A crise em debate: uma mensagem da Fundação Maurício Grabois
Co-promotora do Seminário Internacional sobre a Crise Mundial, a Fundação Maurício Grabois destinou uma mensagem de agradecimento a todos os participantes. “As exposições, os debates, contribuíram para a sistematização do significado e das consequências desta maior crise capitalista desde 1929, dos seus impactos nos distintos continentes”, destacou a nota da fundação, assinada por seu presidente, Adalberto Monteiro.
Co-promotora do Seminário Internacional sobre a Crise Mundial, a Fundação Maurício Grabois destinou uma mensagem de agradecimento a todos os participantes. “As exposições, os debates, contribuíram para a sistematização do significado e das consequências desta maior crise capitalista desde 1929, dos seus impactos nos distintos continentes”, destacou a nota da fundação, assinada por seu presidente, Adalberto Monteiro.
Amplo, denso e representativo, o encontro ocorreu nos dias 20 e 21 de junho, levando quase 300 pessoas ao Hotel Braston, no centro de São Paulo. Em parceria com a Fundação Maurício Grabois, o Seminário Internacional sobre a Crise Mundial foi promovido também por PT, PCdoB, Fundação Perseu Abramo e Ipes/Corint.
Leia abaixo a íntegra da nota
A Fundação Maurício Grabois, honrosamente, partilhou a realização deste Seminário Internacional sobre a crise mundial com a Fundação Perseu Abramo, com a Rede Ipes/Corint, da França, com o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), com o Partido dos Trabalhadores (PT). Nosso esforço foi no sentido de oferecer um temário que perscrutasse sob diferentes ângulos a presente crise do capitalismo. As exposições, os debates, contribuíram para a sistematização do significado e das consequências desta maior crise capitalista desde 29, dos seus impactos nos distintos continentes.
Talvez “para onde vai o mundo?” tenha sido a pergunta maior neste aspecto. Nesse sentido, quais são as tendências principais? Irá prevalecer uma nova ordem mundial, mais favorável à paz, mais favorável ao direito dos povos à soberania, ao desenvolvimento? Ou seguirá o planeta regido pela supremacia de uma única superpotência, os Estados Unidos da América, que ao longo das últimas duas décadas exerceu uma tutela férrea e nefasta sobre o mundo?
A esquerda seguirá lutando, em todos os continentes, contra a velha receita das grandes potências capitalistas de jogar sobre os ombros dos trabalhadores e dos povos os prejuízos da crise. Na sexta-feira, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) anunciou que, devido à crise, “pela primeira vez na história da humanidade, mais de um bilhão de pessoas, concretamente 1,02 bilhão, sofrerão de subnutrição em todo o mundo". Por outro lado, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresenta estimativas que variam de 18 milhões a 50 milhões de novos desempregados só neste ano. São dados que, por si só, evidenciam os limites históricos do capitalismo e impõem a busca de alternativas.
Por isso, além de dissecar a crise, interpretá-la, este seminário foi concebido para alimentar com ideias a jornada libertária dos trabalhadores e dos povos. A par dos danos, dos riscos, das ameaças, a crise, dialeticamente, também descortina possibilidades às nações e aos trabalhadores. Quais as alternativas da esquerda frente à crise? No concreto, quais são as reações de conteúdo patriótico, democrático e popular que têm se aflorado nos diferentes continentes?
Com especial interesse, examinamos a respostas dos governos progressistas e dos movimentos sociais da América Latina. Finalmente, na última mesa, de modo mais direto, o seminário analisou o alvissareiro fato de o socialismo ter emergido, no bojo da crise, como uma alternativa necessária, rejuvenescida e viável.
Nossos agradecimentos a todos os conferencistas — sobretudo os nossos convidados de outros países que generosamente aceitaram o nosso convite. As presenças internacionais têm o significado de que, embora sejam determinantes as batalhas travadas no âmbito de cada país, nenhuma nação vencerá sozinha essa guerra contra os efeitos destrutivos da crise. Mais do que nunca, é um confronto de dimensão mundial que demanda uma forte solidariedade entre os povos e governos progressistas.
Finalmente, obrigado, pela presença de cada um, de cada uma de vocês que aceitaram o nosso convite. A presença, a participação de vocês nos debates foi determinante ao êxito deste seminário.
Um abraço afetuoso da Fundação Maurício Grabois.
São Paulo, 21 de junho de 2009
Adalberto Monteiro
Presidente da Fundação Maurício Grabois