Quem diz da palavra árida o seco, diz eco de outras eras e heróis: diz: dos contrafortes de areia, do mato ralo da catingueira, do mediterrâneo de sol e gretas. Diz do halo das campinas pouca xícara. Diz do céu afamado todas as tintas. E o couro. E as fitas, saias ramadas, alegrias findas.

      Quem diz árido, diz úmido, túmido sul: carnes transmigradas, córregos onde despejar dejetos, carroça de entulho e lixo, esmola. Algum trabalho na obra, preparando massa, erguendo muros, separando a vida.

      Quem diz do árido, diz gente: talhada em barro, riscada a giz.