E desses sentimentos do mundo
fizeram a vida: um, sentimento
de nada, de tédio, de cansaço
terreno; outro, sentimento de
vida. Mas não essa que pulsa e move
as articulações, os medos. Não a que
se precipita nos estômagos –
combustível matéria. Não.
A vida de que falo é aquela
marcada no sorriso. Aquela que
só é e pode ser rebuliço de
gente na feira; que é e só pode
ser rebuliço de vozes na
praça; que só pode ser o rebuliço
de pernas e punhos nas
ruas reclamando pão, reclamando
a própria vida. (Não a esfarrapada,
a faminta. Não a escorraçada e a
dividida.)

Vida, só vida
– e tudo que ela implica.