Nossa Política: Guiados Pelos Ensinamentos do Camarada Stálin, Nosso Educador, Estudemos e Assimilemos a Doutrina Marxista-Leninista
Os povos do mundo inteiro comemoram este ano o aniversário do camarada Stálin em momento particularmente grave e ameaçador. A histeria guerreira do imperialismo ianque justamente agora atinge um nível mais alto e seus esforços no sentido de precipitar o desencadeamento da guerra atômica, diante da humilhante derrota do bandido Mac-Arthur na Coréia, assumem cada dia maiores proporções e crescente amplitude.
Seria errôneo, no entanto, pensar que seja isto que caracteriza a situação internacional neste momento. A ameaça de guerra atômica é cada dia maior, mas as próprias vitórias do povo coreano com a ajuda heróica do grande povo chinês e a solidariedade mundial mostram claramente que já vivemos em época bem diferente daquela em que Hitler conseguia impunemente dominar e esmagar povos inteiros. No momento atual, muito mais forte que o desespero e a violência imperialistas é a vontade de paz dos povos do mundo inteiro, a força organizada de centenas de milhões de seres humanos que se levantam em todos os países dispostos a enfrentar e destruir os planos sinistros e criminosos do imperialismo mundial. E à frente desse movimento gigantesco, jamais conhecido no mundo, encontra-se a poderosa e invencível União Soviética, dirigida pelo glorioso Partido Bolchevique e pelo gênio do mestre e guia do proletariado, o amigo de todos os povos oprimidos, o grande Stálin — campeão da paz e do socialismo.
Diante do imperialismo que estrebucha e que se debate como um monstro ferido de morte, levanta-se a força jovem e vigorosa do novo mundo socialista livre para sempre da exploração do homem pelo próprio homem.
Festejamos este ano o aniversário do camarada Stálin convencidos de que, sob a sua direção genial, os povos avançam rapidamente no caminho do socialismo e que as forças desesperadas do imperialismo, por maiores que ainda possam ser seus crimes contra a humanidade, não conseguirão fazer andar para trás a roda da história.
Nosso povo, que sofre diretamente sob as garras do imperialismo e de seus lacaios em nossa terra, já tem demonstrado com vigor sua vontade de paz, e sob a direção da classe operária e do Partido Comunista conseguiu até agora impedir que os senhores das classes dominantes realizassem seus intentos infames de entregar nossa juventude como carne de canhão para as aventuras guerreiras de Truman e Mac-Arthur. A ameaça, no entanto, cresce cada dia; torna-se cada vez mais evidente que só conseguiremos eliminá-la de todo e de raiz com a libertação de nosso país do jugo imperialista e dos traidores que o governam, realizando vitoriosamente revolução nacional-libertadora e conquistando a democracia popular. Isto depende da classe operária, de todos os patriotas anti-imperialistas e, consequentemente, dos comunistas, de nossa atividade, da capacidade de nosso Partido em unir, organizar e levar à luta as grandes forças revolucionárias de nosso povo.
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Nós, comunistas brasileiros, festejamos este ano o aniversário do camarada Stálin em nível político e ideológico que poderíamos chamar de novo, mais alto, diferente enfim daquele em que ainda nos encontrávamos no ano passado, quando participamos, com ardor e entusiasmo, das grandiosas manifestações universais com que os trabalhadores e oprimidos do mundo inteiro comemoraram o seu septuagésimo aniversário. É justamente por isso que, hoje, mais do que no ano passado, valorizamos, podemos melhor compreender e avaliar, a importância histórica de termos, vivo e atuante, à frente dos trabalhadores do mundo inteiro, cada vez mais querido e respeitado, o grande chefe e guia do proletariado revolucionário, o camarada Stálin.
Com o Manifesto de primeiro de agosto deste ano. rompemos com os restos do oportunismo e tomamos resolutamente pelo caminho da revolução, levantando bem alto a bandeira da libertação nacional e da conquista da democracia popular que abrirá para nosso povo, liberto dos exploradores nacionais e estrangeiros, uma nova época de paz, de progresso, de liberdade, e o levará vitoriosamente pelo caminho do socialismo. Este o fato novo que nos dá a todos nós, comunistas, uma consciência mais nítida da responsabilidade que pesa sobre nossos ombros e que justamente por isto como que nos aproxima mais ainda do camarada Stálin, o mestre e guia da classe operária, em cuja vida e obra encontramos os ensinamentos de que hoje, mais do que nunca, necessitamos a fim de poder levar a bom termo a missão histórica e gloriosa de nosso Partido.
