Metáforas ao Frei
3 de janeiro de 2005
Não duram muito os ventos das montanhas:
logo se contaminam da perplexidade da pedra
e penetram-se de mistérios sólidos que os paralisam.
Estátuas de ar,
cristalizam
no tempo
sua própria incapacidade de movimento.
Ao fim, não sobra nada.
Talvez algo sobrasse,
se ao menos pairassem nas ínferas pastagens da dúvida.