Do casarão desmontam suas pedras.
Ao golpe da marreta,
no claro olho do meio-dia,
a porta abre sua semente
para o céu
e perpetram os homens o seu futuro.

O casarão remonta à sua época:
Sob fios que conduziram bondes
ele teceu mil trajetos
e o retrato de toda uma memória
e tempo.

Hoje, o que o dinheiro construiu
o dinheiro despedaça.
Os homens espremem seu fruto.
E a história destas cidades daqui
muta-se em altos espigões.