A passeata
Um deus violento
rompe a tarde
e seu mormaço;
estende seu corpo
pela avenida edificada
e urra
como um bicho impossível,
faminto de alegria:
a passeata,
esgarçando-se e se contraindo,
avança e estanca;
serpenteia
pela avenida.
Trama,
com os fios das
horas presentes,
o amanhã diverso
e inadiável.