Por ocasião do 17° Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), realizado em outubro último em Pequim, o núcleo da atual geração dirigente – Hu Jintao –, cravou sua marca nos estribilhos da evolução do pensamento do PCCh, e  simultaneamente pautou uma verdadeira política de Estado a ser executada para os próximos anos e talvez gerações. Com o denominado “conceito científico de desenvolvimento”, Jintao seguiu a mesma trilha de seus predecessores que, ao sintetizarem conceitos, sistematizaram expressões que dão conta da forma com que cada geração enfrentou desafios impostos pela conjuntura e, ao mesmo tempo, buscaram granjear a unidade política do país e do partido dirigente em torno de suas soluções2.

Logo, a análise do “conceito científico de desenvolvimento” só é proveitosa à luz da história recente. Trata-se de analisar o conceito como resposta aos imensos desafios encetados à China neste início do século XXI. Desafios estes decorrentes do surgimento de complexos problemas que podem variar tanto dos limites do próprio modelo em si, quanto os da necessidade e das formas de se alocar interesses de grupos diversos em um país cujo poder é exercido por uma única força política, redundando, para muitos, no surgimento de uma pauta dita “democrática”.

Assim, faz-se necessário, neste espaço, expor – mesmo superficialmente – sobre o alcance do desenvolvimentismo com  características chinesas para, em seguida, demonstrar os limites impostos, os desafios e os encaminhamentos delineados pela via do “conceito científico de desenvolvimento”, incluindo os desafios da própria representação política em si, sob o signo da busca por “estabilidade social”.

Faça o download do texto completo na coluna da dieita