E a influência africana?, pergunta um tanto irritado o ex-presidente da Tanzânia Julius Nyerere, um dos "sábios" mais prestigiados da África, considerando como "intolerável e inaceitável" a redução do drama histórico em marcha na África central a uma luta de influências entre americanos e franceses (1).

Na realidade, a história vai registrar que, pela primeira vez desde o fim da guerra fria, uma crise de grande amplitude como a do Congo-Zaire foi solucionada pelos próprios africanos. E principalmente pelos da África Austral e do Leste, com forte implicação diplomática de Pretória, que se colocou imediatamente como parceiro privilegiado e mesmo "padrinho" do novo poder. Ela vai registrar também que, pela primeira vez nos anos 1990, uma rebelião armada inverteu em alguns meses um confronto de forças, teve êxito onde todos haviam fracassado, numa advertência aos que, ocupados em atrasar os prazos, a trapacear com as leis e Constituições, e a maltratar suas oposições, podem de agora em diante se defrontar com opiniões públicas em busca de "seu" Kabila…

É mesmo uma "outra África" (2) que tenta se impor no cenário continental, com novos parâmetros: menor atenção às divisões territoriais e recortes ideológicos que favoreceram os tempos áureos e a paralisia da Organização da Unidade Africana (OUA). A ascensão dos desafios em torno das matérias primas minerais, tornadas novamente essenciais à medida que os outros recursos econômicos do continente se esgotavam, sob efeito do desmoronamento dos créditos dos produtores agrícolas, da demografia, da desertificação etc.

Ela também é marcada pelo deslocamento dos eixos geopolíticos para leste – África central, oriental e do leste, novos barris de pólvora – e o sul – uma África austral pacificada, exceção feita à permanente possibilidade de novos conflitos em Angola. Uma oscilação de influência que favorece os Estados "mineiros" (África do Sul, Congo-Zaire, Namíbia, Angola, Zâmbia) e vai em direção ao mundo cultural swahili, em direção ao Oceano Índico e à Ásia, em detrimento dos "petroleiros" (Gabão, Congo-Brazzaville, Camerum, Nigéria) e da África do Oeste (3).

Uma África encarnada por uma nova geração de dirigentes – etíopes, eritreanos, ugandeses, congoleses, sul-africanos (4) – às vezes legitimados pela luta armada de libertação contra a ocupação estrangeira ou contra regimes impopulares. Mais pragmáticos, mais dirigentes do que profetas, combinando às vezes – com eficiência – economia liberal e partido único (5). Para muitos deles, como assinala o historiador britânico Basil Davidson, a primeira fase da independência teria sido uma espécie de impostura (6). Eles se sentem mais naturalmente próximos da cultura e das redes de negócios anglo-saxões, portanto mais diretamente envolvidos com a globalização.

Os dirigentes dessa "nova ordem" têm em comum uma homogeneidade comportamental e de pensamento, longe, por exemplo, das fragmentações político-linguistas alimentadas por muito tempo pelas antigas potências coloniais. Alguns – Uganda, Ruanda, Angola e mesmo Zâmbia – tentaram com sucesso, graças à crise do Zaire, uma diplomacia secreta, inclusive armada, para inverter o destino de um dos gigantes da África, preso há sete anos em uma transição política bloqueada, às voltas com um ditador que se tornou o símbolo internacional de uma África detestada ou desprezada. Para essas equipes dirigentes, o continente – longe do afro-pessimismo ocidental – lançou-se justamente a um “renascimento”, expressão que impressionou a cúpula da OUA de 2 a 4 de junho, no Harare (Zimbawe) (7).

Após o extermínio, em Ruanda, em 1994, de centenas de milhares de tutsis, semelhante aos grandes genocídios do século (armênio, judeu, cambojano), essa "volta ao Congo", em maio de 1997, terá a configuração de uma verdadeira revolução, na região dos Grandes Lagos africanos e em todo o continente.

