Eis que retornamos. Depois de trinta dias fora, é hora de botar a conversa em dia.

      Digo aos leitores que foi um descanso razoável, onde pude ler alguma literatura e brincar com minha filha. Não, não viajei. Pra não dizer que não saí da cidade, fui ao litoral curtir um final de semana. E só. O resto dos dias, fiquei por aqui, observando o movimento, olhando os outros trabalharem, indo ao cinema no meio do expediente, acordando tarde.

      É curioso ver as coisas pela ótica do apartado, do que já não pertence mais ao império do relógio, mesmo que temporariamente. É como estar colorizado e em slow-motion numa película em preto em branco, cujos personagens andam a ritmo de cinema mudo. Quando você menos espera, se dá conta do ridículo de certas situações, iras, marcações de toca. E percebe que , estando no nível do caos cotidiano, é parte desta luta de todos contra todos.

      Eis que me reincorporo a turba, pois. E reassumo meu posto, modesto, de contador de nossas pequenas glórias e imensas misérias.

      Então, sede vós, leitores, bem-vindos a casa minha. Entrai.