Guisado de conjuntura
Dona Idalina pôs os teréns pra fora e gritou:
– Iranildi! Ô, Iranildi!
– Nhóra!
– Traz a caçarola de estanho, minha filha!
Enquanto armava a trempe, chegou a menina:
– Vai cozinhar o quê, maínha?
– Língua.
– Língua?
– Sim. Minha boca chega tá minando.
– E essa língua é de onde? Do planalto?
– Não, minha filha. É da fazenda. Da fazenda é maior.