Luminária
esta lua de inverno
cárie na boca do sertão
na escuridão torta e estatelada
é o nosso pobre sol de maiakóvski
rodela de prata
vintém terrorista
detergente
proletária
solta lá no céu é só uma gravura na sala de estar periférica
um desagravo – desagregado SATÉLITE
ofuscada e fraca parece que pisca
mas luminará para toda a ETERNIDADE!
que ela brilhe mais que a fome, que a seca e que a morte
!que seja ela o lema que me leva!
vá prafÓra,
!PRO ESGOTO
o oco negro que me chama
do shamisem de chamas de Times Square!