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    Comunicação

    Ehhh hehh carteirada!

          Conta-se que num dia desses numa churrascaria no Rio de Janeiro uma senhora sentindo-se ultrajada por um rapaz que fumava charuto na área de fumantes exigiu que ele apagasse o charuto. Vendo que não seria atendida, apelou para o conhecido: "Você sabe com quem está falando?"       A mulher é mãe de uma delegada […]

    POR: Redação

    2 min de leitura

          Conta-se que num dia desses numa churrascaria no Rio de Janeiro uma senhora sentindo-se ultrajada por um rapaz que fumava charuto na área de fumantes exigiu que ele apagasse o charuto. Vendo que não seria atendida, apelou para o conhecido: "Você sabe com quem está falando?"

          A mulher é mãe de uma delegada da cidade e ligou imediatamente para filha que enviou prontamente mais de uma dezena de policiais em verdadeira operação de guerra (para apagar o charuto?). Vai daí que o rapaz estava acompanhado pelo pai, um Coronel da reserva, que decidiu entrar na disputa pra ver quem tinha a carteirada mais forte, num verdadeiro festival estupidez.

          A cultura da carteirada é afilhada da desajustada relação entre o público e o privado, que no Rio de Janeiro tem em sua genealogia a curiosa figura Major Vidigal, personagem real do início do século XIX e que aparece delineado em ficção em Memórias de um Sargento de Milícias, uma delicia de leitura numa estória tanto menos ridícula que a situação protagonizada pelos personagens da churrascaria.