O desmoronamento do "sistema Mobutu" e o "efeito Kabila" terão conseqüências duráveis sobre os últimos aliados do marechal. Jonas Savimbi, líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), durante décadas usou o sul do Zaire como base de retaguarda. Em troca, emprestou centenas de combatentes, nos meses anteriores à queda de Mobutu, para tentar deter o avanço dos homens da Aliança das Forças Democráticas de Libertação do Congo, correndo o risco de prejudicar sua frágil reconciliação com o presidente angolano Eduardo dos Santos. Agora, está mais isolado do que nunca, privado daquele asilo (8). Daniel Arap Moi, o chefe de Estado queniano, que imprudentemente acusou os protagonistas da crise do Zaire de estar "mais interessados nas riquezas desse país do que no seu bem-estar", já foi tratado por Laurent-Désiré Kabila como "outro Mobutu, desgastado pelo poder e o roubo (9)". O presidente do "pequeno" Congo, Pascal Lissouba, também era próximo ao ex-marechal. Seu país, desestabilizado pelo afluxo de refugiados ruandeses ou ex-zairenses, entrou a 5 de junho último em uma guerra civil comparável à de setembro de 1993 a fevereiro de 1994, que fez duas mil vítimas em Brazzaville As milícias dos três candidatos à eleição presidencial, prevista para o dia 27 de julho, enfrentam-se nos combates, usando armas pesadas (10) – no fim de outubro, Lissouba foi deposto pelos guerrilheiros do ex-presidente Denis Sassou Nguesso (nota da redação de Princípios).

Aconteceu o mesmo no pequeno mundo dos chefes de Estado de influência francesa moderada – entre os quais o presidente de Camerum, Paul Biya, então presidente-fantasma em exercício da OUA –, que nada pode fazer para ajudar a resolver a crise, a não ser reunir muito tarde – como um sindicato de dinossauros exaustos –, em torno de Mobutu, por iniciativa do presidente do Gabão, Omar Bongo, para apadrinhar uma última e ridícula manobra (11), imediatamente varrida pela entrada em Kinshasa dos "pequenos homens verdes" da Aliança rebelde.

Essa impotência dos francofonos foi semelhante à da sua "madrinha", a França, privada não só de uma política mas também de credibilidade durante a crise na região dos Grandes Lagos. O governo francês ficou reduzido a reclamar sozinho, no vazio e sem descanso – de novembro de 1996 até a entrada dos rebeldes na capital, a 17 de maio último –, uma intervenção militar-humanitária. E ficou prisioneiro de uma incompreensível teimosia em apoiar Mobutu, qualificado de "incontornável" até algumas semanas antes de sua queda (12). No campo dos vencedores, estava Laurent-Désiré Kabila, extraordinário sobrevivente das lutas das primeiras horas da independência, e irresistível "derrubador" do regime zairense, graças a uma tática especialmente eficaz: primeiro a destruição dos campos de refugiados ruandeses de Leste, depois a tomada do controle das minas do sul e do Centro, e a entrada nas cidades principais.

Nesse campo estavam também, principalmente, seus "mentores" militares e políticos, os governos ugandense, ruandês e burundês. Os planos de guerra foram estabelecidos em Entebbe e Kigali; um grupo treinado foi emprestado à Aliança, além de armas, munições e unidades militares enviadas para operar diretamente, principalmente nas zonas fronteiriças. E também os aliados militares discretos (os governos angolano e zambiano), seus protetores de prestígio (Nelson Mandela e o antigo presidente da Tanzânia, Juliu Nyerere) ou distantes: os Estados Unidos multiplicaram os sinais de acomodação, abriram o caminho para suas companhias de mineração, convenceram o Marrocos a não auxiliar mais uma vez seu "amigo" Mobutu, e conseguiram evitar o desencadeamento de uma operação militar internacional suscetível de deter a marcha dos combatentes da Aliança.

Haverá um "preço a pagar" pelo apoio ruandês: a destruição dos campos, a orientação dos refugiados para uma volta forçada ao país, que provocou o espetacular êxodo de dezembro de 1996, ou a fuga desesperada nas florestas do Leste e, para alguns, até as fronteiras da África Central e do Congo-Brazzaville, a dois mil quilômetros, sempre ameaçados pela possibilidade deixada aos comandos especiais ruandeses – composta de tutsis – de "acertar suas contas" com os hutus, vingança que atinge mulheres, velhos e crianças, com o assassinato ou "desaparecimento" de dezenas de milhares.

