O mais que façamos
é tudo que nos basta.
A carregar esses homens
por tantos caminhos afora,
a golpe de fogo e soleira de verão,
vagamos nós, bois enfermos
e famintos,
donos de nenhum destino
e senhores de tantas areias.
Ah, se nossa sorte fosse mais branda
e nossos ossos menos aparentes…
Não estaríamos tão calmos
e tão mansos
quanto nossos olhos.

Carrear esses homens;
suportar-lhes a carne
por sobre as rodas que carregamos;
gemer com os eixos desses carros
até que a morte nos apeteça
e definhemos
neste último lugar…

eis o que nos resta
neste próprio findar.