Alguns acontecimentos, com o passar do tempo, parecem estar condenados a se assemelhar ao nome que se lhes dá. Tal é o caso da Guerrilha do Araguaia, cujo percurso é tão sinuoso quanto o do rio que lhe empresta o nome. Movimento guerrilheiro de contestação política ao regime militar, concebido, planejado, organizado e dirigido pelo PCdoB, entre os anos de 1966 e 1975, no sul do estado do Pará e norte do então estado de Goiás, hoje Tocantins, a Guerrilha do Araguaia é hoje evocada sempre que se trata de passar a limpo a história recente do país e iluminar os porões do regime militar.

Até 1993, o que ouvimos sobre o tema for a a conta-gotas, reportagens de alcance limitado, versão da organização política que o dirigiu ou memória de alguns poucos sobreviventes. Desde então, assiste-se progressivamente a uma torrente de novidades que começou com as tenebrosas revelações do coronel Cabral (1) na prudente versão romanceada do que presenciara nos idos de 1973-75. No livro, ficara evidente que o silêncio que envolvia aqueles acontecimentos guardava algo muito podre. A revista Veja dera então enorme destaque ao livro (2). Recentemente, o jornal O Globo, num furo fenomenal, trouxe à luz do dia o maior mote de documentos oficiais já divulgados sobre o Araguaia (3), no que foi imediatamente seguido por outros órgãos de imprensa como a Folha de S. Paulo ou o Correio Braziliense, que, por sua vez, publicaram também importantes matérias sobre o tema.

Não foi sempre assim. Ao contrário, a princípio foi formalmente proibida, mais tarde esquecida ou banalizada apenas como mais um exemplo daquilo que seria a vocação para o fracasso da esquerda brasileira, a Guerrilha do Araguaia passou cerca de vinte anos mergulhada no mais completo silêncio, do qual começa lentamente a emergir. Podemos falar de um redespertar para esse evento, e é deveras interessante ver como evoluiu o tratamento dispensado ao mesmo.

À primeira vista, surpreende o reaparecimento da questão. Afinal de contas, nestes tempos ditos de “fim da história”, de “desenvolvimento sem conflitos”, nada mais demodé que evocar temas como a luta armada, guerrilha ou revolução. De fato, numa época em que tantos respeitáveis teóricos anunciam o “fim das utopias”, tal temática portaria um não sei quê de anacrônico,não seria mais que uma sobrevivência anômala de uma época já superada – mais que isso, sem nenhuma relação com o presente ou o futuro.

Consagrando-se integralmente ao estudo, desse espisódio desde 1992 (4), tendo inclusive percorrido a região do Baixo Araguaia durante um mês, quando ouviu quase três dezenas de testemunhas, este historiador sente-se tentado – mais que isso, obrigado a participar do debate que ora se desenvolve. Afinal, não é sempre que um pesquisador pode se rejubilar ao ver que o seu objeto de estudo é alvo de tamanho interesse, acostumado que está, no caso do historiador, a quase sempre se afogar na solidão de arquivos poeirentos, mantendo-se por pesquisas que ele sabe fundamentais, mas das quais a opinião pública, mesmo nas suas parcelas intelectualizadas, tarda a descobrir o valor.

Entretanto, esse artigo não pretende protestar contra a súbita “invasão”do tema, numa manifestação de ciúme intelectual que, de resto, de científico nada teria. Nem tampuco pretende-se discorrer aqui sobre os acontecimentos da Guerrilha: isso seria matéria para uma série de artigos, ou mesmo para um livro. Tentaremos tão sómente contribuir para lançar uma questão no ar: porque o Araguaia resurge agora? Porque essas novidades sobe o assunto agora?

A resposta parece simples. Tal se deveria à discusão em torno do Projeto-Lei no 869/95. Já aprovado de autoria do governo federal, que diz em seu cabeçalho que “reconhece e repara as famílias dos mortos e desaparecidos”. Com efeito, esse é o móvel imediato do debate. Resta ainda saber por que o Araguaia se sobressai, quando não foi a única tentativa de derrubada pelas armas do regime de 64. Por que as demais experiências não brilham da mesma forma?

