Onde o tempo medra e enfruta,
mora o homem imerso em fadário,
que rola ladeira abaixo, involuntário,
e morre na roda imensa da pena injusta

aplicada por quem mora além da Terra curta
e onde vige o mundo e seu contrário;
onde se produz pomos imaginários
com que um anjo armado a vida enluta.

No âmago de uma sina inteira de labuta,
habita, pois, um deus triste e refratário
que torna a jornada humana água turva:

Cansado do jogo cósmico solitário,
combate a eternidade vil, sem salário,
colocando a cristandade em disputa.