"O efeito Kabila", a auréola do guerrilheiro-libertador, parece ter provocado o envelhecimento de estruturas de poder africanas numa época onde o ajuste econômico imposto pelo FMI e a aplicação mecânica das receitas da democracia ocidental deixam pouco espaço para o heroísmo. A dignidade reencontrada, o chamamento do espírito de Patrice Lumumba (13), a manutenção da unidade de um gigante que parecia condenado à decomposição, são acompanhadas minuciosamente de uma recomposição regional. Dotados de potencialidades naturais e humanas consideráveis, os principais países da África Central, Oriental e Austral esboçam um "mercado comum africano", defendido – na cúpula da OUA – pelo presidente de Uganda, Yoweri Museveni, que poderá apagar as fronteiras entre anglófonos e francófonos: "O grande vazio no meio da África acaba de ser preenchido. Pode-se construir estradas de leste a oeste, do norte ao sul (14)".

Para uma grande parte dos regimes do "renascimento africano", cuja tendência é repelir a democracia como uma "idéia ocidental", o pluralismo político não é em si um parâmetro universal: as eleições um luxo fora de alcance se não existirem condições mínimas de bem-estar – não são o vetor obrigatório da representação social e da divisão do poder.

Um dos seus principais líderes, Yoweri Museveni apoiou a proibição dos partidos políticos no Congo, considerando que eram "sectários" e constituídos sobre "bases tribais": é o momento, diz, da África sair desse estágio "característico dos países pré-industrializados” (15). Uma concepção retomada, com mais reserva, pelo antigo presidente Julius Nyerere: "Nossos amigos ocidentais devem parar de nos dar lições (…) Nós vamos começar com eleições relativamente livres e democracias relativamente livres (16)". "Implosão", "perda da razão", "suicídio": a batalha entre as milícias – "cobras" e "zulus" – no Congo Brazzaville, desde 5 de junho último, tendo como fundo a disputa entre as etnias e o petróleo, antecipou o veredito eleitoral, ao qual nenhum dos dois principais contendores parecia aceitar se submeter, num país onde "a consciência nacional se atomizou em regiões, tribos e irmandades" (17). Isso constituiu um outro choque, tocando novamente no âmago do sistema franco-africano, centrado a alguns anos nas "transições", nas eleições, e na defesa das "novas democracias". O conflito de Brazzaville, da "França livre", com seu viés anti-francês – vindo depois dos repetidos motins na África Central e das contestações eleitorais no Mali ou na Nigéria – corre o risco de marcar simbolicamente o fracasso da "democracia" importada.

"Destruição", "isolamento", "abandono", "desastre", "fiasco", esse "fracasso" da França na África segundo as manchetes em moda nesses últimos meses na imprensa – é fruto de concepções geopolíticas antiquadas, centradas na defesa direta dos interesses petrolíferos, no isolamento do Islã, até mesmo no "avanço anglo-saxão". A contradição tornou-se insustentável entre os fundamentos de uma política apresentada como universalista e generosa e os empecilhos postos à circulação e ao comércio (exigência de passaportes e vistos, expulsões de africanos por vôos fretados etc). Ou o imobilismo de um dispositivo militar intacto desde as independências e de uma diplomacia muito tempo dividida entre múltiplos centros de decisão, algumas vezes privados, muitas vezes secretos, sempre concorrentes.

Crise de confiança

É também uma crise de confiança depois de ter abandonado a seu destino regimes amigos, da desvalorização "histórica", em janeiro de 1994, do franco CFA, e do abandono
do "fardo do homem branco" aos peritos das instituições de Bretton Woods, como o FMI. E a paralisia, nesses últimos anos, de uma rede de forças e de bases militares única no gênero, que era considerada perita em "resolver problemas", de "apagar incêndios" e desencorajar as veleidades de desordens nos países do "campo", mas cuja única missão inteligível parece ter sido a retirada dos cidadãos europeus (18).

Os socialistas franceses querem fazer evoluir essa política africana desastrada, um sistema de relações "que tem resquícios de colonialismo", segundo o novo Secretário de Estado para a Cooperação (19), que não tem mais condições de antecipar as crises e de contribuir para regulamentá-las nem assegurar à França uma credibilidade suficiente junto às novas potências do continente – a África do sul, o Egito, a Nigéria, no futuro a República Democrática do Congo.