A esta altua da leitura, os amantes de estatísticas já terão certamente respondido que é óbvio que assim se passe, pois, da relação dos 152 mortos e desaparecidos que a União agora reconhece, 63 se evaporaram às margens do rio Araguaia, o que perfaz cerca de 42% da lista, de onde o súbito interesse geral. Essa resposta nos aproxima um pouco mais da satisfação, pois os números eidenciam o peso significativo desse episódio diante do conjunto de experiências levadas a cabo pela esquerda revolucionária brasileira – ainda mais se considerarmos a cifra oficialmente divulgada está longe de representar um verdadeiro numero de pessoas desaparecidas nessa guerrilha, dos dois lados. Pelas pesquisas que desenvolvemos até aqui, poderiamos adiantar que não menos de 150 pessoas lá pereceram, total que poderia até ultrapassar a casa de duzentos, uma vez abertos os arquivos das Forças Armadas.

A nossa pergunta inicial estaria bem respondida. A Guerrilha do Araguaia teria voltado à cena porque, no leito da discussão levantada pelo PL no 869/95, pela evidência de números revelados, pôde-se resgatar finalmente a sua importância.

Responde, é certo, ao mesmo tempo em que exige explicações sobre algumas lacunas não negligenciáveis que continuam a proura de respostas. Por exemplo: há muito os estudiosos da resistência ao regime militar detém esse dado numérico, e nem por isso as referências à Guerrilha se enriqueceram ou tornaram-se mais profundas. Então, como tais dados não encerram em si nenhuma novidade, como se andássemos em círculos, retornamos ao ponto de partida: por que o Araguaia ressurge agora, se há muito já se tinham as informações sobre sua dimensão?

Tal interrogação se impões quando percebemos que nem mesmo universidades competentes como a do Pará ou a Goiás ou, mais recentemente, a do Tocantins, às quais o assunto concerne diretamente, e desenvolveram esforço significativo para historiar a Guerrilha, que no entanto ocorreu às suas portas (5).

Mesmo a grande imprensa, num primeiro momento silenciada pela mordaça da cencura, desde o fim das restrições, com honrosas e corajosas exceções, tratava a Guerrilha do Araguaia com desprezo. Igualava-a, por exemplo, á chamada Guerrilha de Caparaó de guerrilha mesmo só teve o nome e um monte de intenções frustradas, já que fora descoberta e desmantelada após menos de um mês de preparação, numa operação levada a cabo pela PM de Minas Gerais. Para se ter idéia do absurdo do paralelo, no Araguaia sómente a fase de preparação durara seis longos anos, de 1966 a 1972, e para combatê-la o governo se viu obrigado a utilizar de 1972 a 1975, cerca de vinte mil homens do Exécito, Marinha, e Aeronáutica, SNI, Polícia Federal e Polícias Militares dos estados de Goiás, Maranhão e Pará! Não será exagêro qualificar tais referências de desprovidas de seriedade.

Aliás, a falta de critério e profissionalismo às vezes se manifesta abertamente em artigos recheados de gracejos, não sendo rara as alusões ao Araguaia como sendo uma “mera alucinação de meia dúzia de lunáticos” (6), a ironia do desempenhando aí o papel de couraça para ocultar uma total ignorância sobre o assunto. Poucos como o jornalista Fernando Portela saíram a campo e foram seriamente pesquisar (7).

Se é verdade que a importância histórica de um acontecimento não se mede necessáriamente pelo número de pesoas nele envolvidas, tal fator, todavia, deve ser considerado no mínimo como um indício precioso para aquilatá-lo. Mais ainda quando, além de gritante dimensão numérica relativa de fato, a também longa extensão temporal – seis anos de preparação guerrilheira e mais três anos de combates-, o que, por sí só, bastaría para torná-lo passagem obrigatória para todo aquele que pretendesse discorrer sobre os änos de chumbo”e aquele que ousaram desafiar o poder ditatorial.

