Logo Grabois Logo Grabois

Leia a última edição Logo Grabois

Inscreva-se para receber nossa Newsletter

    Comunicação

    O CAMPONÊS

    Arrebatada a última semente, o que me sobrará? O chão e a fertilidade de sua secura? O sol e a infelicidade de sua presença? Ou a fome e a impunidade de seus delitos? Ninguém veio e nem virá acudir os meus olhos e plantar meus sonhos. Destas veias feitas em braços é que vão brotar […]

    POR: Elder Vieira

    1 min de leitura

    Arrebatada a última semente, o que me sobrará?
    O chão e
    a fertilidade de sua secura?
    O sol e a infelicidade de sua presença?
    Ou a fome e a impunidade de seus delitos?

    Ninguém veio e nem virá
    acudir os meus olhos
    e plantar meus sonhos.
    Destas veias feitas em braços
    é que vão brotar o meu destino
    e a vereda que nele se destina.

    Calada a boca da fome,
    dividida essas sesmarias,
    atados os punhos da injustiça,
    sobrar-me-ão
    a fatalidade da colheita
    e as glórias do verão;
    as cantorias de viola
    e o vôo de meus grãos.