Morcego morto
30 de janeiro de 2009
Flor de veludo pisada. Ontem
silvo na noite. Agora
penugem fria.
Junto às rosas, assistido
pelo agudo sonho
dos gatos, sob o afiado sol,
apodrece.
Ontem vôo maldito. Agora
espectro varrido.
Habitante
da morte inconsútil.
O dia
claro te vê, consome
e guarda.
Melhores poemas
Walmir Ayala
Seleção: Marco Lucchesi
Global Editora – edição 2008