Nessas condições, é com agrad’vel surpresa que hoje vemos u dos miores jornais do país assim se referir ao evento: “A palavra Araguaia soa como uma metralhadora para os brasileiros… O vocábulo virou sinônimo de resistência ao regime militar quando batizou o mais importante foco de guerrilha rural…8. Exemplos dessa nova atitude diante do mesmo fato histórico poderiam ser arrolados, pois abundam de norte a sul do país.

Impões-se um esforço intelectual um pouco mais profundo para tentar desvendar o mistério dessa reaparição em grande pompa de um fato até há pouco proscrito ou condenado ao descaso. Para entender o porquê da súbita emersão, talvez seja frutificante debruçarmo-nos sobre o seu longo mergulho.

A Guerrilha do Araguaia, desde que as Forças Armadas iniciaram sua campanha de cerco e aniquilamento, em abril de 1972, foi aprisionada num círculo de fogo visando impedir o vazamentode qualquer informação a seu respeito. Enquanto sobre os outros movimentos de contestação armada apenas alguns lances são ocultados ( ou adulterados ), no Araguaia é o conjunto das informações é escondido e isso de maneira centralizxada, o que explica, por exemplo, que não se encontre nada, ou quase nada, a seu respeito nos arquivos do DOPS já abertos à sociedade.

O que chama a tenção do caso so Araguaia é que as forças de repressão nem sequer tentaram divulgar, mesmo que de maneira deturpada a seu faor, o que se passava nas selvas do Sul do Pará. Em seu Batismo de sangue, Frei Betto conta que com a morte de Carlos Marighella foi anunciada nos auto-falantes de um Morumbi lotado na noite mesma em que for a abatico. A suposta “traição”ao Exército do capitão Carlos Lamarca foi também noticiada, assim como a sua morte no sertão baiano.

Os diferentes sequestros de embaixadores e aviões, assaltos a agências banárias, tudo isso foi precioso material de propaganda de guerra psico-ideológica deflagrada pelo regime contra organizações de oposição radical. No Araguaia não. O silêncio foi o inicio do fim, e até hoje a guerra absoluta. Apenas para que se tenha uma idéia da força do controle que se esxerceu, uma única reportagen conseguiu furar o cerco da censura, antes de 1978/79. Ela apareceu em 24 de setembro de 1972 nas páginas de conservador O Estado de São Paulo, por um descuido da censura, o que acabou sendo um dos motivos de azedamento das relações até então mutuamente cordiais entre o periódico paulista, apoiar de primeira hora o golpe militar.

Uma tentativa de interpretação dessa curiosa singularidade nos conduz forçadamente a duas hipóteses: ou (1) as forças de repressão, com o Exército brasileiro à frente, teriam cometido atos inomináveis, excessos impublicáveis no combate à Guerrolha do Araguaia, vindo daí a recusa da abertura de seus arquivos; ou então (2) a Guerrilha do Araguaia, teria alcançado uma dimensão tal que teria chagado a peocupar seriamente a alta hierarquia militar, e assim sobre ela se guardaria silêncio pelo temor de que se tomasse um exemplo para todos aqueles que sonham com uma transformação radical do país. Pelo que pudemosm verificar até o presente, é na reunião dessas duas possibilidades que poderíamos que encontrar uma explicação razoável para esse tratamento diferenciado.

Essses dois conjuntos de razões explicam o silêncio das forças de repressão, mas nada falam sobre o silêncio da imprenssa e dos acadêmicos após a queda d censura. Aqui penso que tocamos num ponto sensivel: o do preconceito político- ideológico contra o movimento, haja visto a sua declarada filiação marxista-leninista, e sua assumida identidade comunista. Em essência, todas as proporções guardadas, trata-se do mesmo tipo de reação que pode ser observada durante muito tempo em relação, por exemplo, à Guerra dos Canudos. Dizia-se tratar-se pura e simplismente de um movimento monarquista e milenarista-messiânico, portanto de um mero ajuntamento de reacionários e fanáticos.