Tendo que dividir o governo com um presidente de direita, no quadro de "coabitação", os socialistas franceses tiveram que renunciar, por exemplo, a integrar o Ministério da Cooperação ao das Relações Exteriores, uma de suas antigas bandeiras, que daria forte sinal de "normalização" das relações franco-africanas. Mas, "com a faca na mão aos pés do altar, eles recuam sem ousar executar o sacrifício", escreve Jeune Afrique. "Por que mexer no símbolo e amedrontar os últimos fiéis africanos que ainda acreditam, ou fingem que acreditam, que a França os protege?" (20).

Os novos dirigentes franceses ainda esperam tirar a política africana do "domínio reservado" onde esteve confinada desde o início da Quinta República.

Muitos fatos, nesses últimos meses, mostravam que o desejo de uma "pax" africana começa a tomar corpo: as intervenções de países "amigos" para facilitar a mudança de regime no ex-Zaire, a tentativa do exército nigeriano – sob a bandeira do Ecomog, a força oeste-africana da intervenção – para restaurar o regime civil em Serra Leoa; a instalação, após os motins na África Central, de uma missão para a aplicação dos acordos de Bangui (Missab); ou as primeiras manobras em comum dos países da África austral, em abril deste ano, no Zimbábue, para provar a aptidão dos africanos em montar operações de paz sem ajuda ocidental. Paralelamente, Paris, Washington e Londres calaram suas divergências concluindo discretamente, a 23 de maio, um acordo sobre a ajuda a alguns países africanos "voluntários e capazes de fornecer no mínimo um batalhão" (21).

A concorrência entre a França e os Estados Unidos no continente negro – outro dado político novo, depois de décadas de complementaridade durante o confronto Leste-Oeste, quando Washington deixava para Paris a incumbência de ser o "policial da África" (22) – leva a capital francesa a imaginar novas formas de parceria, para que não se perpetue a situação paradoxal evocada pelo secretário de Estado francês para a Cooperação, Charles Josselin: "A França traz o principal para a ajuda, mas são os Estados Unidos que recuperam as bases econômicas (23).

O antigo secretário de Estado americano Warren Chistopher, durante sua primeira visita à África, em outubro de 1996, chocou certamente o lobby "França-África" declarando "ultrapassada a época em que a África podia ser dividida em zonas de influência". Mas ambos reconhecem que há muitas "coisas por trás disso": "objetivamente, eles têm razão", afirma o antigo ministro da Cooperação, Jacques Godfrain, que tinha polemizado fortemente com o chefe da diplomacia americana. "A partir do momento que nós preconizamos a abertura da África, que estendemos à zona francesa os critérios do FMI e do Banco Mundial, era de se esperar que acontecesse isso" (24). É espantosa no entanto a facilidade com que a diplomacia americana conseguiu “juntar pedaços" na África, e apoiar sem complexos um "revolucionário" como Kabila, em vez de um dos antigos cruzados do Ocidente, o presidente Mobutu Sese Seko, "criação" da CIA. Mesmo se, como o indicava cruamente em abril último o porta-voz do Departamento de Estado, "a razão de ser da amizade com ele acabou junto com a guerra fria".

É certo que nesses últimos anos, "escolhendo" também os ex-guerrilheiros Zenawi na Etiópia, Museveni em Uganda ou Afeworki na Eritréia, Washington parece ter seguido principalmente seu único grande objetivo geopolítico africano: o isolamento e se possível a desestabilização do Sudão islâmico, agindo sobre o conjunto dos seus vizinhos, ainda que com o risco de um conflito geral da parte oriental do continente (25).

Para Washington, o essencial é a abertura dos mercados, ainda inexplorados devido ao habitual arsenal de leis, planos, fóruns, preferências alfandegárias, acordos de livre-comércio. Uma conferência sobre a África, organizada por um lobby afro-americano em nome de "laços emotivos" com o continente, precedeu por alguns dias a cúpula dos 8 Grandes (G8) em Denver (Colorado), de 20 a 22 de junho, onde o presidente Clinton lançou pela primeira vez uma "proposta para a África". E cada ano, agora, uma "cúpula africana afro-americana" celebra, paralela à grande "missa" política da cúpula anual franco-africana, as virtudes da "volta" dos homens de negócios americanos à terra de seus antepassados, mesmo que – por enquanto – esse intercâmbio só represente 1% do comércio exterior americano…

* Jornalista na Rádio France Internationale, Paris. Este artigo foi publicado originalmente em Le Monde Diplomatique, julho de 1997. A tradução é de Nair Almeida Salles.