O camarada Stálin em sua vida de lutador e dirigente da classe operária, tem sido fundamentalmente um educador, o mestre querido de milhões de trabalhadores que foram por ele colocados no caminho do marxismo-leninismo e do internacionalismo proletário.
É ele quem nos ensina que a vitória nunca chega só, mas que precisa ser conquistada, quer dizer, organizada.
“Alguns pensam — diz Stálin — que é suficiente elaborar uma linha acertada do Partido, proclamá-la publicamente, expô-la em forma de teses e resoluções gerais e votá-la unanimemente, para que a vitória chegue por si só, automaticamente, por assim dizê-lo. Isto, está claro, não é certo. É grande erro. Assim só podem pensar os burocratas incorrigíveis. Na realidade, os êxitos e vitórias não foram alcançados automaticamente, mas através de uma encarniçada luta pela aplicação da linha do Partido. A vitória não chega nunca por si só; no caso comum, precisa ser conquistada. Umas boas resoluções e declarações a favor da linha geral do Partido constituem tão somente o começo da obra, já que isso significa apenas o desejo de triunfar mas não a vitória mesma. Uma vez traçada uma linha acertada, depois de haver solucionado com acerto uma questão, o êxito depende do trabalho de organização, depende da organização da luta pela aplicação na prática da linha do Partido, depende de uma acertada seleção dos homens, do controle do cumprimento das decisões adotadas pelos órgãos dirigentes. Sem isto, a linha acertada do Partido e as decisões acertadas correm o risco de sofrer sério prejuízo. Mais ainda: após traçada uma linha política justa, é o trabalho de organização que decide tudo, inclusive da sorte da própria linha política, sua aplicação ou seu fracasso.”
Essas palavras revelam a importância decisiva do Partido, como instrumento essencial e sem o qual as melhores resoluções, a mais justa de todas as linhas políticas, serão reduzidas a nada, porque não poderão passar do papel, sem resultados práticos de qualquer espécie, a não ser a derrota e o insucesso inevitável.
Em seu discurso aos estudantes da Universidade Comunista dos Trabalhadores do Oriente, em 1925, já nos advertia o camarada Stálin que:
“sem organizar os elementos avançados da classe operária num Partido Comunista independente”, “é impossível impulsionar a revolução e conquistar a emancipação total das colônias e dos países dependentes”.
Já teremos, no entanto, todos nós pensado seriamente na significação destas palavras tão claras e precisas de nosso grande mestre? Poderá, por acaso, essa organização independente dos elementos avançados da classe operária surgir e crescer espontaneamente? Evidentemente, não; e isto, porque essa organização independente que constitui o Partido Comunista, não é um simples destacamento da classe operaria como qualquer outro.
“O Partido marxista — como nos ensina ainda o camarada Stálin na História do Partido Bolchevique — é uma parte da classe operária, um destacamento dela. Mas destacamentos da classe operária há muitos, e não a todos podemos considerá-los como Partido da classe operária. O Partido se distingue de outros destacamentos da classe operária, antes de tudo, por não ser um destacamento pura e simplesmente, mas um destacamento de vanguarda, um destacamento consciente, um destacamento marxista, da classe operária, armado com o conhecimento da vida social, com o conhecimento das leis da luta de classes, o que o capacita para conduzir a classe operária e a dirigir sua luta. Por isso, não se deve confundir a parte com o todo, nem pretender que qualquer grevista possa, considerar-se como membro do Partido, pois, confundir o Partido com a classe, equivale a rebaixar o nível de consciência do Partido ao nível de “qualquer grevista”, equivale a destruir o Partido, como destacamento consciente de vanguarda da classe operária. A missão do Partido não é rebaixar seu nível ao nível de “qualquer grevista”, mas sim elevar as massas operarias elevar “qualquer grevista” ao nível do Partido”.
E é justamente aqui que devemos reconhecer o nosso atraso. Precisamos dizê-lo, porque, na verdade, em nosso Partido ainda não compreendemos suficientemente a necessidade do estudo sistemático e metódico da doutrina marxista-leninista e, nestas condições, muito pouco temos efetivamente feito no sentido da construção do próprio Partido. A falta de conhecimentos teóricos em nossas fileiras — de cima a baixo — é uma debilidade enorme que precisa e pode ser corrigida e, isto, não só pelo trabalho organizado da educação sistemática dos quadros e de todos os militantes, como também pelo esforço individual de cada comunista que pode e deve ser sempre um autodidata, em luta permanente pela educação, pela elevação do nível cultural, político e ideológico, através do estudo continuado e persistente da literatura revolucionária e da leitura dos clássicos do marxismo-leninismo. A teoria é accessível a qualquer um, afirma-o o camarada Stálin.
