Ação de graça
22 de dezembro de 2005
Agradeço à bala perdida por não ter acertado
meu crânio quando saía pela portaria do prédio nessa
manhã. Agradeço ao poeta Ferreira Gullar por acreditar
na certeza que o homem fica brocha e morre, e por fim,
agradeço à fantasia dos que acreditam que as balas
perdidas podem ser desviadas.