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    Falso Profeta, insone, Extraviado, Vivo, Cego, a sondar o Indecifrável: e, jaguar da Sibila- inevitável, meu Sangue traça a rota desse Fado. Eu, forçado a ascender, eu, Mutilado, busco a Estrela que chama, inapelável. E a pulsação do Ser, fera indomável, arde ao Sol do meu Pasto- incendiado. Por sobre a Dor, Sarça do Espinheiro […]

    POR: Ariano Suassuna

    1 min de leitura

    Falso Profeta, insone, Extraviado,
    Vivo, Cego, a sondar o Indecifrável:
    e, jaguar da Sibila- inevitável,
    meu Sangue traça a rota desse Fado.
    Eu, forçado a ascender, eu, Mutilado,
    busco a Estrela que chama, inapelável.
    E a pulsação do Ser, fera indomável,
    arde ao Sol do meu Pasto- incendiado.
    Por sobre a Dor, Sarça do Espinheiro
    que acende o estranho Sol, sangue do ser,
    transforma o sangue em Candelabro e Veiro.
    Por isso, não vou nunca envelhecer:
    com meu Cantar, supero o Desespero,
    sou contra a Morte e nunca hei de morrer.

     
    Fonte: www.interpoetica.com