Nas fileiras de nosso Partido já se encontram em grande número o que há de melhor na classe operaria e para elas afluem incessantemente os patriotas das mais diversas camadas sociais que não se conformam com a escravização de nosso povo ao opressor estrangeiro e querem lutar pelo progresso e a independência do Brasil. O heroísmo, a abnegação, o espírito de sacrifício dos comunistas brasileiros têm sido longamente postos à prova e não há dúvida de que é imensa a potência combativa e o valor individual da grande maioria de nossos militantes que continuam a honrar a memória dos mártires e heróis de que se orgulha o nosso Partido. Mas todas essas qualidades pessoais por mais necessárias, altas e nobres que possam ser, por si só, em nada nos ajudarão a levar a revolução à vitória, nada valerão, se nossos camaradas não estiverem armados com a teoria do proletariado de vanguarda, o marxismo-leninismo. É indispensável que baseemos o heroísmo e a audácia revolucionária na convicção científica da justeza da causa que defendemos e é preciso ainda que cada um veja claro e saiba efetivamente o que quer. É indispensável conhecer as leis que presidem ao nascimento, desenvolvimento e fim da formação social capitalista para que se possa mobilizar, organizar e dirigir com acerto a classe operária e demais trabalhadores em sua luta contra os exploradores nacionais e estrangeiros.
Os militantes do Partido que não se instruem, que não sabem organizar o trabalho de maneira a consagrarem sempre algum tempo à própria instrução e a elevação do nível político de seus colaboradores, não são nem podem ser bons comunistas. É certo, no entanto, que a educação política e ideológica dos membros do Partido não é apenas uma questão pessoal. Deve ser uma preocupação constante de todo o Partido como organização, é tarefa precípua de sua direção.
Nosso Partido só poderá cumprir sua missão de organizador e dirigente da luta revolucionária, só poderá avançar com passo firme e conduzir nosso povo para a frente na luta pela independência nacional do jugo imperialista e a conquista da democracia popular na medida em que efetivamente possua a teoria revolucionária do movimento operário e consiga dominar a teoria marxista-leninista-stalinista.
“O conhecimento da teoria marxista — ensina ainda o camarada Stálin — dá ao Partido, dá a cada camarada em particular, a possibilidade de orientar-se dentro da situação, de compreender o nexo interno que une os acontecimentos que o rodeiam; de prever a marcha dos acontecimentos e de discernir não só como e para onde se desenvolvem os acontecimentos no presente, mas também como e para onde terão de desenvolver-se no futuro”.
Essa luta organizada pela posse e domínio da teoria revolucionária do proletariado é o centro e a essência da luta pela construção de nosso Partido — tarefa fundamental que hoje enfrentamos e que precisamos rapidamente realizar em íntima e indissolúvel ligação com a luta diária que travamos a fim de organizar e unir as forças populares e patrióticas em ampla Frente Democrática de Libertação Nacional. A frente única é a palavra de ordem de ação imediata, é tarefa fundamental de nosso Partido no momento atual mas a ela está indissoluvelmente ligada a luta pela construção do Partido como tarefa igualmente fundamental. Só com a compreensão acertada dessas duas questões e de sua inter-relação, dirigiremos com acerto o movimento revolucionário de nosso povo e realizaremos a linha política e tática do manifesto de primeiro de agosto.
Mas construir o Partido é, antes e acima de tudo, lutar organizadamente pela elevação do nível político e ideológico de seus filiados e pela educação teórica de seus quadros. Que ao festejarmos, cheios de júbilo, este aniversário do camarada Stálin, saibamos estudar e assimilar seus ensinamentos a fim de fazermos desta data gloriosa o ponto de partida para uma reviravolta decisiva no sentido de um esforço enérgico e consciente visando acelerar a construção de nosso Partido, como um Partido de novo tipo, estreitamente ligado às massas e consolidado orgânica, política e ideologicamente.
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“A Revolução Socialista de Outubro, que se desenvolveu historicamente no sentido indicado por Lênin e Stálin, abriu largas possibilidades e os meios efetivos para a libertação dos povos de todo o mundo.”
Mao Tse-Tung
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Socialismo e Nível Cultural:
“Se para implantar o socialismo se exige um determinado nível cultural (embora ninguém possa dizer qual é este determinado “nível cultural”), por que, então, não se pode começar primeiro pela conquista por via revolucionária das condições para este determinado nível e “depois”, já na base do Poder operário e camponês e do regime soviético, pôr-se em marcha para alcançar os demais países?”
V. I. Lênin (1923)