados pelo Partido e armados com a ciência marxista-leninista.
A atividade de nosso Partido Comunista demonstra que ele põe acima de tudo os interesses do povo e que sabe combater por esses interesses. A serviço da Pátria e do povo, o Partido conquistou o amor dos cidadãos soviéticos e a sua confiança absoluta. (Fortes aplausos).
Eis aí a fonte do poderio da União Soviética (Aplausos prolongados).
Viva a bandeira invencível da Grande Revolução Socialista de Outubro! (Aplausos).
Viva o poderoso povo soviético! (Aplausos).
Viva o nosso glorioso Partido Comunista! (Aplausos prolongados).
Viva a paz em todo o mundo! (Prolongada tempestade de aplausos, toda a assistência se põe de pé. Durante muito tempo prossegue a ovação em honra a Stálin, o grande guia e mestre, o organizador das vitórias históricas do povo soviético).
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