O mar nos aproxima da vida
e assim próxima de nós
vem e vai em seu gigante sortilégio.

Beija a terra que no ventre
o sustenta;
busca inutilmente o céu
com seus braços de espuma;
traz nos vagalhões encrustados
seus sonhos e nossos desejos
(uma garrafa? um enigma?)

e recua, em maré vazante,
para a solidão líquida
de seu corpo e seres aquáticos.