E assim abreviava-se a discussão, ocultando-se-lhe um caráter político-social em nome de não sei qual prurido, pretensanebte republicano e democrata. A verdade é que o Araguaia perturba a tranquilidade de uma certa interpretação histórica “bem estabelecida”, cheia de falsos consensos sobre as lições e tirar das diversas formas de resistência ao regime militar. Tal interpretação tende de qualificar tudo o que diga respeito à luta armada no Brasil como um estrondoso fracasso, e, por isso mesmo, como uma página definitivamente virada, a ser esquecida, uma vez que atrapalha também projetos políticos particularistas que pensam que estudar um tal movimento fortaleceria este ou aquele partido, esta ou aquela perspectiva política e/ou acadêmica.

É verdade que a história não escapa totalmente ilesa dos mecanismos políticos: ela é desde suas origens, por excelência, um terreno de acirrada disputa político-ideológica, e nada indica que deixará de sê-lo: como diz George Orwell, em seu livro 1984, “quem controla o passado, controla o futuro”. Mas esta não me parece uma boa razão para não praticá-la ou para nela eleger regiões “proibidas”. A história do Brasil pertence ao povo brasileiro que a fez ou a sofreu, que nela tomou paerte. Integra o patrimônio nacional, e nenhum pretexto, por mais “nobre” que seja, é suficientemente bom para negá-la – em parte ou no todo – a este povo e às gerações futuras. Até porque, no fim das contas, serão eles que julgarão não só a história como também os contadores.

Resta ainda mencionar-se a hipótese de uma virtual manipulação na divulgação de documentos sobre a guerrilha e, por conseguinte, em sua repercussão atual. É público e notório o papel das forças armadas nos países do chamado Terceiro Mundo ( e particularmente na América Latina) que opõe setores militares nacionais e interesses geopolíticos norte-americanos. É também um fato que se assiste a uma poderosa campanha político ideológica que parte dos países capitalistas centrais, que visa, em muitos aspectos, fragilizar as soberanias nacionais. Seus temas prediletos no Brasil são a Amazônia, defesa dos povos indígenas etc. Não que esses não se constituam em graves problemas a setem encarados e solucionados urgentemente. Contudo, longe deste autor está a ingenuidade de ver nessa atitude do governo dos Estados Unidos, com seu longo currículo de maior exterminador de índios e devastador da natureza, uma singela preocupação humanitária, democra’tica ou ecológica. O mesmo conteúdo é perceptível na proposta americana de desarticulação dos exércitos nacionais, que por trás de uma fraseologia democratista tenta destruir toda e qualquer força militar que não esteja sob o seu controle direto, e assim estabelecer de uma vez por todas a pax americana.

Assim sendo, em tese, não seria impossível que por detrás dessa repentina vinda à tona de documentos sobre a repressão durante a ditadura militar também se encontrassem interesses escusos, com o intuito de desmoralizar as forças armadas brasileiras (e assim mais facilmente justificar o seu desmantelamento). Entretanto, no que diz respeito ao redespertar de interesse pela Guerrilha do Araguaia, se, por um lado, é importante não alimentar falsas ilusões e estar atento a manipulações, por outro é mister não cair numa visão conspirativa da história, que tanto prejuízo já nos causou, e ver que nem tudo o que acontece é fruto de um plano prévia e maquiavelicamente elaborado.

Dessa forma, o Araguaia não retornaria à superfície apenas por um acaso. Tampouco seria contraditório que essa discussão se desse justamente nesse momento de quase total aridez propositiva no horizonte social, político e histórico brasileiro e mundial. Pelo contrário, seria precisamente desse vácuo que ressurgiria o interesse pela Guerrilha do Araguaia.