Notas

(1) Le Monde, 21 de maio 1997. A transferência do poder no Zaire foi "do começo ao fim um assunto africano, e os ocidentais ficaram quase impotentes", notou o ex-presidente da Tanzânia.
(2) L'Autre Afrique é o título de um novo hebdomadário pan-africano editado em Paris desde maio de 1997.
(3) VALLÉE, Olivier. Les Gemmocraties: l' économie politique du diamant africain, Deselée de Bronwer, Paris, 1997.
(4) É o caso de Thabo Mbeki, vice-presidente sul-africano, provável sucessor do presidente Nelson Mandela.
(5) LEWIS, Flora. The International Herald Tribune, Paris, 30 de maio de 1997.
(6) DAVIDSON, Basil. "Kabila, une chance pour l'Afrique", Jeune Afrique, 14 de maio de 1997.
(7) As duas estrelas foram o presidente sul-africano, Nelson Mandela e o novo presidente da República Democrática do Congo, Laurent-Désiré Kabila.
(8) SOUDAN, François. "Après Mobutu, Savimbi?", Jeune Afrique, 11 de junho de 1997. Houve combates entre forças da Unita e soldados do exército angolano no início de maio na província diamantífera de Luanda Nome. E, em Luanda, a recente coalizão governamental parecia fragilizada com cenas de pugilato na Assembléia Nacional, a 11 de maio.
(9) Agência de Notícias do Quênia, 19 de abril de 1997.
(10) Os três candidatos são Pascal Lissouba, atual presidente, Bernard Kolelas, prefeito de Brazzaville e Denis Sassou Nguesso, ex-chefe de Estado, que aspira a fazer parte do pequeno grupo dos antigos presidentes "vermelhos" – "espectros transfigurados" que, como o general Mathieu Kerekoo, no Benin, ou o almirante Didier Ratsiraka, em Madagascar, voltaram ao cenário político em um quadro institucional agitado e graças a eleições.
(11) Tratava-se, em acordo com Paris, de favorecer o ressurgimento tardio de uma "terceira força", entregando o poder ao antigo presidente do Parlamento de transição, Monsenhor Monsengwo, arcebispo de Kisangani.
(12) Esta tese do chefe da diplomacia francesa da época, Hervé de Charente, de março de 1992, foi muitas vezes lembrada pelos críticos da política africana da França.
(13) M'BOKULO, Elikia. "Aux sources de la crise zairoise", Le Monde Diplomatique, maio de 1997.
(14) Agência France-Presse, despacho de Kinshasa, 30 de maio de 1997.
(15) Yoweri Museveni homologou por um referendo, em Uganda, a suspensão dos partidos políticos.
(16) Le Monde, 21 de maio de 1997.
(17) SMITH, Stephen. "L' implosion prévisible d' un peuple à la dérive", Libération, 9 de junho de 1997.
(18) OSTENDHL, Inger. La France dans l'Afrique de l'après-guerra froide: interventions et justifications, Nordic Africa Institute, Uppsala, 1997. A "proteção aos refugiados" serviu por muito tempo como biombo para intervenções políticas, como demonstra este estudo de intervenções francesas no Gabão, Togo, Zaire e Ruanda.
(19) France-Inter, 11 de junho de 1997.
(20) GAILLARD, Philippe. "La coopé est toujours debout", Jeune Afrique, 11 de junho de 1997.
(21) Libération, 6 de junho de 1997.
(22) MARINGUES, Michèle. "France et Etats-Unis en Afrique", Le Monde, 11 de junho de 1997.
(23) Conferência no Le Monde, 14 de junho de 1997. Levando em conta a porcentagem de seu produto nacional, a França gasta em ajudas diversas para a África dez vezes mais que os Estados Unidos.
(24) Conferência em Politique Internacionale, n. 75, Paris, verão 1997.
(25) BAYART, Jean-François. Le Nouvel Observateur, 15 de maio de 1997.

EDIÇÃO 47, NOV/DEZ/JAN, 1997-1998, PÁGINAS 28, 29, 30, 31, 32