Mephistópheles, o diabo interessado em comprar a alma de Fausto na obra de Goethe, talvez tenha se desinteressado pelo gênero humano e, hoje em dia, embora exista muita gente querendo vender a alma, está difícil encontrar um diabo que queira comprar.

      O desemprego e a incerteza, aliados a apologia das "soluções" individuais (ou individualismo), enfim, toda a barbárie que emergiu das catacumbas, criou um ambiente favorável para o criame desse personagem popularmente conhecido como camaleão, mas, não digo isso por qualquer intenção moral ou moralista e, está claro que não falo de uma proliferação natural.

      Em todo o caso, seja pelo aspecto tragicômico da vida contemporânea ou por apenas auto defesa, é sempre interessante estar atento à performance dos camaleões.