Assim sendo, o Araguaia – independente do que se possa considerar em relação ao programa ou às formas assumidas pelo movimento, ou ao que elas possam conter de ultrapassado – representaria, para aqueles que ainda não se conformaram com a proclamada fatalidade de uma certa “nova ordem mundial”, a rebeldia contra o status quo, o valor de se ter um ideal emque acreditar e de a ele se devotar, como fizeram nossos jovens guerrilheiros. Em outras palavras, o Araguaia, supriria a fome de utopia de nosso dias, expressa de forma cristalina na repercussão obtida pela série televisiva Anos rebeldes, assim como nas letras das canções de Cazuza – “Ideologia, eu quero uma pra viver!” – ou dos Titãs – “a gente não quer só comida…”.

Então, da mesma forma que Chiapas (9) tornou-se uma palavra-chave para entender as mazelas do neoliberalismo e todas as novas velhas contradições que ele (res-)suscita, o Araguaia ressurgiria como uma bela idéia não realizada, que merece talvez ser reexaminada e, quem sabe, retomada.

Se a esperança é própria do homem, como pens ao filósofo alemão Ernest Bloch (10), e se estar insatisfeito é a forma mais elementar desse impulso humano fundamental, enquanto que a utopia é a sua forma mais elevada, talvez então esse ressurgimento seja indício de busca de novos horizontes, e que o tempo do “fim das utopias” não tenha mesmo chegado.

GILVANE FELIPE é Mestre em História pela Université de la Sorbonne Nouvelle (Paris III), bolsista da Capes e doutorando em História pela École des Hautes Études en Sciences Sociales,em Paris, França, sob a orientação do Professor-Doutor Ronald Hubscher. Tese: Histoire de la guèrilla de l’Araguaia (Brésil: 1966-1975).

Notas

(1) CABRAL, Pedro Corrêa. Xambioá, guerrilha no Araguaia – novela baseada em fatos reais. Rio de Janeiro: Record, 1993.

(2) Ver “O fim da guerra no fim do mundo”, in Veja, ed. 1309, São Paulo, Abril, 13/10/96, pp. 16-28.

(3) Ver “História secreta da guerrilha”, in O Globo, Rio de Janeiro, de 28/4/96 a 03/5/96. (Foram as edições que pudemos obter até o momento.)

(4) Dissertação de Mestrado (D. E. A.) sobre a Guerrilha do Araguaia, defendida em outubro de 1993 no Instituto de Altos Estudos Sobre a América Latina (IHEAL) em Paris, França, na Université de la Sorbonne Nouvelle.

(5) Solitária e honrosa excessão seja feita à dissertação de mestrado defendida em 1995 por Romualdo Pessoa Campos Filho na Universidade Federal de Goiás, cujo título é A esquerda em armas: história da guerrilha do Araguaia. Com ele pudemos trocar opiniões e tivemos o prazer de conhecer a região onde ocorreu o conflito.

(6) Como exemplo dessa atitude, ver “Imagens oficiais da guerrilha”, in Veja, São Paulo, 08/5/1996, pp. 36-9.

(7) Dele é o primeiro e mais importante relato jornalístico sobre a Guerrilha: Guerra de guerrilhas no Brasil. São Paulo: Global, 1979.

(8) “Os anos de chumbo ainda mancham a selva de Tocantins”, in Zero Hora, Porto Alegre, 10/9/1995, pp. 40-3.

(9) Região do sul do México em rebelião contra o governo daquele país e contra os acordos concuídos por ele com os EUA e o Canadá – NAFTA. Os rebeldes se auto-intitulam Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN).

(10) Das Prinzip Hoffnung, 1959, citado por E. J. Hobsbawn, in: Os revolucionários. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. 2 ed., p. 141.

EDIÇÃO 42, AGO/SET/OUT, 1996, PÁGINAS 29, 30, 31, 32, 33