Nunca nada
“Nunca dirija um carro
se estiver morto”.
Jamais o desloque
por ruas e estradas
se não estiver dentro
– aceso, dentro
de si mesmo,
como um incêndio.
Nunca fale
em tom solene e grave
estando certo
de que o tom não cabe.
Nunca esteja certo
de que sabe tudo
se não estiver ciente
de que nada sabe.
Nunca diga `a sombra
que vai despedi-la
sem pagar as contas.
Nas idas e vindas,
nunca siga alguém
que esta perdido.
Brasigóis Felício, é goiano, nasceu em 1950. Poeta, contista, romancista, crítico literário e crítico de arte. Tem 36 livros publicados entre obras de poesia, contos, romances, crônicas e críticas literárias.