O barraco
23 de dezembro de 2002
Há uma fome na vida da
gente que penetra e é
tudo.
Há muita coisa na vida da
gente pra fazer chorar…
Há muita coisa…
Há um quê nos ares da gente
que entristece, que anoitece
e que, quando amanhece, já não tá mais lá.
Há esses porquês e esse povo
que existe e não há.
Há muita coisa…
E nessa muita coisa há um cheiro
de porquê. Por que
há esse povo e esse cheiro
de porquê?…